A senhora, no contexto de crise, precisou granjear
ganhos. Os gastos, no apinhado urbano, caíam em fiéis carências e consumos. A saída,
na facilidade da difusão, foi “constituir ofício íntimo”. Os programas, no
agendado do celular, acorriam no sensato espaço. O motel, no discreto e seguro,
viu-se no uso da arte. O escamoteado, em clientes elegidos no dedo, ocorria na
frequência e tempo. O dinheiro, no feitio de ligeiro e simples, sobrevinha na
definida receita. A notoriedade, no “comércio do corpo”, excedeu acolhida. O sensato
sujeito, em novo cliente, ajustou massagem. O encontro, no horário e local, assumiu
ato. A admiração, na concretização do serviço, foi de “fazer cair o queixo”. O freguês,
no acidental, tratou-se do próprio marido. O casal, na recíproca traição, versou
em afinal união. O casal, no idêntico teto, desconhecia as mútuas ações análogas
e dúbias. A vivência, no imprevisto instante, crava ingrato artifício e
ocorrência. O capeta, na conjuntura
melindrosa, insere atuação e fuxico.
Guido
Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://casamentoprotegido.com/
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