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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A pregação


O pacato assalariado, durante uns meses ou anos, labutou na segurança predial. As muitas horas, na empresa privada, pareciam infindáveis!
O tempo permitiu conciliar a leitura bíblica com a tarefa de guarda. A situação permitiu uma massiva dedicação e interpretação das Sagradas Escrituras!
Alguma congregação nova, recém instalada na vila, convidou o cidadão como membro leigo.  A cantoria e pregação, com o acirrado conhecimento e estudo, tomaram vulto!
A fama, como bom cantor, difundiu-se rápido pelas comunidades. Os convites, na participação em variados cultos, trouxeram a remuneração.  A vida financeira melhorou!
Os dispêndios, com quaisquer vícios, conheceram a total abstinência!  Os ganhos, na íntegra, foram direcionados a melhoria e qualidade de vida!
O dinheiro, em poucos anos, permitiu revolucionar uma realidade. Os investimentos tomaram vulto na ampliação da casa. A caminhoneta pode ser comprada!
O milagre da fé aboliu a existência de brigas, desperdícios e vícios. A família ganhou a primazia da atenção, felicidade e união! Deus tinha abençoado o lar e a morada!
A sabedoria popular versa: “- Quer ganhar dinheiro e mudar de vida sai com a Bíblia debaixo do braço”! As Escrituras tem o poder de mudar e transformar vidas!
A convicta fé remove montanhas! O impossível assume os ares do possível! O cidadão, nesta agitada e tumultuada vida, precisa acreditar e apegar-se nalguma realidade maior!
                                                                                 
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br

O garanhão


A viúva, depois de alguma procura, achou o arrumado e preservado cidadão. Este, muito curtido e rodado, ostentava-se “aquele cara e boa pinta”!
O relacionamento, depois do encantamento e galanteio, tomou ares profundos. Alguma visita familiar aproximou e intensificou as amorosas relações!
Os bailes, jantas e passeios estreitaram a convivência. Alguma cervejada, como bebedeira, somou-se as festanças. As intimidades, como experientes adultos, tomaram vulto!
Os desejos levaram ao efetivo conhecimento mútuo. A surpresa, na derradeira hora, adveio no fraquejo da eficiência. O cidadão viu-se traído pela parte própria!
A decepção e frustração, da parceria feminina, definiram os trâmites sucessivos. A mercadoria, na aparência bela e bonita, carregava fraquejos e problemas!
A habilidade e qualidade, em forma de carinho e vigor, mantinha-se deficiente! As aparências descreviam uma realidade. As práticas escamoteavam as fraquezas!
O belo e bonito, “atirado por aí dando sopa”, esconde algum “ensacado coelho”. As aparências e opulências suprimem as carências e deficiências!
O consumidor enfatiza a praticidade e serventia do produto. O cidadão, em situações, vê-se traído pelo estado de espírito ou inspiração do momento!
                                                 
                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogaguanaboca.wordpress.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os méritos


O cidadão, educado na fórmula das necessidades de reservas financeiras, administrou determinada instituição. Ele, às emergências, conseguiu avolumar grandiosa poupança!
A reserva, na oscilação econômica, daria para custear os salários de meses. A aposentadoria, depois de anos de administração, levou a entrega da função!
O novo chefe, na fartura, achegou à festa. Este, como ousado administrador, gastou as valiosas reservas. Empréstimos, para completar investimentos, foram necessários!
O resultado, na história, relacionou-se a fama. O segundo, como gestor, ganhou os elogios e méritos. O primeiro ficou no conceito de inerte e medroso!
A economia retrata a lógica: o administrador poupador e racionalizador sedimenta o caminho à excelente gestão sucessiva. Dinheiro em caixa disponibiliza e reforça créditos!
O difícil, em meio à margem estreita de lucros e variadas necessidades, consiste em fazer sobrar. As reservas, em contragotas ou migalhas, avolumam-se em anos ou décadas!
Os gastos, com alheias poupanças, dispensam maior necessidade de formação e especialização. “A fama, em muitos exemplos, recai naqueles que pouco a merecem”!
O cidadão, nas muitas e vultosas compras e investimentos, desconhece os reais interesses em jogo. A astúcia humana, para enganar e ludibriar, carece de limites e possui uma criatividade infindável!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://brasileducom.blogspot.com.br

O moderno


O consumidor, numa necessidade de serviço, encontrava-se próximo ao estabelecimento. Ele pensou: “- Vou aproveitar a caminhada para pedir a revisão”!
O procedimento viu-se executado sem floreios e rodeios. O curioso, como informação, consistia em não haver expediente naquela ocasião!
Um modesto telefonema teria abreviado tempo e evitado o deslocamento. A realidade, no cotidiano das vivências, tem sido essa: os aparelhos nunca param!
As pessoas requisitam dados e informações. O atendimento teleguiado tornou-se preferencial. O presencial, da conversa de olho no olho, encontra-se demorado e secundário!
A tecnologia adveio para facilitar a vida. As pessoas tornaram-se reféns dos artigos. Os aborrecimentos e atropelos, com pilhagens e vigarices, revelam-se rotineiros!
O cidadão, em momentos, quer economizar e ganhar tempo. Os desejos, na prática, revelam-se desperdícios! O bom senso e a esperteza precisam predominar nos atos!
O cidadão, nos ventos da época, precisa valer-se dos benefícios, porém jamais ser escravo das melhorias. O comum e tradicional, diante do colapso ou inércia do moderno, mantêm a serventia e utilidade!

