Há algumas gerações
atrás, durante uma das mais turbulentas guerras no Oriente Médio, um general
persa capturou um espião e o condenou à morte.
O general, um homem
de grande inteligência e compaixão havia adotado um estranho costume em tais
casos. Ele permitia ao condenado que escolhesse. O prisioneiro podia enfrentar
um pelotão de fuzilamento, ou podia atravessar a "porta negra".
Um pouco antes da
execução, o general ordenava que trouxessem o espião à sua presença para uma
breve e final entrevista, sendo seu principal objetivo saber qual seria sua
resposta: o pelotão de fuzilamento ou a "porta negra".
Esta não era uma
decisão fácil e o prisioneiro vacilava e preferia invariavelmente o pelotão ao
desconhecido e aos espantosos horrores que poderiam estar por detrás da
tenebrosa e misteriosa "porta negra". Momentos após se escutava o
rajar das balas que davam cumprimento à sentença.
O general da nossa
história, com os olhos fixos em suas bem polidas botas, voltava-se para o seu
ajudante de ordens e dizia:
"- Eis ali o que
é o homem, prefere o mal conhecido ao desconhecido. É uma característica dos
humanos temer o incerto. Você vê, eu disse à ele para escolher".
- Afinal, o que
existe atrás da "porta negra?" - perguntou seu ajudante de ordens.
"- Liberdade"
- respondeu o general - "e poucos têm sido os homens que tiveram o valor
de decidir-se por ela".
Autoria
desconhecida
Obs.: Se algum leitor souber o nome do autor do texto, favor informar ao autor do blog, para que os devidos créditos possam ser concedidos a esta pessoa.
Crédito da imagem: http://cabecadeblog.blogspot.com.br/2010/06/porta-negra.html
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