Translate

sábado, 20 de agosto de 2016

O brio divino


O filho, na tenra idade, solicitou elucidações. As dúvidas, no ente racional, fluíam no adereço da natureza divina. O pai, em repentino mestre, aventou em esclarecer imprecisões. O rebento, no reunido dos colegas, ouviu discorrer do “ser divino”. A questão, na onipresença e onipotência, acoplou-se no indagado. O genitor, na finura das metáforas, acorreu na resposta. O Criador, em “toda parte e em todos os seres”, conserva-se inserido. A presença, na analogia do desenho (em planta de prédio), afluiria no encravado da obra. O sopro sublime, na concepção original, perpassaria unido no espiritual e material. A grandeza, no aferido ao avião, acorre na comparação. O objeto, no acanhado e afastado, funda difícil observação. A pessoa, na imediação, averigua vasto e veloz objeto. Deus, na falta de crença ou ativa fé (no sentido do “verbo bíblico”), aponta as reais dimensões. O sujeito, no decurso da informação, assiste ação e tamanho. As situações, nas atuações, apresentam as apreensões e implicações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://blogs.universal.org/

A ativa coleta


O filho das colônias, na estadia no espaço urbano, consagra ocasião em multiplicação. As sementes, no alastrado da flora, veem-se ajuntadas e reunidas em sacolas. O conjunto, em árvores e palmas, mostra-se semeado no ambiente do sítio. O utilitário, no interior dos brejos e matos, sobrevém em multiplicar diferentes espécies. O método, em décadas, enriqueceu variedades (no bioma). O particular, na amostra, liga-se na nogueira, palmito, pau-brasil, pau-ferro... A vegetação, na essência da linha, assumiu aparências e olhares de jardim (botânico). O legado, no fim, calhará no benefício das estirpes (filhos e netos). As madeiras nobres, na salvaguarda de preciosas espécies, acorrerão no brio da obra. O cuidado, na introdução, liga-se na exclusão de pragas. O camarada, no aparente detrito (vegetal), divisa chance e sorte. O sujeito, na peculiar passagem (no conjunto social), precisa instituir diferença e riqueza. A distinção, em ações e opiniões, escreve imponência da civilização e inteligência pessoal.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://cplantar.com/pau-brasil/

O recuo à matilha


O colonial, na meia dúzia de cães, andou distraído no cuidado e trato. Os petulantes, no esfomeado, circulam nas paragens e propriedades. O problema, nas escondidas, acorreu na formação de matilha. Os caninos, no retorno às origens (em resquícios de lobos), afluem nas hábeis e implacáveis caçadas. As aves, no espalhado dos domínios, acham-se nas fáceis e fartas presas. Os donos, em danos, exteriorizaram alerta e vigília (dos incursos). A intimidação, em acorrentar ou prender as feras, tratou na amigável advertência e fala. O descuido, no afinco das avarias, adviria em “represálias aos esfomeados”. Os residentes, no juízo, externam: “As criações, na falta de produção fecunda, acodem em saliente prejuízo”. Os cães e gatos, em vividas, devem advir no adstrito dígito. Os alertas, na segurança, vêm em caninos. A caça, em roedores, cai nos felinos. Os humanos, na falha da cultura (razão), imitam padrão do regresso à barbárie. O animal faminto, na feição, exibe miséria e negligência do criador.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://busca.uol.com.br/

