O beato, no pregador
da pacata aldeia, criou conto. A história, em velhos relatos (repassados na memória),
perpassa época e linha. A narrativa, no molde da “procissão das velas”, povoa
imaginário popular. O pároco, no impróprio da citação, acudia em íntimo do comerciante.
O clérigo, na acertada data, viu-se convidado na ceia. As partes, na conversa, aventaram
questão do estoque (em encalhadas velas). O artigo, em amplo número, caía no
estorvo (do depósito). O capital, em apropriada soma, sucedia no emperrado. O místico,
na associação e divisão do lucro (na venda), armou e encravou ardil. O venerado,
em exata data, marcou “procissão das velas”. As peças, no assinalado, acudiam em
sinal de cruz (na base). As ditas especiais, em singular bênção, divinizaram ação.
O saldo, na mercearia, transcursou em faltar produto. A precisão, em nova pedida,
viu-se exigida. A receita, no dividido, afagou os consorciados camelôs. A convicção, no disfarçado, engrena consumo
e economia.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://magiadobem.blogspot.com.br/
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