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sábado, 9 de julho de 2016

O constituído calo



O celular, no aturado e devotado uso, instituiu bisonho modelo de ente. A espécie, em decorridos tempos, acorria na profecia da ciência. A comunicação, na facilidade da telefonia (na globalização), criou “tipos sui generis”. Os sujeitos, no birrento vício, “cunharam calo no dedo”. O escolhido, no preferencial, advém no polegar. A manipulação, no corriqueiro treino do teclado, descreve incrível aptidão e noção. Os olhos, no afixado e irredutível do painel, consistem em “navegar na esfera virtual”. Os acontecimentos, nas adjacências e associações, semelham fluir na abnegação e apatia. A apreensão, no comum, sobrevém nas bisbilhotices e frivolidades sociais. O receio, na inclusão das notas, perpassa em sensata fofoca transcorrer no despercebido. As informações, na absoluta maioria dos divulgados, aspiram tempo e delineiam inutilidade. A pessoa, no senhor do próprio tempo, presta conta dos consumos e práticas. Os exageros, no exercício trivial, acorrem em dispendiosas e indevidas podridões.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.ultracurioso.com.br/

A reserva de estoque


O colonial, no aprendizado das experiências rurais, instituiu instrução familiar. Os estoques, em reserva alimentar, seguiram modelo das propriedades. As instalações, na criação e manejo animal, requerem reservas. As invernias, no queimado das pastagens, exigem prevenção. O trato, em fenos, cereais, silagens e tubérculos (batata e mandioca), demanda guarda. O morador, no inserido das vivências urbanas, vale-se do assimilado. O alimento, no consumo familiar, consiste contraído no prematuro. A compra, no período das safras, advém na ocasião propícia. Os preços, no período das colheitas, incidem no menor valor. Os artigos, na complexa armazenagem, caem nas aquisições instantâneas. Os itens, em aipim, arroz, azeite, farinha, feijão e mel, surgem no cúmulo. O estoque, na reserva, compõe-se no lucro (da abstinência das amiudadas corridas aos mercados). A prevenção, no ativo exercício, calha em economia e tempo. O Criador, no brio do mundo, afora os aguerridos e espertos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.correrpelomundo.com.br/

segunda-feira, 4 de julho de 2016

As referências póstumas


O residente, na módica vivência, despontou abonado e “pé-quente”. A história, nas operosas mãos e perseguidas ciências, brotou em dádivas e realizações. O acúmulo, no tempo, apontou profícuo em realizações e riquezas. A prosperidade, em proveitos, acirrou invejas. A propriedade, em altivos hectares, acudia no propício da agricultura. Os apetrechos, em maquinário, acolhiam requisições da produção. A casa, no palácio da linha, espelhava distinto lugar... A corrosão, no certo tempo, absorveu vida. O sujeito, na abastança do espólio, viu-se no completo deslembrado. As referências, nos modelos, ruíam nas afeições e narrações. A diligência, no exercício em entidades, ficou em anotações. As pagas, em estudos/formação, afluíam no espólio dos filhos. Os acontecidos, no trivial, sucediam em contos... O falecido, na memória, vê-se ignorado nos itens materiais. As recordações, em denodos, ficaram nas exteriorizadas virtudes. As pessoas, no comum, cultivam efêmeras e equivocadas afeições.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.rainhamaria.com.br/

A recíproca traição


A senhora, no contexto de crise, precisou granjear ganhos. Os gastos, no apinhado urbano, caíam em fiéis carências e consumos. A saída, na facilidade da difusão, foi “constituir ofício íntimo”. Os programas, no agendado do celular, acorriam no sensato espaço. O motel, no discreto e seguro, viu-se no uso da arte. O escamoteado, em clientes elegidos no dedo, ocorria na frequência e tempo. O dinheiro, no feitio de ligeiro e simples, sobrevinha na definida receita. A notoriedade, no “comércio do corpo”, excedeu acolhida. O sensato sujeito, em novo cliente, ajustou massagem. O encontro, no horário e local, assumiu ato. A admiração, na concretização do serviço, foi de “fazer cair o queixo”. O freguês, no acidental, tratou-se do próprio marido. O casal, na recíproca traição, versou em afinal união. O casal, no idêntico teto, desconhecia as mútuas ações análogas e dúbias. A vivência, no imprevisto instante, crava ingrato artifício e ocorrência. O capeta, na conjuntura melindrosa, insere atuação e fuxico.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://casamentoprotegido.com/

