Os alaridos, na circunstância
das localidades, sinalizam presença das criações. Os galos, nas caladas manhãs
e tardes, apontam aparências e pátios. A cantoria, no alento da idade, exterioriza
solicitação e volúpia. O anseio, no camuflado,
incide em aliciar ou manter harém. Os residentes, na vivência dos filhos das
colônias, instituíram explicação e profecia. A crendice, na memória oral, transcorre
gerações e paragens. A cantoria, na dicção abafada e demorada, corta ambiente e
distância. O tempo, no ar rarefeito e calor infernal, assinala agouro e sufoco.
A seresta, em três dias continuados no tom, delineia agonia e morte. Algum
perecimento, no meio comunitário e circunvizinho, existiria no curso e fecho. A
pessoa, no amparo final, vestiria alívio e destino. A natureza, no artifício da
seleção natural, busca reciclar linhagens. Os agnósticos, nas arengas, discorrem
ocasionais acasos. Os supersticiosos, no presságio, conferem escondida
faculdade. As superstições, no usual, nutrem
algum fundo de verdade.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://noticias.band.uol.com.br/
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