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domingo, 11 de novembro de 2012

A História da Comunidade Evangélica Betânia



           Pesquisar a trajetória desta comunidade evangélica de confissão luterana não é tarefa fácil (devido à escassez de fontes históricas). Os colonos não tiveram a praxe de registrar sua história. Os livros de atas, dos primórdios da comunidade, acabaram extraviados no período do Estado Novo (1937-1945). Os governantes consideravam o material escrito em língua alemã como suspeito de propaganda nazi-fascista.
A história da comunidade, localizada no atual município de Teutônia/RS, inicia com a migração de membros evangélicos, em 1862, à Colônia Teutônia. Esta foi uma colonização particular efetuada por prósperos comerciantes de Porto Alegre. Eles tinham o objetivo da especulação imobiliária. Organizaram a “Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de La Rue, Jacob Rech, Guilherme Kopp & Companhia”, que se encarregou de abrir picadas (estradas) na mata, medir as terras em lotes, comercializar os prazos coloniais... Abriram um total de vinte localidades (na época denominadas "picadas"), dividindo as terras em seiscentos prazos coloniais (lotes). 
A colônia, na época, incluía as Picadas de Boa Vista (“Boa Sorte”) e Catarina (homenagem à "Katharina Dockhorn Lang"); as terras das atuais localidades da Capivara, Boa Vista, Boa Vista do Meio e Boa Vista Fundos. Esta área foi ocupada a partir de 1868; quando afluíram colonos teuto-brasileiros provenientes da região da "Colônia Alemã de São Leopoldo" (de descendência, na sua maioria, de imigrantes da região do Hunsrück/Renânia-Palatinado/Alemanha).
Destacaram-se nesta ocupação, conforme o "Livro Colônia Teutônia" (da sociedade colonizadora), os patriarcas: Joseph Hagemann, Johannes Born, August Wessel, Wilhelm Hachmann, Wilhelm Schonhorst, Julius Baumgarten, Franz Staggemeier, Leonhard Fucks, Abraham Bohnenberger, Rudolph Wehmeier, Peter Schneider, Adam Fensterseifer, Adolph Eggers, Friedrich Kussler, Jacob Lang, Jacob Dockhorn, Peter Hatje, Heinrich Dammann, Nicolaus Nielsen, Claus Dammann, Heinrich Hatje, Wilhelm Jung...
Os membros começaram a mobilizar-se, por volta de 1873, para constituir uma comunidade religiosa. Gottfried Borchardt e Heinrich Sommer, em 01 de março de 1874, adquiriram da companhia colonizadora um terreno de cinco mil braças quadradas. Este localizado no lote número dezenove (para à Comunidade Evangélica da Boa Vista), com a finalidade de construir escola e igreja protestante. O espaço do atual Cemitério Evangélico da Boa Vista, que servira à formação do cemitério e, a partir de 1875, acrescia escola comunitária. O prédio foi utilizado à ministração dos primeiros cultos e deu origem à posterior escola comunitária (atual "Escola Municipal Bento Gonçalves").
Os membros inicialmente foram atendidos pelo pastor westfaliano Friedrich Kleingünther. Este, de 1865 à 1873, vinha de Porto Alegre (duas vezes por ano) para atender os evangélicos luteranos da Colônia Teutônia. Outros religiosos foram: Ferdinand Häuser, que atendeu de 1873 à 1888; o médico, professor, regente e pastor leigo Henrique Beckmann (avô materno de Ernesto Geisel/Ex-Presidente da República), que assumiu de 1888-1911Karl Sick (1911-1914); Gustav Schreiner (1914-1916); Ferdinand Mater (1916-1926); Jonathan Stribel (1926-1931); Hugo Erich Wilhelm Ziebarth (1931-1965); Arno Wartschow (1965-1980); Martin Backhouse (l981-1983); Nelson Wahlbrinck (1983-1985); Yedo Brandenburg. Pastores substitutos foram Kasten (de fevereio à setembro de 1930), Hahn (em maio de 1937) e Walter Schäffer (em outubro de 1958 e maio de 1964).
O constante afluxo de colonos, com o avanço da colonização, tornou a comunidade vigorosa e com o desejo de obter a autonomia. Os colonos membros, em decorrência destes anseios, fundaram em 16 de janeiro de 1892 a "Comunidade Bethânia" (atualmente "Comunidade Betânia"), que, no mesmo ano, construiu o atual templo num terreno adquirido do casal Leonard e Carlotta Fucks. A torre foi edificada em 1938, quando também se procedeu à inauguração do sino. A denominação de "Bethânia" refere-se à "Vila Bethânia", perto de Jerusalém, onde moravam Marta, Maria e Lázaro, como também lembra uma vila do lado oriental do Rio Jordão, onde João Batista batizara.
A comunidade inicialmente contratava os seus pastores, pois não estava ligada ao Sínodo Rio-grandense (isto é, constituía-se como uma comunidade livre). O pastor Ziebarth encaminhou os membros para se filiarem ao sínodo. A comunidade a partir daí passou a pertencer à "Paróquia Teutônia Sul", com sede em Canabarro. Em 1985, foi criado o segundo pastorado na "Paróquia Evangélica Teutônia Sul", quando foi construída uma casa pastoral em Languiru e este pároco atendia também a Comunidade Betânia.
Estão ligadas a comunidade as "ordens auxiliadoras das senhoras evangélicas da Boa Vista, Boa Vista Fundos e Capivara". A "OASE de Boa Vista" foi fundada em 1946, quando também criou-se o coro. A "OASE de Boa Vista Fundos" foi fundada em 1981, e, a de Capivara em 1989. Os encontros das senhoras são realizados mensalmente e em datas festivas; visa-se "cultivar o canto e a integração dos membros". A "OASE de Boa Vista" possui o seu "Lar Evangélico", construído em 1960, que se constitui como o local das reuniões e festas. Os jovens possuem a "Juventude Evangélica", fundada em 1981, na Boa Vista Fundos. O pastor Yedo tenta implantar uma juventude evangélica na Linha Capivara. A Betânia possui seu centro comunitário, que, inaugurado em 14 de janeiro de 1990, serve como ginásio esportivo, galpão de festas, local de bailes, ambiente de ensaio dos corais e reuniões.
A comunidade possui 175 cotas, que dá um total aproximado de 200 famílias e engloba umas 800 pessoas. A diretoria atual é constituída por Guiomar Dickel, Silácio Brust e Egon Bayer. Há dificuldades financeiras relacionadas à administração e manutenção da estrutura física, bem como ligadas ao êxodo rural (que leva membros à migrarem aos centros urbanos, com o consequente desligamento). 
Os membros que se empenham na comunidade sentem-se gratificados. São luteranos fiéis e dedicados a sua comunidade e Igreja, bem como identificados com a IECLB e o legado dos ancestrais.

