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sábado, 7 de novembro de 2015

A clemência no sacrifício


A idosa senhora, nos setenta anos, advinha na canseira e enjoo. A descendência, na luta da supervivência, continha parca paciência e tempo. Filha, genro e esposo anteciparam na morte. A moléstia, na solidão, pintava contínuo ônus. A longa vida, no enigma da extinção, mostrou-se delongada e sofrida. As lembranças, na prática usual da memória rural dos antigos, adotaram repetida lembrança. Os animais, na impraticável recuperação (em caso extremo de achaque ou ferido), caíam no dó do sacrifício. A clemência, no alívio da agonia e desdita, aconteciam na obra do detentor. A ascendência, em modelos, deparou-se em assemelhados holocaustos. A anciã, no silêncio da aurora, materializou igual extermínio. A dolente história ansiava regresso às origens primárias (no unido aos finados). O óbito, na causa mortis, atestou depressão. A agente, na praxe dos suicidas, careceu dos anotados. O chamado, no íntimo, impeliu ao ardil. Os vivos, na dor e reverência, comentam e pensam na inimaginável força.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://airodebas.blogspot.com.br/

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O primeiro comento

Porto Alegre vista do Everest Hotel. Foto: Gilberto Simon

Os vizinhos, na condição de filhos das colônias, fluíam no contínuo da cidade grande. Os negócios, na sobrevivência, sobrevêm no trabalho assalariado. Os empregos, no serviço burocrático e transporte de cargas, constituem-se os ofícios. O transportador, na entrega no certo supermercado, reencontra conhecido (na ampla e distante paragem). A casualidade, nas compras e entregas, consentiu incidência. As breves expressões, na conjuntura da mútua pressa, assumiram consideração. O motorista, no primeiro ato (ao regresso da residência junto aos pais), tratou de explanar caso. A tamanha admiração, no conjunto de milhares de semelhantes, merecia atenção e menção peculiar. As notícias, no amplo e encurtado mundo, circulam apressadas e intensas. As pessoas, nas facilidades de locomoção, afeiçoam bater pernas (em veículos). Alguns, na evasão da lavoura, residem no interior e ralam nas cidades. O saudável advém em saber conversar com todo tipo de pares.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://portoimagem.wordpress.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A cota diária


O instrutor, no amor da leitura, encarou curiosidade e desafio. O livro, na seleção a dedo, mostrou-se obra de estudo e mérito. O utilitário, no exame, incide em instruir-se com terceiros. O volume, no total de novecentas páginas, incorreu no desafio da degustação. O material, na dimensão, assusta apreciadores no número e tempo. O sujeito, no calejado na arte das escritas, rala na manha da astúcia. Os dias, nas sequências, estabelecem leitura de exclusivo capítulo. A dedicação e disposição, no andamento, acham-se destinados à missão. A tarefa, no tópico (diário), avança firme e rápida. A admiração, na evolução da tarefa, acontece na quantia de páginas. A pessoa, na cota habitual do pouco, edifica obra insonhável. O autor, na vida, mostra-se capaz de arquitetar pirâmide. O encargo calha na ajustada disciplina e inclinação. A pessoa, no ofício terreno, necessita perpetrar sua parte. Os distintos carecem de fazer, advém no peso da consciência. Os empenhos, nas prestezas, removem cerros e matas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://se.freepik.com/

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os empilhados registros


O escritor, na feira dos livros, manteve-se atento e observador. A paixão, em obras, adveio na análise e avaliação. A experiência, nas muitas feiras, aferiu conduta do público. As pessoas, na arte do celular, reúnem primazia das atenções e inquietações. As facilidades, nas consultas do instantâneo (internet), relegam no acessório as publicações. Os livros, na apreciação e leitura, caem no empenho dos estudados e seletos. Os incomuns, na distração da apropriada e interessante publicação, cultivam ciência e tempo. As pessoas, no comum, dão-se ilusório tempo no vislumbre dos títulos. Os sebos, no livro do baixo custo e usado, convergem no sentido da morte ou mudança. A família, na biblioteca, quer ver-se livre do material ou o dono perdeu interesse nos escritos. Numerosos entes, na alongada vivência, perpassam em jamais terem lido produção. Livreiros, em hábeis feirantes, convivem na falha da apreciação da leitura. Os livros, na assimilação e venda, são o ofício de aferrados e atrevidos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://marcosfmatos.blog.uol.com.br/

