Translate

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O segredo do casamento


Um profissional, como motorista de caminhão, vivia nas estradas. O “ganha pão” (renda mensal) exigia semanas de ausência familiar! O país, entre cidades e rodovias, via-se descortinado!
A mulher, muito solitária, vivia a cuidar da casa e filhos. O suado dinheiro, com comissões e fretes, assegurava a subsistência! O conforto e dignidade ganhara expressão!
A esposa, diante das necessidades afetivas e íntimas, sabia das aventuras e traições masculinas. A companheira, em bons e vários momentos, sentia-se relegada e secundária!
Os equívocos, apesar dos comentários e falatórios, fazia conta em desconhecer e ignorar. A essência e preocupação consistiam em efetivar o casamento!
A pessoa, em casos e momentos, necessita relevar fatos e situações. O matrimônio envolve mútuas doações e renúncias! Cada parte precisa conhecer e trilhar as obrigações!
A vida, com alegrias e querelas, ostenta acertos e desacertos! Casamento, como parceria, possui dificuldades e realizações!

                                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://noticias.prestumseguros.com.br 

A gentileza do voto



O baile, no turno vespertino, encontrava-se numa animação ímpar. Os casais, numa abarrotada pista, viram-se numa intensa agitação e diversão na dança!
Um vereador, eleito de surpresa na última eleição, encontra-se presente. Ele, com aspirações maiores, procura dar as “caras” e cumprimentar eleitores!
O objetivo consiste em fazer conhecidos, ouvir reivindicações, prestigiar eventos... O camarada, em síntese, tenta ser um cidadão ativo e participante na comunidade!
O político, numa altura, cumprimenta outros dois jovens. Este, no tradicional aperto de mão, ainda nem estendeu o braço e o pedido constrangedor já se sucedeu no ato!
A ladainha, em resumo, consistiu: “- Fulano! Paga duas cervejas para nós!” A tamanha cara-de–pau surpreendeu. Ela externou aquela ideia da troca de gentilezas pelo voto!
O político, em meio ao público, recusou-se ao tipo de expediente. Os pedintes, de maneira geral, mostram-se os primeiros a descumprir falas e promessas!
O curioso: Ele atende algum pedido e logo a notícia espalha-se entre os demais pedintes. A compreensão do teor do voto, nas democracias, ostenta-se equivocada!
A corrupção, com as infindáveis gentilezas e pedidos, inicia na base eleitoral. Os políticos, em função da mendicância, safam e somem depois dos pleitos. Os administradores, com as divergências nas interpretações da legislação, colocam o patrimônio familiar na reta do confisco!

                                                                               Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”  

Crédito da imagem: http://quatrocantosdomundo.wordpress.com/

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Os excessivos direitos


Um produtor, no negócio do leite, procurou extrair o máximo das terras e vacas. O conhecimento, nas décadas de manejo, possibilitou um magnífico plantel e produção!
O cidadão, junto à propriedade rural, procurou contratar um auxiliar. Estes, com auxílio da esposa, não davam conta simplesmente das inúmeras e numerosas tarefas!
O ajudante, por uns bons meses, labutou como empregado e parceiro. Os ganhos salariais enquadraram-se nos valores ofertados no mercado de trabalho!
O problema, nos finais de semana, residia nos cuidados e reparos. O casal, com raras exceções, manteve-se atarefado e ocupado no atendimento e trato dos animais!
O rapaz, numa altura, pediu as contas. A instigação, de conhecidos, levou a recorrer ao Ministério do Trabalho. Os direitos, de finais de semana, deveria receber a mais no salário!
A indenização, no processo judicial, virou fortuna. O processo acabou com os lucros presumíveis da família do ano inteiro de labuta!
A solução, a partir da amarga experiência, consistiu em reduzir o plantel. O jeito consistiu em labutar meramente com as próprias energias e recursos!
A contratação, de algum outro auxiliar, nem em sonho! O exemplo havia revelado as dificuldades e incômodos em contratar empregados (mesmo dentro das exigências da lei).
Os diretos dos subalternos, no mercado de trabalho, sobrepõem-se aos reais deveres e realizações dos investidores e proprietários. Qualquer justiça, dentro da relatividade da interpretação das leis, precisa primar pelo “correto e justo equilíbrio da balança”. As histórias, de processos trabalhistas, inibem inúmeras contratações e inovações!
                                                                       
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.hominilupulo.com.br

A cortesia salarial


Os lábios e olhos externam facetas do estado do espírito. O leitor, na proporção do conhecimento e experiência nas leituras, decifra as realidades!
Um camarada, com a fama avessa de exímio trabalhador, encontra-se assentado no armazém. Este, numa felicidade ímpar, mostra-se todo feliz e sorridente!
Aquela felicidade e sorriso escondia alguma singela vantagem. O cidadão, numa quinta-feira, mostrar assentado na venda. Algum diverso sucedeu-se no meio comunitário!
Um aparentado e conhecido perpassa em frente ao estabelecimento. Ele, em meio ao trânsito, cumprimenta e observa “aquela felicidade e realização toda”.
O cidadão, entre os seus botões, pensa: “deve ganhar o dia sem trabalhar”. A firma, local do trabalho, deve ter tido alguma dificuldade ou imprevisto problema!
O fulano, no sábado, reencontra o camarada. A conversa, “na troca de fichas”, confirma o imaginado. A empresa, num imprevisto, encontrava-se a pagar as paradas horas! 
O prazer de muitos consiste em ficar no ócio! O tempo, sem um bom passatempo e trabalho, revela-se deveras demorado e monótono!
O dinheiro, no estado de espírito, faz uma excepcional diferença. Os bens e gostos conhecem-se pelo teor e volume da carteira. O trabalho, ao lerdo e preguiçoso, revela-se um tremendo ônus e punição!
                                                                                        
