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sábado, 12 de novembro de 2016

O desleixo residencial

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A exata estirpe, no seio da colônia, acresceu bens e reuniu economias. A construção, na casa rural, assumiu fato (no domínio). A mansão, no juízo (dos construtores), perpassaria estações e sucessões. O legado, na biografia, geraria alusões e reflexões. A realidade, em três gerações, delineou descuido e tristeza. Os pais, em duas décadas, usufruíram dos aconchegos. Os filhos, no espólio, adentraram na ambição e desacordo. O imbróglio, no inventário, originou dispêndios e problemas (no amparo). Os netos, na falta de inclinação e memória, ansiaram estupidez e separação (em velharia). O saldo, no avultado (de suadas poupanças), caiu em custo e empecilho. O epílogo, em três quartos de século, acabou no abandono e demolição. O fato, no banal dos herdados, esboça: Os bens materiais, no desgaste, acabam em obrigações e rejeições. As sucessões, no preferencial, prezam grana e novel. Os legados, no próprio (de épocas e gerações), sobrevêm em descaso e descarte (dos herdeiros).

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/

O receio do vínculo

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As tarefas, no contexto do sítio, avolumaram-se na precisão. As estações, no ciclo do tempo, exigiam afazeres e manutenções. Os matos, em antigas lavouras, tomavam ampliação e invasão. A estrada, na roça, admitia brenha e evadia circulação. A produção, na real, perdia encanto e expressão... O dono, em empregado urbano, atendia misteres mínimos (nas folgas). A contratação, em ajudante, acudia em diárias (no casual). O receio, em definidos dias, caía na “criação de direitos”. A contratação, no efetivo, acabaria em perda. Os retornos, em dispendidos salários, careceriam do abonado em proveitos. O jeito, na avaliação, foi deixar “no deus dará” da natureza. O exemplo, no banal, descreve passagem rural. Os excessivos direitos, em vínculos trabalhistas, evitam acordos e serviços. O assalariado, no apelo da Justiça, aufere suplemento de direitos e indenizações. Os patrões, na precaução, inibem em empreender (do que contratar). Os ganhos, no trabalho, precisam corresponder na extensão dos frutos.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://finaldesemanaediadefotografia.blogspot.com.br/

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O preceito do útil

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O inativo, no inserido urbano, conserva-se funcional e benfeitor. O trabalho, na aviva horta, absorve fatia do tempo. O terreno, no outrora entravado na capoeira (em cadência de expectativa na usura imobiliária), admitiu aparência de lavoura. O solo, no cercado de moradas, contrasta na paisagem. Os plantios, no exemplo, ligam-se na alface, beterraba, cenoura, ervilha, pepino, vagem... O ancião, em acima dos setenta, contraria no usual da conduta (aos compatrícios). Os conhecidos, em bailes e bares, corroem energia e tempo. As folias, na bebedeira e dança, roem chances e gastos. Outros, no amor ao baralho, decorrem na alegria e diversão. O sujeito, no peculiar, subsiste na norma do “ser útil”. Os familiares, em filhos, netos e noras, usufruem da obra (da aflição). A lida, em ativa presteza (física e mental), parece adiar desgaste (da velhice). A atividade, no alívio de impurezas, cai em suplemento (no bem-estar). A ocupação, no exercício da vocação, preenche vazio e sobrevém em satisfação.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.quintadagruta.cm-maia.pt/

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O singular idioma

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A família, na origem (em filhos das colônias), insistiu na apropriação e instrução. O dialeto, no idioma dos ancestrais (Hunsrück), assistiu-se discorrido no contínuo (da estirpe). Os filhos, no inserido urbano, obrigaram-se na assimilação (de dupla fala). A língua, na junção (de vocábulos teutônicos), semelhava fraquejar em situações (no empregado latino). A obstinação, no diário uso, sedimentou alicerce da vivência (na concepção). O ofício, na cátedra de balconista, assistiu-se útil no armazém. Os filhos, na recepção (no balcão), precisaram de ocasional orientação. A alocução, no dialeto, escusava chamada (em privado). A direção, na escassa expressão, advinha no ato/aviso. Os clientes, na circunstância, desentendiam anunciados e negócios. A discrição, em comércios, requer atuação e guarida. A absorção, no convívio caseiro, constituía em “forma singular de agir e pensar”. A fala, na língua materna, define crenças e estrutura mental. O sujeito, em múltiplas falas, assimila multíplices culturas.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://goethebrasilia.org.br/

