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sábado, 11 de fevereiro de 2017

A ordem de respeito

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Os malandros, em prováveis conhecidos ou vizinhos, incidiam no costume. As incursões, em escondidas, visavam extrair conveniências. O açude, em adjacência da casa, achava-se no cerne do potreiro. Os pescadores, em abusados e improvisados, consentiam propositais rastros. Os anzóis e redes, em nacos, caem em fiapos. Os invólucros, em garrafas e latas (cerveja e pinga), afluíam em provocação. A mulher, em enviuvada senhora moça, arrumou velada associação. A companhia, em calejado homem, tratou de impor ordem e respeito. O alarde, em cachorros e quero-queros, regeu na instantânea ação. A surpresa, em três potentes disparos, serviu de alerta e atenção. A ameaça, em porvindoura visita, adviria em acerto das diferenças. Os indesejados, em ligeira retração, desviaram direção. O morador, em falha de “objeto de consideração”, acode em escárnio. A casa, em falta de cônjuge, calha em agravos e arrojos. O estampido, em arma de fogo, ostenta aviso de linguagem universal.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.sindasp.org.br/

A infindável querela

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O pagamento, em salário de vereador, instituiu ofício. Os políticos, em conselheiros, auferem polpudos ganhos. A grana, em país afora, insulta bom senso dos eleitores. Os laboriosos, em enfadonhas cargas, granjeiam seu necessário pão. Os vereadores, em abjetas sessões, embolsam fortunas. Os projetos, em melhoras sociais, afluem em “designações de rua”. Os controles, em subterfúgios (do poder Executivo), faltam em devidos controles. O edil, em pátria com tamanhas carências e diferenças, necessitaria ganhar bonificação. Certa soma, em título de auxílio de custos, cobriria gerais dispêndios. As importâncias, em contenções nas câmaras, deveriam subsidiar deficiências (de infraestrutura).  Os instituídos, em desperdícios de recursos, insultam os miseráveis (da população). A pretensão política, em tirar país do atoleiro, confere-se em parca aflição (dos mandatários). O Brasil, em racional gerência, poderia advir em padrão do Canadá. O clima, em absurdos, anda favorável a vinda de despotismo.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: https://www.flickr.com/photos/marcopajola/4421213888
Imagem meramente ilustrativa.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O insulto pessoal

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O mendicante, em moço aleijado, encontrava-se na sinaleira. O pé torto, em muletas, expunha problemas de locomoção. O rapaz, em aparências de saudável, poderia “ganhar pão” (em “suor do próprio rosto”). A petição, em agitada sinaleira, caía no “conjunto das moedinhas”. O calor infernal, em meio à insolação, chateava os viventes. O certo motorista, em pedido, adveio no sinal fechado (vermelho). A negação, em baque, dirigiu nos insultos e xingações. O pedinte, em alta fala, mandou “tomar naquele impróprio lugar”. A conduta, em “falha de criação”, conduziu na rejeição (de esmolas em distintos).
O episódio, em desemprego de milhões, esboça luta pela subsistência. As pessoas, em desespero, caminham “em nervos na flor da pele”. O auxílio, em centenas de jovens mendigos, advém na completa impossibilidade pessoal. O aglomerado urbano, em “assentado em casa e terreno seco”, conduz na subversão das confianças e valores. Os humanos, em dinheiro, assentam as ações e expectativas.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://regionalevangelico.com.br/

