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quarta-feira, 5 de junho de 2013

O teste da eficiência íntima


Uma senhora, a procura duma segunda companhia, foi num destes muitos bailões. Ela, depois da separação, queria recomeçar algum relacionamento íntimo. O corpo mantinha suas carências e desejos!
Esta, em meio à multidão, averiguou as possibilidades de encontrar alguém (elegante e interessante). Esta, depois de alguma cervejada (junto às amigas), interessou-se por um sessentão. Ele, parado num canto entre mesas, parecia ter algo de diverso no conjunto de homens!
Um forasteiro, bem vestido, sorridente e reservado, viu-se fisgado! Este, a grosso modo, parecia corresponder aos desejos e necessidades. A fulana, com sorriso estampado nos atraentes lábios e esbelto rosto, tomou a iniciativa de convidá-lo à dança. Este, com algum desacerto, correspondeu aos anseios e diversão!
A convivência iniciou através dum amistoso e interessante jogo corporal. As iniciativas, entre outras, foram algum floreio, esfrega cá, massageia lá... As brincadeiras e risadas, como velhos conhecidos, somaram-se entre os recém achegados! O jogo dos desejos e encantamentos tornaram-se recíprocos! O namoro parecia engrenar acalorado e acelerado!
A parceria, depois de certa altura, ostentou-se abusada. Esta, na dúvida, não queria “comprar gato por lebre!” Alguma mão, atrevida e corajosa, dirigiu-se “na direção de conhecer e ver a eficiência da ferramenta!”
O objetivo consistia em ver o atendimento às provocações íntimas. A fulana, sem os efeitos de remédios/Viagra, certificou-se de “atiçar-se com a fruta”. A avaliação, com o efetuado teste, tomou as raias do fogo da paixão!
Cada qual precisa saber dos seus interesses e necessidades. Conhecer o produto, antes de maiores compras e dispêndios, demonstra tino comercial. Os casais, em quatro paredes, realizam suas fantasias e satisfazem seus desejos.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://xlmen.blogspot.com.br

terça-feira, 4 de junho de 2013

A refrigeração caseira


Os antigos, nos porões das casas coloniais, construíam um singelo detalhe nas paredes dos alicerces. Algumas cavidades/entradas, em poucas moradias centenárias, comprovam a sabedoria colonial.
As cavidades, no contexto das sólidas pedras, viam-se deixadas abertas à refrigeração. Os rurais, diante da inexistência de geladeiras e freezers, trataram de armazenar e guardar banhas, cervejas, doces, mel, melados, natas, refrigerantes, schmier...
Os cuidados, como depósitos alimentares, ostentaram-se com recipientes bem fechados e tampados. O temor relacionara-se a incursão de eventuais insetos e mofos. O acúmulo de materiais, em função de roedores, mostrara-se descartado.
Os espaços frescos e secos, debaixo das casas, preservaram a frescura natural própria aos artigos/produtos. Uns, por meses e anos, viam-se armazenados e guardados no espaço. Estes, de maneira geral, ostentaram-se a qualidade como recém colhidos ou fabricados.
Algumas colheitas, como alhos, batatas, cebolas, feijões, ovos, sementes, somaram-se ao conjunto das armazenagens. A ausência de insolação diminuía as chances de brotações. As reservas alimentares era precaução aos rigorosos invernos e infortúnios nas safras!
O local, em algumas residências, consistia também no lugar específico das muitas carneações (sobretudo de suínos à extração de banha). Os familiares, em meio ao esquartejamento das vítimas, podiam labutar alheios as chuvas, insolações e serenos. A estrutura existente evitava maiores atropelos e correrias!
As gerações, em meio aos recursos da época, mantinham suas soluções e paliativos. A consorciação, entre o agradável e útil, manteve-se como segredo do êxito e sucesso colonial. Os espaços sobrepostos, bem administrados e gerenciados, evitaram dispêndios com conjuntos de instalações.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: Relato de Hugo Bergmann de Linha Clara/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com