O choro dos finados

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A tradição, no exteriorizado dos antigos, ratificou memória e meteorologia. O adágio, no lavrado, trata: “Em Dia de Finados gosta de chover”. Os prantos, em expirados, fazem cair chuva. A crença, em afligidas almas, vincula-se na falta de paz. O choro, na afluência e lembrança (dos vivos), perpetra agonia e saudade. As lágrimas, no sobrenatural, revertem em pluviosidade. As almas, em exame, coexistem na aflição e discrição. Os espíritos, na procura do alívio, vagam em bandas e lares. Os entes, na afinada sensibilidade, presentem companhia.  A ajustada reza, na petição de quietação (na fonte), leva em abrandar ares e dor. O sujeito, no juízo, abstém-se em “confiar em estropícios”. O universo, na extensão imaterial, oculta mistérios e normas. O fato, na ciência, fica alheio da inquirição. O Homem, em obra prima, obriga-se em confiar (na instância abstrata e superior). A vida, no adverso, calha aquém dos animais. A razão, na evolução, reflete-se "imortal" na imagem do Criador.

Guido Lang
“História das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jornaldepomerode.com.br/

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A estranha atenção

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O genitor, no seio dos negócios, avultou ciência e riqueza. A persistência, em aguerrido obreiro e apropriada gerência, dirigiu na capitalização e grandeza. As reservas, no paulatino (do tempo), abocanharam-se no resguardo (das desditas da velhice). O curioso, em conduta singular, arrolou-se na ciência e precaução. A esposa e filhos, no instituído (padrão de sustento), desconheciam informação e número. A abastança, em consumos e procedimentos, brotou abrigada e ofuscada. O pretexto, na abstração (da vida fácil), vinculou-se na educação (da filiação). Os exemplos, na ativa faina e escasso dispêndio, conservaram-se em rumo (no compatível da avultada grana). A revelação, no segredo, decorreu no tardio (após os quarenta anos). Os rebentos, no transcurso, tinham contraído cancha e manha. O apropriado juízo, no caráter, incidia formado e vivido. A antevidência, em “quem ganha fácil, gasta fácil”, afluía na ruína de inúmeras ascendências. A retidão, em estação, completa ação e razão.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://positivopensamento.blogspot.com.br/

O banho de cinzas

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A endemia, em piolhos, alastrou-se no ambiente da propriedade. Os pombos, em “ratos de asas”, infestaram abrigos e poleiros. As galinhas, no conjunto, aferiram-se na praga. A família, em bobeada, assistia-se atacada (em infecções). O criador, no combate, apelou às saídas da ciência (aplicação de químicos). O morador, em improviso no pátio, adveio ao agrado e paliativo. O curral de pedras, na analogia de piscina, granjeou construção (no acréscimo e celeiro de escórias). As cinzas, no auferido (de carvão vegetal e detritos do fogão), apontaram despejadas (em viveiro). As aves, no consecutivo e intenso, divertiam-se em “tomar banho de cinza e pó”. O material, em propício, achou-se em antídoto natural. A distração, na extensão de papo cheio, caía no ardor (fruto em herança de tempos imemoriais). Os animais, no impulso da sobrevivência, afluem na supressão de parasitas. O criador, no propício ao bolso, atiça afagos e cuidados. A sintonia, em fecundo e engenho, cai no êxito dos efeitos e ganhos.

Guido Lang
“História das Colônias”

Crédito da imagem: http://wiki.cancaonova.com/