                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://blog.clickgratis.com.br

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O descaso


O convite, ao evento social familiar, atraiu mãe e filho. A confirmação, da especial sobrinha, via-se a excepcional comemoração no interior do templo!
A pregação pastoral, com a tradicional prédica, revelou-se o auge do encontro. O público, afixado e concentrado nas mensagens e palavras, via-se sereno e silencioso!
O rapaz, bem vestido junto à embonecada mãe, demonstrou indiferença. O celular, nalguma provável averiguação das mensagens ou joguinhos, era o centro das atenções!
A cerimônia ostentava-se aquele descaso. O moço parecia trancafiado naquele ambiente religioso! A gritante má educação chamou atenção dos presentes!
O público, no manejo das teclas, estranhou a esdrúxula atitude e comportamento. O camarada, numa comodidade maior, poderia ter ficado nos jogos eletrônicos de casa!
O celular, no cotidiano dos afazeres, assume contínua ocupação e tempo. A revolução das informações encurtou distâncias e mudou costumes!
Os ambientes, próprios às ocasiões, exigem postura adequada dos cidadãos. Os pais, “no pode tudo”, deixam de explicar e impôr limites e valores aos rebentos!
As pessoas, na prática do ato, carecem de compreender o indigesto e ridículo. A vestimenta carece de definir o caráter dos indivíduos!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://observatoriofeminino.blog.br

A arrumação


O cidadão, no ente público, carecia de dar um jeito na organização. Os avisos e pedidos, de amigos e colegas, faziam a mínima diferença! O descaso instalara-se como princípio!
Os materiais, sobretudo papéis, viam-se estirados no ambiente. O visual horrendo, sobretudo da escrivaninha, apresentava-se inconveniente as eventuais visitas!
A situação, por dias e meses, arrastava-se naquele caótico quadro. Os colegas conheciam a tradicional desorganização do companheiro e parceiro!
A senhora moça, ligada à faxina, deparou-se com a nojeira diante do descalabro. Ela, nos surtos dos dias da generalizada limpeza, processou uma revolução!
A fulana tratou de arrumar, descartar, remanejar o lugar. O ambiente, em momentos, adquiriu outros ares e cheiros! A visão manteve-se aconchegante e organizada! 
O estabelecido, diante de não mexer no alheio bem, adveio através de subterfúgio. A justificativa, diante do reclamo, foi externada: “– Colega! Ordens da chefia!”.
O camarada, a inventada superior determinação, deixou de espernear! Ordens precisam ser acatadas e realizadas! A transferência, a lugar ermo, vê-se realizada e temida!
As pessoas acham-se dentro da forma particular de ordem e organização. O ente público, em meio aos muitos rodízios de pessoal, carece de bens ou espaços de uso privado!
As mentirinhas, num jogo de palavras, fazem diferença nas interpretações e resultados. O indivíduo, através das apropriadas formulações e palavras, pode dizer tudo a todos!

                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.portaldorancho.com.br/

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A assistência


A moça e o rapaz, colegas e criados de infância, estabeleceram numa ocasião o namoro. A afinidade e convivência acirraram a afeição e o carinho!
As esperanças e sonhos, da união familiar, viram-se estabelecidos. O infortúnio, numa imprevista doença, abateu-se sobre a jovem moça!
Os tratamentos, de algum tumor cancerígeno, viram-se intensos. O desfecho, depois de incontáveis sofrimentos, resultou em poucos meses de existência!
O elogiável relacionou-se ao comportamento do namorado. O moço, a todo o momento, manteve-se presente e unido à adoentada namorada e sofrida família!
A atitude, como anjo e iluminado ser, suavizou sofrimentos. O fulano, em meio aos diários atropelos, deu-se tempo e trabalho para estar no pé da cama!
A grandiosidade do espírito demonstra-se no cotidiano dos atos. O derradeiro amor concretiza façanhas inimagináveis! A dor alheia torna-nos mais humanos!
Algumas pessoas, nas alheias vidas, mostram-se verdadeiros anjos. O indivíduo, na breve passagem terrena, precisa ser ciente da missão divina!
                                                                                                     
                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.magiadourada.com.br