O animal, na ânsia da
entocada presa, acuou a noite inteira. O cachorro, no treinado da caçada,
buscava atender aos alentos e instintos. A bicharada, no encravado do mato,
aflui no endereço das casas e estradas. A fome, na escassa alimentação, conduz
na invasão dos ambientes de pátios e pomares. Os residentes, na condição de vizinhos,
advieram na chateação e vigília. Os cochilos, no primeiro momento, viam-se acabrunhados
no alarido. O possuidor, na entrada da manhã, abnegou-se em enfiar e vasculhar bosque
e morro. O adequado, no bom senso, incidia em chamar e prender besta. As
pessoas, na situação dos espaços, instituem dificuldades e tarefas. Os caninos,
na ausência de filhos e netos, recheiam vácuos das ausências humanas. Algumas
moradas, em recintos rurais, incidem em acobertados canis. A cachorrada, no
acolhimento familiar, retrata íntimo e situação dos amos. Os animais, na ausência do lucro e inalterável dispêndio, convêm
limitar nas criações.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://1080.plus/
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