O sumiço do caderno



Determinado educador, durante uns bons anos e semestres, administrava uma disciplina escolar. Os conteúdos, conforme os comentários de veteranos, encontravam-se desatualizados e superados!
O profissional, num curso de técnicas agrícolas, insistia na importância e necessidade desses apontamentos e conhecimentos. O tema, sobre a estrutura esquelética das aves, vinha administrado de forma descritiva e explicativa.
O professor, num daqueles descuidos ocasionais com a idade e pressa, esqueceu os apontamentos numa sala de aula. O caderninho, como manuscrito, mantinha-se sujo e surrado de tamanho uso!
Os escritos, por umas singelas horas, foram esquecidos na mesa do professor. Dois malandros, diante do cochilo momentâneo, trataram de dar um sumiço. A ímpar ousadia, só depois da formatura, viu-se narrada e relatada como astúcia e vantagem.
O dono, por dias, procurou reaver o material. A tentativa foi em vão! O jeito, como atualização, consistiu em elaborar e pesquisar novos e variados planos de aula. Estes certamente mais atrativos e interessantes aos desafios e necessidades da época!
Alunos e educadores possuem suas versões sobre os ocorridos e sucedidos. Atualizações e reformulações fazem-se necessárias em todas as aulas e ciências. Alunos, em inúmeras oportunidades, contam exageradas vantagens dos períodos de brincadeiras e estudos.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://dropsdecarreira.com.br

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A primazia dos cortes


Um suinocultor, depois de meses de cuidados e tratos, abateu o ímpar porco gordo. Uma abundância de derivados e produtos, depois de esmiuçado as partes, viu-se formada em banha, carne e torresmo.
O proprietário, a uns achegados e próximos, resolveu doar algum “tira gosto” (pedaço). Alguma fritada de carne fresca e singelo experimento de torresmo via-se como variação de cardápio. Alguma banha oferecida como remédio às feridas!
Uns, junto aos familiares, comentaram: “- Quê bom coração ostenta esse homem! Este carece do defeito do ciúme e inveja aos semelhantes!” O conceito, em consideração e fama, aumentaram ainda mais no meio comunitário!
O colonial, em assados e filés, guardou o melhor à sua gente. Os filhos, genros, noras e netos, nos finais de semana, advinham à residência. Um bom assado de forno ou excelente churrasco de porco via-se apreciado e degustado. Um bálsamo, em meio aos variados cortes, oferecidos aos paladares (com razão de manter e repetir a visitação).
O idêntico, no êxito das campanhas eleitorais, aplica-se na hora da instalação das administrações. Os vencedores, através das coligações e partidos, reservam-se o melhor dos cargos e ganhos.
Os técnicos, os reais capacitados às funções, vêem-se colocados à margem. Os desafetos mudam de lado ou são deslocados nos postos do ostracismo. Os aventureiros e forasteiros coordenam e mandam nos desígnios públicos!
Uns muitos, em poucos anos ou décadas, avolumam fortunas. “Nem Freud”, com esses salários e ônus de campanha, explica tamanha habilidade e façanha econômico-financeira! Os políticos, realmente honestos, costumeiramente saem mais pobres das gestões públicas como entraram! Os malandros cedo adquirem carrões e edificam mansões!
As cortesias, favores e mimos, com a “caridade dos contribuintes”, tomam razão aos amigos, companheiros e parceiros. Os chefes maiores, a cada final de mês, ganham algum valor proporcionar a chiqueiradas de porcos. A comilança e festança cedo assumem ares de lambança e ócio!
A legislação, com a impunidade, encontra dificuldades para abolir ou inibir malandragens e maracutaias. O Estado, com os muitos salários e vantagens, ostenta-se um especial criador de diferenças sociais. As sobras do trabalho enriquecem uns muito poucos e mantém nas dificuldades financeiras a maioria!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.parapua.net

