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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A abrangência humana


O lagarto, no interior da tubulação, sentia-se deveras resguardado e sossegado. O refúgio, no interior do chão, pintava alheio a abrangência humana. As esporádicas saídas, na necessidade de alimentação, aconteciam no gosto das acaloradas e ensolaradas tardes.
O pátio, na propriedade, caía na atrevida visitação. Os ovos e pintos, nos assaltos as aves, ocorriam na distração do criador. As galinhas, na inoportuna presença, circulavam na atenção e precaução. O alvoroço, na singular manifestação, delatava ataques e presenças.
O sujeito, na condição de brutal, inovou no engenho da caçada. O artifício, na alongada taquara, assentou estopa. Os tecidos, umedecidos na gasolina, foram introduzidos num buraco. Os cães, noutro orifício da tubulação, advinham na expectativa e tocaia.
O animal, no sufoco das chamas e fumaças, procurou livrar-se das circunstâncias. A existência, na carência de oportunidades, aprontou tolhida. Os Homens, nas avarias, faltam da clemência e regular sequelas. Os problemas peculiares exigem singulares soluções.
O costume e habilidade, na agilidade e receio, perdem diante da inovação e razão. A ferocidade, na exaltação, faz os humanos sobrepujarem os irracionais.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lagarto-marau-rs-dsc00972.jpg

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O amontoado de pedras


O morador, no bom ganho, diversificou aplicações e investimentos. A ideia, no jamais “colocar todos os ovos no exclusivo cesto”, caiu na efetiva aplicação. Construções e terras, na ideia das necessidades de reservas, sucederam na prática do patrimônio familiar.
O detalhe, na compra, relacionou-se ao amontoado de pedras. As salientes peças, na qualidade de tijoladas de basalto, foram compradas aos milhares. As unidades, na aplicação habitual no domínio, advinham na serventia das construções e guardas.
A minúcia vê-se as largas sobras. As unidades, na armazenagem, advinham carregadas (cá e lá). O viveiro, no bicharedo, ganhou cômoda moradia. O empecilho, de braços e coluna, caía no “grosseiro remédio”. Peças, nas dezenas, exigiam indigestos arrastos e espaços.
Os acúmulos, no manejo manual, judiavam do esqueleto corporal e reforço nos músculos. O sujeito, na velha sabedoria, recordou-se: “resolve-se um problema e sucede outro imprevisto”. Artefatos e seixos, na ciência da arqueologia, sustentam resquícios das culturas.
Os patrimônios, na conservação e precaução, têm dispendiosos encargos. A ilusão, em abastanças materiais, reside em acumular tesouros. A solução é ostentar felicidades.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ramontessmann.com.br/polemico-voce-coloca-ovos-so-cesta/

domingo, 2 de novembro de 2014

A derradeira inquietação


As pessoas, no contexto do asfalto, barulho e concreto, andam ansiosas e transtornadas. A questão financeira, na ânsia dos consumos e necessidades, incute exageros e neuroses. A selva de pedra, na artificial existência, alterna ânimos e apegos.
A ardente concorrência, na luta pela sobrevivência, conduz as últimas decorrências. Os semelhantes, nos forasteiros, incorrem na conta do estorvo e indiferença. O princípio, no “cuidado do próprio nariz”, advém na apreensão. A alheia vida cai no banal e rejeite.
O sujeito, no espaço das multidões, precisa “encher-se de paciência e prudência”. O equívoco, no exemplo, sucede-se “em pisar no alheio pé”. As desculpas, no imediato, precisam acontecer. O impensado, na extrema inquietação, pode cair na violência e xingação.
A tendência, na explosão humana, consiste na ampliação dos conflitos e intrigas. Os acertos de contas, na espécie de seleção natural, inspiram ameaças e receios. Sábios, nas proscrições e psicoses, são aqueles que conseguem ficar velhos e permanecer serenos.
As pessoas, no fervor do sangue, carecem de refletir nas consequências e punições. As cedências, nos acertos e desacertos, consentem caráter e sobrevida.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://desabafodeumcidadao.blogspot.com.br/

