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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O milionário



Um homem que estava desempregado, entra num concurso da Microsoft para ser técnico de limpeza.
O Gerente de Recursos Humanos entrevista-o, faz um teste (varrer o chão) e lhe diz:
- O serviço é seu; dê-me o seu e-mail e eu lhe enviarei a ficha para preencher, a data e hora a que deverá se apresentar para o serviço.
O homem, desesperado, responde que não tem computador, e muito menos, e-mail.
O Gerente de RH, disse que lamenta, mas se não tiver e-mail, quer dizer que virtualmente não existe, e, como não existe, não pode ter o trabalho.
O homem sai, desesperado, sem saber o que fazer; somente tem US$ 10 no bolso.
Então decide ir ao supermercado e comprar uma caixa de 10 quilos de tomates.
Bate de porta em porta vendendo os tomates a quilo, e, em menos de duas horas, tinha conseguido duplicar o capital. Repete a operação mais três vezes e volta a casa com US$ 60.
Então, ele verifica que pode sobreviver dessa maneira, sai de casa cada dia mais cedo e volta a casa mais tarde, e assim triplica ou quadruplica o dinheiro a cada dia.
Pouco tempo depois, compra uma Kombi, depois troca por um caminhão e pouco tempo depois chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição.
Passados alguns anos, o homem é dono de uma das maiores distribuidoras de alimentos dos Estados Unidos.
Pensando no futuro da sua família, decide tirar um seguro de vida.
Chama um corretor, acerta um plano e quando a conversa acaba, o corretor lhe pede o e-mail para enviar a proposta. O homem diz que não tem e-mail.
Curioso, o corretor lhe diz: você não tem e-mail e chegou a construir este império, imagine o que você seria se tivesse e-mail!
O homem pensa e responde:
- Seria um homem de limpeza da Microsoft!!
As oportunidades estão a nossa volta, devemos ter olhos para enxergá-las.

Autor desconhecido

Obs.: Se algum leitor souber o nome do autor do texto, favor informar ao autor do blog, para que os devidos créditos possam ser concedidos a esta pessoa.

Crédito da imagem: http://harmonianatureza.com.br/definicao-de-sucesso/

Um modesto mimo



       A tradição oral, na memória da descendência, mantém viva alguns acontecimentos e fatos dos primórdios da colonização. Os colonos, na região da Colônia Teutônia (1958–1908), foram “jogados literalmente no mato”. A solução, para sobreviver, foi adaptar-se ao meio adverso e encontrar paliativos aos dilemas da sobrevivência.
A história relata uma modesta gentileza. Uma esposa/mãe/senhora, com alguma “penca de filhos”, acompanhou o marido (a ocupar o lote no interior da Floresta Pluvial Subtropical/Mata Atlântica). A vegetação indomada, sem clareira/descampado, precisou literalmente ser devassada (com vistas de iniciar/possibilitar o plantio das culturas anuais). O milho, mandioca, feijão, abóbora, desenvolviam-se deveras neste solo (com a milenar camada de húmus). Os inços praticamente mantiveram-se inexistentes e as derrubadas (com as subsequentes coivaras/queimadas) avançavam na proporção das necessidades de terras às lavouras.
A família, com ovos, milho (farinha e o verde), hortaliças, feijões, carnes e aipim, mantinha o cardápio básico. A senhora, no mínimo de quatro a cinco oportunidades (semanais), cosia fornadas de pão. Um excepcional artigo/pão de milho, junto a algum charque, abafava a fome nos momentos mais cruciais/extremos. Os cafés e as jantas, em boa dose, mantinham o artigo básico. Este, com crianças em pleno desenvolvimento e trabalho braçal, ostentavam excepcional fome. Alguma fatia de pão, na metade da tarde, revigorava o ânimo e energia (para continuar até o desfecho do dia).
Um procedimento, como virtude, chamou atenção nessa singela mãe/senhora. Ela tratava de fazer algum pão a mais. Este, numa situação ímpar, acabava colocado numa beirada de mato. Ele, na calada do dia, sumia do lugar. Alguém tratava de apanhá-lo como dádiva. Uma artimanha/estratagema de aproximação entre forasteiros e nativos. Alguns aborígenes tratavam de apanhá-lo. Sucedeu-se, num belo dia, haver alguma troca (em caça e plantas medicinais no lugar). Uma maneira de retribuição das rotineiras cortesias. A doação era um meio de evitar maiores surpresas (em assaltos e ataques). O intercâmbio revelou os primórdios do estabelecimento de algum tipo de escambo e relações culturais (entre europeus e naturais).
Os bugres, alcunha dos kaigangues e tupi-guaranis/habitantes das plagas do Vale do Taquari, jamais trataram de atacar ou surrupiar na dita família. O convite, das boas relações, fez os devidos efeitos. Criações e plantações puderam desenvolver-se de forma imune no cenário colonial das florestas. O tempo foi aproximando os povos e acabou-se com a desconfiança e guerra (em função da invasão do espaço alheio).
Singelos atos e gestos provocam maravilhas nos relacionamentos humanos. Por que guerrear na proporção de haver espaço para todos? O espírito cristão precisa prevalecer nas ações. Quem tem bom coração, dá com alegria e satisfação.   

