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sexta-feira, 31 de julho de 2015

O jornal andante


O deficiente, distinta vítima do duelo do tráfico, peregrina nas periferias. O sujeito das vilas, nas andanças entre amigos e populares, advinha informado das experiências e ocorrências. A confabulação, entre becos e esquinas, acontece no trivial das essências. As explanações, nos sucedidos, “circulam frouxas e soltas” nas conversas e relatos. O filho das colônias, na qualidade de morador ocasional, empregou estratégia e informação. O estudo, na inquirição dos ocorridos (comunitários e sociais), sucedia nos dados e narrações. O senhor, no escambo de mimos e negócios, caía no apurado diálogo e prosa. O submundo, nos escusos comércios e relações, acabava contado. A bisbilhotice, no naipe de especialista e periodista, sobrevinha em notas e registros. A aldeia, no instinto da sobrevivência, delineia epopeias e odisseias. O escritor, na crônica dos apimentados contos, habita na associação e coexistência do povoado. A investigação, na artimanha das notas, doutrina e perpetua ciências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.cafeutam.com.br/

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A ofuscada guerra


Os residentes, no ambiente da periferia, ouviram múltiplos estampidos. Os cinco disparos, no acerto dos cálculos, exterminaram outro confesso de morte. O sujeito, na flor da idade, ficou no débito e prejuízo. A drogadição, no feirante da esquina, acabou no “acerto” e lamento. O banimento, no modelo aos parceiros do consumo, mostrou-se na banal e final solução. A ofuscada guerra, no submundo do tráfico, rola farta e solta nas vilas. A impunidade, no fraquejo da segurança, anda de chamado e estímulo na ação e atrevimento. A minúcia, no aniquilamento, relacionou-se a vítima. O semblante, no curto alcance e exato ponto, descreveu ciência e eficiência. A espera, na ocasião, aconteceu no beco e residência. A tocaia, no exato e rápido ato, exteriorizou coragem e exercício. As vivências, no contíguo social, continuaram na apatia e habitual. O incentivo, no rejeite do malandro, apregoava encoberto ganho. A vida, na multidão humana, avoca parca estimação e serventia.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://outraspalavras.net/

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A dimensão das batatas


O pacato cidadão, na escola comunitária, assimilou esparsa instrução e teoria. A concentração, na faina prática e rural, caía na obrigação e primazia. A ciência, na formação e instrução, advinha na abnegação e dificuldade. A alternativa, no “ganha pão”, mostrou-se em absorver-se na lida braçal. A propriedade, na lavoura e manobro do solo, acontecia na ocupação e vocação. O curioso, na experiência das tradições, estabeleceu-se na lavoura das batatas. O plantador, no fecundo e soldado chão, inseria as pequenas ramas. As plantas, nas condições próprias, brotaram abundantes e surpreendentes. Os frutos, nos graúdos bulbos, transcorreram nas referências. Os consumos e tratos, no emprego do domínio, aconteceram na engorda e fartura. O acontecimento, na informação empírica, criou preciosa ciência e juízo. O estudo, na hierarquia social, institui acúmulos e divisões. A fórmula informal sentencia: “Maior a burrice da pessoa, maior verifica-se a dimensão das batatas”.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://nutricaojoyce.com.br/

terça-feira, 28 de julho de 2015

O expressado ofício


A profissional, na classe de maestro (coros), caía na diferença e saliência. O público, na destreza, ficava contagiado e extasiado nos admiráveis acordes e melodias. O violão, no somatório da adestrada voz, tornava as exibições harmoniosas e singulares. As apresentações, no contíguo dos bailes, festas e mortuários, auferiam animação e impressão. A interrogação, aos apreciadores e pessoais, acontecia no segredo do ofício. O pormenor, no diário das exposições, incidia em agregar confiança e encanto. O crédito, na união prática e teoria, consistia em fazer sentir as emoções e ritmos. A fórmula, no pessoal e privado, incidia em vivenciar o alastrado. O segredo, no elegido “ganha pão”, sobrevinha no entusiasmo e gosto. O modelo, no comum dos serviços, resulta na melhoria e sucesso. O místico, na fé, calha padrão. O docente, na evolução social, incide emprego. O servidor, na eficácia (entidade), arquiteta tarefa... O prestígio, aos excepcionais do ministério, depara-se resguardado na fortuna e menção.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://cecan.com.br/

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O presságio do vento norte


O agricultor, na alvorada, saiu da aquecida e confortável cama. O animalejo, nas criações, requeria cuidado e trato. O rural, na habitual astúcia, investigou as condições da meteorologia. A vegetação, no clássico e fácil reparo (folhas dos jerivás), descrevia insólito vento norte. O calor, na invernia, constatava-se atípico e impróprio. A esperteza, na ciência do ofício, advinha em antecipar obrigações e ocupações. A pastagem e silagem, na agilidade e aptidão, foram angariadas e guardadas. As madeiras, no fogão campeiro, foram abrigadas e empregadas. Os caminhos, nos desvios da via de roça, foram avigorados e reparados... O fato, nos porvindouros humores de São Pedro, anunciava chuvarada e reclusão. A realidade, em vinte e quatro horas, abonou antevisão e presságio. O Clima Pluvial Subtropical, no Hemisfério Sul, verifica-se ambiente das afluências e passagens. Os naturais, na inteligência dos ancestrais, sabem da envelhecida senha: “Vento norte sinaliza chuva na porta”.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ciadaspalmeiras.com.br/

domingo, 26 de julho de 2015

O presságio das chamas


O colonial, no clarear do dia, “caiu do leito”. A obrigação, nas tarefas do diário, clamava pelo acolhimento. A faina, após higiene pessoal, incorreu na reparação das criações e instalações. Os animais, como cães, galinhas e gatos, ansiaram cuidado e trato. A ocupação, no subsequente, adveio na magia e posse do fogo. O fogão campeiro, no interno da morada, ganhou calor e vigor das chamas. A atmosfera, na invernia, viu-se acalorada e arejada da umidade. A água, no fervido das chaleiras, viu-se recurso na ceia e limpeza. A contenção, na economia do gás, acertou na contagem e interesse. O pormenor, no chiado das flamas, alistou-se no ensino e presságio. O barulho, no instante, viu-se acirrado e avaliado. A envelhecida crença, na ocasião, observou-se considerada e recordada. Os antigos, na sobrevinda da visita, adestraram confiança e menção. O agouro, nas subsequentes horas, abonou confiado. Os filhos, na associação das proles, achegaram-se na mansão e torrão. Os fatos, no sentido tácito, falam pelos anseios e sinais.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.mulherbeleza.com.br/

O amparo às origens


A cidadã, na branda idade, revelou-se animada e cunhada nas colônias. A inclinação, no manobro do solo, cunhou-se nos primórdios do ensino e prática. As lidas rurais, nas criações e plantações, advieram na meninice e mocidade. O matrimônio, no “ganha pão”, transportou à cidade. A acomodação, no acessório do sustento, induziu a instituição da horta. Os plantios, nos fundos do terreno, continuaram no ardor e distração urbano-rural. As doenças e estresses, no enfurnado dos ambientes artificiais, viam-se exauridas na confecção dos canteiros e exercício da jardinagem. A produção, em chás, legumes e temperos, caiu na ampla ingestão. As sobras, na doação e escambo, sucediam na rejeição aos desperdícios. A atividade, na essência inteira, manteve-se na dedicação e distração. Os filhos das colônias, na inclinação e valor da terra, alimentam excepcional afeito e jeito. As raízes, na instrução e tradição colonial, perpassam na atitude e maneira de vida.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://nossaradio.net.br/