A oração de agradecimento


Um cristão, um judeu e um muçulmano aspiraram a determinado cargo público graduado. Os três, num disputadíssimo concurso, angariaram a aprovação. As nomeações, depois de meses, sucederam-se nas instâncias da gestão administrativa!
O trio, diante do êxito e sucesso, deu-se a nobre missão de agradecer ao Todo Poderoso (criador dos céus e da terra). A tamanha disputa e conquista, as poucas unidades de vagas, bem que mereceria uma especial oração de agradecimento e reconhecimento.
O cristão, na igreja, tratou de externar a crença: “- Deus! Todo Poderoso! Obrigado, através de Jesus Cristo, por tamanha bênção e graça! Eu, numa data futura, irei cumprir minha penitência! Procurarei, de joelhos e em orações, subir toda essa imensa escadaria de acesso ao sagrado templo!”
O judeu, na sinagoga, manifestou a fé: “- Javé! Deus dos meus ancestrais! Agradeço por conquistar mais alguma especial fatia da Terra Prometida! Quero continuar tendo a bênção e força para galgar postos e suplantar os desafetos!”
O muçulmano, na mesquita, revelou a gratidão: “- Alá! Oh magnífico e magnânimo Deus! Obrigado pelas tamanhas graças! A aprovação foi mais uma vitória em meio às muitas! A bondade e caridade não têm limites e fronteiras nas tuas mãos!”
As crenças, no mais íntimo da alma, norteiam os comportamentos e passos do gênero humano. As pessoas, apesar das acentuadas e muitas diferenças, aspiram os idênticos propósitos. Os interesses financeiros, revestidos de escamoteados fins religiosos, são causa principal de atrocidade e guerras.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Existências”

Crédito da imagem: http://estudos.gospelmais.com.br

domingo, 2 de junho de 2013

O pedido de subida



Uma turma, dum punhado de funcionários, encontrava-se no hall de entrada de um prédio. Um imenso edifício, de inúmeras salas, como local de trabalho no serviço público.
As brincadeiras, conversas e cumprimentos tomam vulto na proporção das achegadas. O pessoal, como interação e passatempo, comenta as afrontas e ocorridos! Algum comentário, fofoca ou implicância sempre rola no início dos expedientes!
Uma senhora moça, ao desbocado colega, solicita e pede: “- Vamos subir!” O cidadão, de imediato, admira o convite e acata a ordem. Uma meia dúzia de gente ouviu aquela singela conversa!
O malicioso colega, na extrema carência e intensão da quarta-feira, rebate: “- Como vou negar uma oferta dessas? Esta advinda duma elegância? Certas ofertas e pedidos não tem como recusar? Uma segunda oportunidade nem sempre advém! O másculo, para se prezar, precisa demonstrar a eficiência no exercício efetivo!”
O pessoal, em meio às gargalhadas e gozações, compreendeu de imediato o jogo de palavras. As coisas de sexo a todos desperta e interessa! A curiosidade, ao subir, relacionava-se ao elevador (na direção das salas superiores).
As entrelinhas revelam as veladas práticas. Ao bom entendedor meias palavras bastam! Os temas de sexualidade cedo vêem-se assimilados e compreendidos!

Guido Lang
“Singelos Sucedidos do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://quersabermeublog.blogspot.com.br

Os encantos da notícia


Um cidadão, como individuo esclarecido e instruído, mantinha o singelo hábito de escutar notícias. Estas, nos muitos sucedidos diários, viam-se ouvidas na calada da manhã ao declinar do dia.
O fulano acordava e ligava o rádio (em determinada emissora). Os sucedidos, nos noticiários, continuamente eram comentados e repassados. O volume de informação, no espaço de décadas, criou uma ampla e ímpar cosmovisão.
Quaisquer assuntos e temas podiam ser comentados e debatidos (como algum especialista ou profissional da informação). Este possuía opinião própria sobre as muitas e variadas problemáticas nacionais e sociais.
O aumento da população, no acréscimo e ampliação das cidades, levou a banalização da selvageria. O cidadão, a cada dia, tomava conhecimento de mais alguma ímpar atrocidade humana ou falcatrua aos cofres públicos.
As pessoas, pelo dinheiro, “destruíam-se literalmente como animais”. O fato levou ao desestimulo e perdas do amor e encanto às informações! O fulano, com razão de não aborrecer e estragar o humor, passou a escutar música (em detrimento aos noticiários). Os ocorridos, de alguma forma, influíam no seu estado do espírito.
O cidadão, no cotidiano das vivências, vê-se surpreendido com as barbaridades e roubalheiras. As pessoas, de maneira geral, ostentam-se muito cruéis com os estranhos. A burrice e irracionalidade não têm fim e limites na existência humana.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://michiganlegion.org/