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/onde-podemos-encontrar-mata-atlantica-como-preserva-la-473054.shtml

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

As dificuldades


       Uma certa família, por décadas, viveu no interior e defrontou-se com as dificuldades econômicas.  “O dinheiro vivia contado aos centavos” e, em diversas oportunidades, deixara de atender as necessidades dos filhos. Eles precisaram de certos materiais escolares e roupas, porém nada: carestia completa. Podia-se dizer: “- A família não passava fome, todavia pouco faltou para tanto”. A sobrevivência consistiu em comercializar algum leite (tarefa da mulher); o homem ocupar-se com tarefas alheias (diarista). Terra arrendada e nada de maiores investimentos (para desenvolver uma propriedade de subsistência familiar).
Os anos transcorreram; filhos cresceram; a migração campo-cidade uma realidade... Adveio a aposentadoria e a idade. Os ganhos fixos (dos benefícios), de cada final de mês, possibilitaram o bom gerenciamento das finanças. A família, agora marido e mulher, puderam vivenciar uma subsistência familiar calma e despreocupada. Os rebentos, estudados e empregados, ajudaram com dinheiro e mimos, alegraram com netos e visitas... O casal podia dizer: “- Eles não eram nem pobres e nem ricos; poderiam comprar do bom e melhor para comer (nos cardápios); descansar conforme as conveniências; fazer os passeios desejados...”
O casal, nestas idas e vindas, fez um comparativo de anos. Queria saber da felicidade do outrora ou momentânea. O tempo instantâneo, com o advento da idade, significava o consumo diário de uma gama de remédios. A vida sedentária e a velhice tinham criado sérios problemas de saúde. O consumo desenvolveu a diabete e a obesidade. Cuidados e caminhadas diárias faziam-se necessários. O comparativo revelou uma dura realidade: “- A felicidade, apesar das inúmeras dificuldades e privações, mostrava-se maior nas colônias. A idade e o sedentarismo criaram problemas de saúde e consumo de remédios”.
A experiência refez a velha sabedoria: “- O indivíduo, estando com saúde, abraça qualquer causa; judia-se, no primor da existência, com razão de querer remendar na velhice”. As famílias, no tempo, acabam como começaram: marido e mulher. Os filhos seguem sua sina. Os pais ficam vivendo o prazer da vidinha de cada dia. Algum perece e daí o outro fica “nos aparentes favores de algum filho” (na proporção de não refazer sua parceria).
Comparativos nunca são demais numa existência. Viver o prazer de cada momento e dia com razão de degustar essa passagem ímpar. Os problemas próprios, comparado aos alheios, de maneira geral são probleminhas. Agradecer piedosamente, por ainda estarmos aí, na proporção de tantos estarem na ausência. A saúde mostra-se uma excepcional dádiva e a maior sabedoria consiste em cuidar dela.

Guido Lang
Livro: “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://imoveis.culturamix.com/dicas/paisagem-rural 
                