sábado, 1 de novembro de 2014

A empresa ambulante


O sujeito, na firma, inovou no engenho. As chaves, na edição de cópias, conheceram a facilidade dos locais de atendimento. A concorrência, no arrojo do ofício, ganhou economia e lamúria. A competitividade, na desigual concorrência, sobreviria no afiado reclamo.
O indivíduo, no interior do carro particular, lavrou um conjugado de adequações. A instalação do maquinário, na base da força da bateria, tornou admissível o funcionamento. O veículo popular, na facilidade do exercício e manejo, tornou-se empresa ambulante.
A multiplicidade, em definidas avenidas e ruas, virou locais de atendimento e produção. Os dias, nas semanas, caíam em definidos ambientes. Os clientes, nas emergências das fechaduras, conseguiam local de auxílio. Os acolhimentos especiais sucediam na telefonia.
Os problemas caíram nas complicações da burocracia. A municipalidade, na tentativa de inibir comércios vagantes, tratou de avolumar barreiras. A instalação, em ponto fixo, facilitaria cobrança e fiscalização das obrigações. O aferro prevaleceu na oficialização.
As inovações, nos excessos, costumam ceifar ofícios e diminuir tarifas. O sujeito, na eficiência da sobrevivência comercial, obriga-se zelar pela inovação e redução de custos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.autossegredos.com.br/

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A celeuma dos homens


O dia dez achegou-se no calendário. Os pagamentos, nas contas e salários, incidem nos agrados e obrigações. O dinheiro, na engrenagem econômica, circula na ativa ação.
As filas, nos caixas (lojas e mercados), tomaram largos tamanhos. As prestações, na gama de carnês, atraem atenções. O modesto cidadão admira-se do alheio endividamento. Conjuntos de clientes, na pilha de unidades, buscavam puramente repassar ganhos e salários.
Os cônjuges, na conversa informal, comentavam o comportamento. As mulheres, na parceria e prazer das aquisições, extrapolaram os rendimentos. Os parceiros, na virada dos meses, incorriam no socorro das obrigações. O dinheiro transcorria meramente pelas mãos.
O peregrino, na intrusa influência, objetou: “- O deleite cai em dispendiosos encargos. O prazer, no agrado, constata-se bem pago”. O constrangimento resultou no buliçoso sorriso. Os instintos, na carência, geram aborrecimentos. A franqueza, na demasia, decorre na ofensa.
O sujeito, na ideia do excesso e felicidade do consumo, força colocar limites. Os encargos, no custo da mercadoria dinheiro, multiplicam dispêndios e tarefas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://deliovisterine.blogspot.com.br/

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A ganância fiscal


A dita-cuja, no ardor de vendas, ralava na roupa. A boutique advinha na boa conta. A experiência, no tempo, levou ao imperativo da reformulação. As incertezas nas vendas, no contexto das agitações econômicas, criaram dificuldades na continuação e sustentação.
A loja, no lugar fixo, caía nos variáveis encargos. As obrigações, na água, aluguel, energia, telefonia e tributação, induziram ao encerramento. As baixas vendas, na oscilação mensal, instituíram a falência. A solução, na atmosfera de crise e inércia, induziu mudanças.
A faina, na habilidade, adquiriu originais contornos. A informalidade, no imperativo da supervivência, consistiu “em bater os pés”. As vendas, no comércio ambulante, ocorreram aos amigos, conhecidos e parentes. O recurso consistiu em diminuir despesas e originar sobras.
A redução, nos custos, restringiu exatidões de venda. O companheiro, no estável ofício, garantia os dispêndios básicos. A onerosa carga, nos muitos encravados encargos, inviabilizou o empreendedorismo. Os excessos costumam enxotar os discernimentos.
A racionalidade, na gerência dos recursos públicos, precisa prevalecerem na razão de facilitar o dinamismo econômico. A ganância arrecadatória induz a marginalidade comercial.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: https://plus.google.com/109036363775767169846/about

A celeuma dos homens


O dia dez achegou-se no calendário. Os pagamentos, nas contas e salários, incidem nos agrados e obrigações. O dinheiro, na engrenagem econômica, circula na ativa ação.
As filas, nos caixas (lojas e mercados), tomaram largos tamanhos. As prestações, na gama de carnês, atraem atenções. O modesto cidadão admira-se do alheio endividamento. Conjuntos de clientes, na pilha de unidades, buscavam puramente repassar ganhos e salários.
Os cônjuges, na conversa informal, comentavam o comportamento. As mulheres, na parceria e prazer das aquisições, extrapolaram os rendimentos. Os parceiros, na virada dos meses, incorriam no socorro das obrigações. O dinheiro transcorria meramente pelas mãos.
O peregrino, na intrusa influência, objetou: “- O deleite cai em dispendiosos encargos. O prazer, no agrado, constata-se bem pago”. O constrangimento resultou no buliçoso sorriso. Os instintos, na carência, geram aborrecimentos. A franqueza, na demasia, decorre na ofensa.
O sujeito, na ideia do excesso e felicidade do consumo, força colocar limites. Os encargos, no custo da mercadoria dinheiro, multiplicam dispêndios e tarefas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.viveresaber.com.br/