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A apatia ao dinheiro


O forasteiro, na condição de visitante, advém no anseio de conhecer o pacato lugarejo. O município, no encravado da oscilação de aclives e descidas, assemelha-se ao semiesquecido. A alusão, na mídia, verifica-se no ocasional das ocorrências. O estranho, na pergunta dos pontos turísticos, institui conversa. Os pedestres, na via, conferem-se parados e sondados. A modesta vó, na associação da filha e netos, aparece afável e polida. A principal referência, na queda d’água, verifica-se explicada no acesso e localização. O curioso, na aparente amizade e diálogo, externa tom de brincadeira. A análise, na imprecisão, versa: “Advim na imagem dos residentes simularem apatia ao dinheiro!” A habitante, no instante, abrilhantou olhares. “Ah! Aqui as pessoas andam deveras endividadas. A grana, na propalada crise, anda escassa e procurada”. A passagem, na ânsia do gasto e alto juro, externam os reflexos dos fáceis créditos e débitos. O bucólico, nas confissões, decodifica os acobertados e maléficos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.pirenopolis.go.gov.br/

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Enunciados fúnebres

ANNILDA STRATE

“Na minha angústia clamei ao Senhor e ele me ouviu”.

Nasceu em 24/09/1917, na Boa Vista do Meio/Estrela/RS, filha de Frederico Strate (1886-1964) e Erna Jasper (1891-1970), avós: Karl Heinrich Strate (1859-1905) e Lisette Schröer (1862-1944), Wilhelm Jasper (1862-1930) e Augusta Brandenburg (1869-1938). Casou-se com Lothário Lang, mãe de Dário Frederico, Glaci e Guido. Foi agricultora e moradora da Boa Vista Fundos/Teutônia/RS, falecendo em 17/06/2007, por Insuficiência Múltipla de Órgãos na residência.

            “Descanse em paz junto aos seus ancestrais! Acreditamos no reencontro vindouro na eternidade! O teu exemplo norteará nossas ações e gerações”.


LOTHÁRIO LANG

“Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo dos céus”.

Nasceu em 19/04/1927, na Boa Vista Fundos/Estrela/RS, filho de Frederico Carlos Lang (1886-1950) e Paulina Eggers (1896-1933), avós: Frederico Guilherme Lang (1857-1936) e Regina Stahlhöfer (1867-1933), Heinrich Wilhelm Eggers (1865-1909) e Katharina Bock (1864-1910). Casou-se em 09/07/1949 com Annilda Strate e teve Dário Frederico, Glaci e Guido Lang como seus filhos. Foi agricultor e morador na Boa Vista Fundos/Teutônia/RS, falecendo em 24/11/1990 por Insuficiência Ventilatória Aguda no Hospital Redentor (Canabarro/Teutônia/RS).

            “A gente não morre quando deixa exemplos e ideias. Descanse em paz e tenha certeza de missão cumprida”.


Nota do Autor: Annilda e Lothário encontram-se enterrados no Cemitério Evangélico da Comunidade Betânia/Boa Vista/Teutônia/RS.



A casual seleção


A mulher, na azucrinação da casa, entrou na comum ação e limpa. Os felinos, no acumulado de fêmeas, caíram na perspicaz proscrição. Os gatos, no contínuo, solicitavam atenção e trato. A ração, na repetida compra, parecia continuamente escassa. A gestação, na dispersão da superpopulação, ocorria na morada. Os animais, no devotado, circulavam entre pés. As janelas, nos silêncios (amanheceres), viam-se invadidas no interno. O próximo, no combinado forasteiro, versou em dar jeito. As vítimas, no mansinho, apreciaram batidas (golpe) da clemência. Um par, no amostra da espécie, ficou no papel de afastar e inibir ratos. O curioso, nas iniciais horas, ligou-se na extremada astúcia. Os sobreviventes semelhavam ostentar consciência do aniquilamento. O casal agitava em avocar pelos fenecidos. O derradeiro receio, na amizade do amo, sucedeu na avaliação. As ninhadas, no profícuo, tornam a espécie praga. A seleção, na abusada dispersão, encerra na prática e rotina rural.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/40304936 - Foto de Evandro Oliva