Os injustos clamores


O camarada, no ambiente de ganha-pão, improvisou cortesia e mercado. Os artigos coloniais, na origem da agricultura familiar, decorriam trazidos sob encomenda. Os produtos, em orgânicos, contrastavam aos usuais transgênicos. O negócio, na divulgação e qualidade, excedeu cedo disponibilidade. O preço, na imputação dos valores, caía no aquém das ofertas dos supermercados. O boato, na “dor-de-cotovelo” e êxito, decorreu no trio de compradores. A alusão, na banha, mel e ovo, perpassou de “estar explorando colegas”. O fornecedor, no baque, foi taxativo: “A fabricação advém em gastos. Careço de culpa da inflação. Comprem de outro fornecedor. Recuso atender fregueses dessa classe. O ilusório obséquio, no esmero, transcreve como ultraje”. As imputações, na iniquidade, insultam os indivíduos de virtude. O bom juízo, em comércios, propaga clientes e produtos. Alguns, na dificuldade financeira e malfadada gerência, aspiram itens na cortesia. A liberdade, na compra e venda, gera fartura e qualidade.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://saberepoder57.blogspot.com.br/

A casual dedicação


A esposa, no inserido das colônias, acudia no ímpar artifício e mania. Os afazeres, na casa, horta e jardim, sorviam conjunto das horas. Os trabalhos, na assistência do interior das lidas de roça, afluíam na excepcionalidade. A ocorrência, na véspera de evento comunitário, sucedia na energia e hábito. O fim, na assistência ao marido, visava granjear admirações e assuntos. As conversas, no ambiente festivo, ocorriam em temas frescos das criações e plantações. A frequência, em tarefas da lavoura, iluminava argumento e mente. A qualidade, no exteriorizado às amigas e vizinhas, caía no aspecto de ativa e efetiva laboriosa. O vizinho, no mexericado, enxergava peculiar encenação (teatral). A opinião familiar, no conjunto da vizinhança, calha em derradeira estima. Os indivíduos, no reservado das neuroses, criam contos e patologias. Cada atordoado, na conduta, assenta doença e mania. A pessoa, na ressalva da obsessão ao dinheiro, presta-se ao variável neste novo e velho mundo.

Guido Lang
            “Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://brasilartesenciclopedias.com.br/tablet/internacional/realismo06.php

domingo, 3 de julho de 2016

A peculiar encomenda



A donzela, no espaço das colônias, caía na “fina flor do campo”. O encanto, no arranjo e capricho, acudia no “título de rainha”. Os moços, em convites e propostas, perpetravam “ala no empenho da união”. As linhas, nas adjacências da morada, incidiam na carência de comparte (na altura). A conduta, em conjugado, calhava na abstinência dos namoros. A saída, no sensato amigo, foi “em encomendar xodó”. O pretendente, no espaço urbano, acorreu no instituído convite. O amado, no recomendado, desandou no agrado e idade. O prático, no contratempo, caía na negação e rejeite. A realidade social, em inícios do século XX (1910), impedia procedimento. O jeito, na “frieza e pranto”, foi assumir encomenda e tratado. O consórcio, no alongado tempo, afluiu na abstinência dos rebentos. O sujeito, no excesso das pedidas, acaba na equivocada escolha. O próprio, na sabedoria, advém em permanecer na oportuna gente. Ajuizadas modas, no anseio das feições e inovações, calham em amuamentos e avarias.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://fanfic.potterish.com/