O primeiro

        
          Numa certa ocasião ocorreu o imprevisto! A morte não precisa esperar.  Ela chega por si só! As pessoas vão para o descanso e cedem o lugar aos mais novos. Os finados retornam ao lugar de procedência. Os familiares compreendem a situação como chamado divino. A missão terrena cumprida em bons termos. Os exemplos servem de lição para quem fica. Sábios são aqueles que conseguem passar muito dias nesta jornada e vivem momentos ímpares.
As casas mortuárias, a partir de 1980, ganharam importância no cenário colonial. Diversas entidades religiosas trataram de edificar seus prédios. Os religiosos queriam terminar com os velórios nas casas dos finados. A falta de estrutura, no momento impróprio, dificultava as coisas (cerimônia) com espaço. Um exemplo clássico relacionava-se a falta de assentos. Uma borbúdia com o afluxo de uma centena de moradores (entre aparentados, conhecidos e vizinhos). O religioso, no fundo, interpretava como transtorno deslocar-se às inúmeras casas/residências coloniais. Este, em situações, obrigava-se a fazer caminhadas em meio a brejos, cercados e potreiros. A construção, junto ao campo santo, abreviaria e facilitava os atos de encomendação e sepultamento.
Outra casa mortuária, junto ao cemitério, foi edificada pelos lados de Teutônia/RS. Um certo morador, como comerciante (duma localidade), ostentava-se deveras curioso. O cliente, à venda, mal achegara-se e este tratava de comentar, narrar e ouvir as últimas da comuna. Passou, umas cinco décadas, sendo o cidadão muitíssimo esclarecido, informado e propagador das boas novas/ocorrências comunitárias. Na história da edificação da casa mortuária não foi diverso. Ele, como ex-presidente da entidade, acompanhava os vários passos do empreendimento. Os membros-doadores, na proporção de haver materiais, gostavam de ver os trabalhos deslancharem.
A curiosidade, com a conclusão dos trabalhos, relacionava-se com a inauguração. Quem seria a primeira vítima? As obras avançavam e as conversas iam na direção do fulano e beltrano. Estes, adoentados a um bom tempo, recaiam as suspeitas. A construção, numa data, ostentava-se concluída. Podia ser inaugurada. Quem seria a vítima? Algumas semanas transcorreram nessas conversações. Os adoentados arrastaram-se no tempo.  Nada de corpo! O mistério estendia-se na “surdina das conversas informais”.
Os sinos, numa certa manhã, tocaram e anunciaram o derradeiro. “Faleceu alguém” foi à conversa. Quem seria o paradeiro? Qual membro da comunidade? A casa mortuária ganharia sua utilidade? Acabaria inaugurada! O anunciado correu os quatro ventos! Achegou cedo aos muitos lares! A surpresa foi de admiração e espanto: o sicrano. O comerciante era a vítima. Um mal súbito, aqueles tradicionais ataques do coração, levaram-no a inaugurar o prédio. O destino havia pregado outra peça. Levou o mais curioso! Aquele mais interessado em saber quem era o primeiro!
Quê peça a vida nos reserva? Uns parecem adivinhar seus infortúnios! Os excessos de curiosidade resultam em chacotas. Os moradores, em meio ao seio comunitário, costumam deixar algumas histórias como doces reminiscências.
                                            
Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://aguidyannedelonge.blogspot.com.br/2011/02/hey-hey-eu-amo-cemiterios.html

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Lobos internos


Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:
- Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram.
Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo.
É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra.
Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
E ele continuou:
- É como se existissem dois lobos dentro de mim.
Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender.
Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta.
Mas, o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira!
Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes.
É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma!
Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:
- Qual deles vence, vovô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais frequentemente.

Legrand (informações biográficas desconhecidas)

Crédito da imagem: http://edmaisbom.blogspot.com.br/2009/11/discernindo-os-falsos-profetas-3-os.html


Regras caseiras


  1. Primeiro ocupa-te de tua casa; depois de outra coisa (se te sobra tempo).
  2. Cada um olhe para sua casa; Deus olhará para o resto do mundo.
  3. Quem sai de casa para encontrar a paz, corre atrás de uma sombra.
  4. O homem encontra facilmente uma segunda mulher; mas a criança raramente encontra segunda mãe.
  5. Não é a casa que faz o dono, mas o dono que deve fazer a casa.
  6. Não é a casa que orna a mulher, mas a mulher que deve ornar a casa.
  7. A honra da sua casa está na mulher e não no homem.
  8. É preciso lavar a casa e a roupa suja... Quando um estranho pode ver o que está dentro da panela cuidado com a tampa...
  9. Bom casamento, bons filhos. Maus filhos levam o pai à miséria.
  10. Quando os filhos são pequenos, andam sobre os joelhos da mãe; quando crescem, muitos pisam-lhe o coração.
  11. Um só filho, filho de cuidados; dois filhos, mal criados; três em diante, como devem sê-los.
  12. Muitos filhos, muitos Pai Nossos; muitos Pai Nossos, muitas bênçãos de Deus. Quem possui Deus em sua casa, sustenta mais facilmente dez filhos do que sustentaria dois, si dela o tivesse expelido.
  13. Custa mais sustentar um vício do que alimentar dois filhos.

    (Fonte: Jornal O 5 de Abril nº 32, dia 06.12.1934, pág. 02, extraído e atualizado por Guido Lang). 

Crédito da imagem: http://www.sibnf.org/?p=1137

domingo, 9 de dezembro de 2012

Acredite em você!


Um mendigo sentava-se na calçada, sempre num lugar por onde passavam muitas pessoas e ao lado colocava uma placa com os dizeres:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado".
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até lhe davam dinheiro.
Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu como conseguira sair da mendicância para tão alta posição. Contou ele:
- Bem, houve uma época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
"Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!"
- As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:
"Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero."
- Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado".
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou:
- O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!


Autoria desconhecida


           Obs.: Se algum leitor souber o nome do autor do texto, favor informar ao autor do blog, para que os devidos créditos possam ser concedidos a esta pessoa.

Crédito da imagem: http://obviousmag.org/archives/2008/04/fotografias_do.html