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://atirenajornalista.wordpress.com/page/5/

domingo, 8 de setembro de 2013

O extremo azar


O morador, numa periferia urbana, ganhava a cada noite uma inconveniente visita. O cão, tomado pela sarna, vinha procurar abrigo e proteção na casa!
Algum tapete, estendido diante do hall de entrada, revelava-se o local próprio do descanso e pernoite. A esposa, diante, do cheiro e sujeira, vivia a reclamar da situação!
O proprietário, numa certa manhã, procurou fazer aquela surpresa. Este, na porta dos fundos, saiu de surdina!  
Este, contornando a residência pela lateral, procurou apanhar o indefeso animal! Algum cochilo certamente permitiria dar-lhe uma surpresa maior!
O cidadão, num dia de mau humor (em função de algum vento norte), procurou dar uma bela e especial lição de vida. Aquela de jamais aparecer e esquecer!
A punição, no descuido animal, consistiu na tentativa de dar um certeiro e violento chute. A ação, efetuada com força e pressa, errou em cheio o alvo!
O fulano acertou uma ponta do degrau da escada. Os gemidos e gritarias revelaram-se do autor da façanha. A dor e raiva viram-se impensados!
O alvo tinha sido errado em função do próprio prejuízo! O feitiço havia virado contra o próprio feiticeiro! A caça havia dado uma lição ao caçador!
O guaipeca safou-se da agressão e do acerto de contas. O resultado consistiu no pé quebrado e trincado! Um dispêndio e sofrimento ímpar sucederam por semanas!
Os ágeis e astutos, com facilidade, safam-se dos lerdos e morosos. As tocaias, nalgum momento, vitimam os próprios idealizadores. A excessiva raiva costuma originar posteriores arrependimentos e transtornos!
                                                                                             
   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.ancorador.com.br/casa-familia/dicas-decorar-entrada-casa

A carência de troco


O forasteiro, como ocasional visitante no centro, aconchega-se nos estabelecimentos comerciais. Este, no interior do vestuário, distribui e esconde bem o seu dinheiro!
A necessidade de troco, por algum detalhe, obriga a tirar a nota de cem. Este, para um colega, necessita cobrir um débito. O devido e havido necessita ser pago!
A pessoa honrada e respeitada precisa ser cumpridor das obrigações e promessas. Os alheios precisam do dinheiro como a gente própria precisa dele!
A preocupação consiste em angariar troco. O cem precisa de notas menores. O possuidor, nos bazares e farmácias, pede a gentileza para trocar a unidade monetária!
Os atendentes, com mil e uma desculpas, alegam não ter caixa! Uns falam dos temores de assaltos; outros alegam carência numerária. Algum faz completo descaso do pedido!
Meia dúzia de tentativas sucedem-se! O comportamento demonstra a falta de vontade! A insistência inspira até a desconfiança em ser dinheiro falsificado!
A solução, como princípio de esperteza, consistiu em adquirir alguma guloseima. O troco, apesar da grande nota, apareceu de imediato e sem maiores objeções!
A esperteza consiste em achar saídas simples às dificuldades momentâneas. O cidadão, de uma forma carece de atingir os objetivos, procura de outra maneira!
Os favores financeiros revelam-se muito limitados. A criminalidade, com a drogadição, tornou uma banalidade os assaltos e roubos. Uns inconsequentes, por meros trocados, arriscam a perder a preciosa vida!
                                                                                 
Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://colunistas.ig.com.br/cip/tag/guloseimas/

sábado, 7 de setembro de 2013

A imprópria marca


Os cunhados, na casa do beltrano, reuniram-se para jogar o prazeroso jogo de cartas. A rodada, na tradicional canastra, mantinha-se uma promessa de umas boas semanas!
A primeira partida foi concretizada. Alguém, como complemento ao baralho, sugeriu comprar algumas singelas cervejas. A vaquinha, para uma dúzia de garrafas, viu-se efetuada!
O beltrano, como dono da casa, prontificou-se em ir buscá-las no armazém. Ele, num domingo à tarde, mantinha-se num dos poucos estabelecimentos em funcionamento!
O cidadão, num sútil superfúgio, inovou na aquisição. Este, fazendo-se de desentendido, adquiriu uma marca rejeitada. As visitas desgostavam-se desse paladar! 
O camarada, de forma proposital, incorreu naquela inconveniência. Este, como artimanha, poderia apreciar mais e custear bem menos das quantidades!
A má fama, de “unha de fome”, viu-se ampliada e reforçada. Os comentários e falatórios, no seio familiar, deram margem a outro impróprio (dos muitos já evidenciados).
As pessoas, por dinheiro, revelam as entrelinhas da índole. Uns, por atitudes e migalhas, estragam o bom nome! A bebedeira, entre a jogatina, encontra expressão!

                                                                                              Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.efecade.com.br/baralho/