A insolente lição


O criador, no ardor por aves, caía no cuidado e receio. As caturritas, no par, acudiam em abrigadas e prendidas. O gato, no apurado impulso da caça, ajustava atuação e distração. Os indefesos pássaros, na briosa carne, caíam no acréscimo do sustento. O dono, na cilada, arquitetou contenção e ensino. O choque, em condutor (elétrico), foi estendido no piso. O gato, no chão úmido, foi achegando na distendida gaiola. O condutor, no baque, foi inserido na tomada (no encosto da pata na jaula). O felino, no alarido estridente, apavorou-se na situação. O susto, no revoado pulo, conferiu-se na reação. O rabo, na ocasião, inchou-se em graúda penugem. A partida, na analogia de raio, efetuou-se no clássico glutão. O amargo e dolente, no banal caçador (de encerrados bípedes), comportou-se em assistidas e voltas. As ciladas, no impróprio, doutrinam nas efetivas e rápidas provas. O sujeito, na inteligência, deve jamais subestimar os iguais. Os humanos, nas desditas e perdas, inovam nas ações e inovações.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: https://twitter.com/na_gaiola

domingo, 14 de agosto de 2016

O exemplo de bondade


A festa, na acertada ocasião, avolumou as várias famílias (de irmãos). O pessoal, no outrora criado nas colônias, achegou-se com enamorados, filhos e netos. O sensato parente, no residente rural, aproveitou estação e viagem. O porta-malas, no ocioso lugar (do carro), poderia transportar volumes. As frutas, em bergamotas, laranjas e limas, foram apanhadas na chácara. A fartura, na descomunal produção dos pés (árvores), conduziria na decomposição e desperdício. O sacolão, no abarrotado, foi colhido, enchido e transportado nos itens. O provimento, em mimo familiar (no conjunto da carestia urbana), constituiu doação (ao aconchegado parente). O presente, na inesperada cortesia, findou em assombro e distinção. O ausente, na afeição, remeteu dádiva. O sujeito, em circunstâncias, enobrece-se nas diferenças. O bem exteriorizado, no antecipado tempo, multiplica-se na exultação e riqueza. Feliz aquela pessoa que pode doar-se na abundância e amizade. “Faça o bem sem olhar a quem”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.site.meritocat.com.br/

O precavido artifício


A cidadã, na bolsa furtada, aprendeu atenção e lição. O assalto, no episódio e impune, adveio em contratempos. A correria, no sumiço da documentação, causou nojo e raiva. Os bandidos, na visão privada, afluem na “melhor ingestão da terra”. Os semelhantes, na transgressão, acorrem em “praga social”. A senhora moça, nas perambulações, adota artifício. O dinheiro, na módica quantia, “acaba carregado e enfiado no sutiã”. A documentação, no exigido da identidade, coloca nalgum bolso. Os itens, no celular e maquiagem, transportam na sacola de mercado. A ocasião, no malandro, aflui na dificuldade. A insegurança, no instituído social, transtorna hábitos do convívio. Os pacíficos veem-se enclausurados nas moradas e a bandidagem circula no estabanado das vias. A sociedade, na atitude forte e impositiva do respeito, acha-se na cadência da expectativa. A demanda, no pingo nos “is”, sobrevém na questão de tempo. A vadiagem, na direção, cai na agressão do cidadão e falência do sistema.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://oqueetendencia.com/

A revolução no preço


O campo, na agricultura de subsistência familiar, vislumbra massiva produção. O preço, em oscilação, absorve atenções e prestezas. A carne, leite, milho e soja, no exemplo, auferem elevadas cotações. Os agricultores, na ânsia do lucro, escrevem conto. A primavera tornam-nos atucanados. Os charcos, encostas e matos, em limite agrícola, aparecem colonizados na mecanização. As terras, no valor, acodem na incidência. Os limitados domínios, em lotes, acodem em melhoras. Os moldes, em vários, alistam-se no acréscimo de safras (três), atributo das sementes, racionalização de custos... Um dia, no atraso (na ceifa ou plantio), atende por desperdício. A lavoura, em jardinagem, segue em fiel locação. O fluxo, em artigos, amplia-se no ciclo das safras. O prodígio, na lida, cai em mesas fartas e preços acessíveis. A livre iniciativa, na oferta e procura, advém na virtude. A menor ingerência, no Estado, calha no aumento de obra. O colono, na presteza rural, sabe “onde o sapato aperta no pé”.

Guido Lang
“História das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.sistemafaep.org.br/