A excêntrica segurança

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Os desqualificados, em mendicantes e viciados jovens, alojaram-se em agitada praça. A fome, em parco tempo, conduziu no armamento de fogo. O cozido, em infame boia, assistia-se na execução. A denúncia, em anônima (no provável), transportou na “afluência de batalhão”. A guarda municipal, em nove efetivos, foi avalizar prevenção. O tempo, em destinado, visava concluir cozido. Os coletados, em acesso, externaram (em velado): “Ensino, em claro, de como fumar maconha”; “O operoso, em trouxa, custeia salário em servidores”; “Os malandros, em prejuízo do cidadão, auferem segurança”... A inversão, em valores, desponta na cidadania. Os infratores soltos nas ruas e os indefesos reclusos nas casas. O sistema, em penhor público, trata “bandoleiro com pão de ló”. Os infratores, em subterfúgios (em título dos direitos humanos), aprontam e afrontam coletividade. O trabalho, em pena do auto sustento, aflui no mínimo das decências e obrigações. A vadiação, em cifra de orifícios, imita molde do queijo suíço.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano urbano”

Crédito da imagem: http://scienceblogs.com.br/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O modelo do politburo

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O funcionário, em assistente técnico (da velha equipe de gestão), aproveitou direito. As férias, em trinta dias, foram requeridas e usufruídas. A administração nova, no ínterim do tempo, apossou-se do ambiente. As caras novas, em equipe própria (do secretário), foram instituídas na direção. A chefia, em portas cerradas, determina ordens. O comitê executivo, em molde do politburo (da extinta União Soviética), adotou cópia. As decisões, em direito, provém de cima para baixo. Ao técnico, em quadro estatutário, convém meramente apreciar e obedecer às disposições. As discussões, em inovações e sugestões, acertam na completa abstinência. O servidor, em velho camarada da ideologia, apreciou ciência (do alcance e poder totalitário). O computador e mesa, em tidas no mister, viram-se confiscados (em achegados). O sujeito, em gaiato, ficou perambulando pelas salas. A recolocação, em ares de ostracismo, calhará no presumível. O serviço público, em peripécias, descreve contos e romarias.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://sciencepole.com/

A falta de alarde

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O negociante, em dono de armazém, via desaparecer artigos. As bebidas e picolés, em interior do frízer, esvaneciam nas caladas dos horários. A dificuldade, em desvendar autoria e estrago comercial, caía em curiosidade e provocação. O ladrão, em determinado jeito, afluía no interior da mercearia. O meio, em ausência de alarde, foi instalar aparelho. A lâmpada, em desroscada, auferiu serventia. A tomada, no interior, abrigou dispositivo. O sensor, no registro, ficou na cadência de espera. A luz acessa, em parca hora, revelou desfeita e segredo. O adolescente, em filho da vizinha, advinha no atrevido malandro. Os pais, em nota, granjearam intimidação. A escolha, em ocorrência policial ou ressarcimento dos danos, sucedia na escolha. A indenização, em amigos, contornou-se em melhor solução. O ladrão, em algum momento, equivoca-se na ação e discrição. O silêncio, em falta de alarde, permitiu desfazer mistério. A infração, em facilidade e oportunidade, aflui na propagação dos atos.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: https://www.youtube.com/

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O atrevido escárnio

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A família, em cunhada nos interiores das colônias, afluía no ardor das galinhas. A dezena, em meio urbano, assistia-se criada no velado. A fiscalização, em cochilo, falhava na legislação. As aves, em diminuto lugar, andavam engaioladas. O trato, em contraído, superava fruto. A estirpe, em avivados ovos e originais carneações, advinha abastada. As unidades, em acertada ocasião, desapareceram do recinto. O ladrão, em provável sabedor da rotina, aproveitou saído. A incursão, em espaço, regeu no sumiço. Os exemplares, em exceção de galinha e galo, ficaram na amostragem. As outras, em oito, tinham esvanecido do abrigo. O intruso, em bilhete (atado em pé do macho), injuriou estima. O texto, em dádiva de chasco, dizia: “Sobraram esses com razão de dar continuidade na criação. O ano, em fecho, poderá repetir delicadeza da visita e vistoria”. A atitude, em desânimo, aboliu iniciativa. O dono, em riqueza, atenta aos bens, porém os cuidados, em tamanha presteza, exibem ineficiência.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.portalsuinoseaves.com.br/

Imagem meramente ilustrativa.