O agricultor, no
recanto da propriedade, repetiu usual cultivo. O cereal, na silagem, acertaria
na cheia colheita. O solo, no fecundo e plano, facilitara mecanização e
produção. O milharal, na limitada área, tomara aparência de espesso mato. O cultivador,
na verificação do plantio, incidiu na ingrata surpresa. Algum malandro, no
antecipado e camuflado, acolhera expressiva porção das espigas. A ação, na
calada, caiu no apinhado e carregado carro. A aquisição, no nulo, auferiu belos
lucros. O comércio, em espiga verde, auferiu promoção e sacolão. A atribuição,
no roubo, costuma recair em conchavados e forasteiros. O pessoal, nas cercanias
urbanas, aflui no ensejo de encher viaturas. Animais, frutas e lenhas, no distraído
e largado, aparecem no convite da transgressão. O desprevenido, na impunidade e
indefesa, “paga pato”. Os abusados, na coragem e infração, arriscam sorte. Os coloniais,
no variável feitio, coexistem no dano e engano. O próspero, na riqueza, cuida acolá e cochila cá nos proveitos.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://novanews.com.br/
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