*Fonte: Guido Lang. Anuário Evangélico, 1992, páginas 118-119.

* Crédito da imagem: Portal Luteranos.

Napoleão Bonaparte


1. É muito melhor ter inimigos declarados que amigos velados.
2. Não é dado a todos apreciar o valor da honra em si; um pouco de dinheiro nunca é jogado fora.
3. As circunstâncias mais irrelevantes produzem os maiores acontecimentos.
4. Quando as baionetas deliberam, o poder foge das mãos dos governantes.
5. Os votos de um Senado dão autoridade ao chefe de Estado, mas o voto do povo é uma ordem.
6. Quando o equilíbrio está perdido não existem mais direitos públicos.
7. O governo deve organizar a educação de modo a poder controlar as opiniões políticas e morais.
8. A sorte é uma mulher; se a deixarem fugir hoje, não esperem encontrá-la amanhã.
9. Quem não sente firmeza no coração não deve cuidar nem de guerra nem de governo.
10. Os mais fortes não negociam, mas sim ditam as condições e são obedecidas.
11. É preciso governar com a obra de todos sem olhar para as ações individuais.
12. Quem luta contra a pátria é um filho que quer matar a própria mãe.
13. Toda árvore produz seu fruto e só se colhe o que foi plantado.
14. O amor, como qualquer outra coisa da natureza tem suas várias fases de crescimento.
15. Quando a vítima está degolada, não há mais tempo para revogar uma sentença de morte.
16. Quando a autoridade do patrão não é mais reconhecida, tudo está perdido.
17. É preciso aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem.
18. O deserto é um oceano em terra firme e a imagem da imensidão             
19. Qualquer coisa no mundo proclama a existência de Deus.
20. Tranquilizar o espírito é a melhor maneira de curar o corpo.
21. A riqueza sempre foi o primeiro título dado a estima.
22. Cuidado com quem se deixa governar por sua mulher; não é mais nada.
23. Os grandes homens são aqueles que sabem controlar a felicidade e a sorte.
24. Quando se quer ser justo, os homens são difíceis de serem julgados.
25. Os homens são tão maldizentes e maus que precisamos estar vigilantes em tudo.
26. É preciso deixar passar a noite sobre as ofensas do dia anterior.
27. Para julgar um homem a fundo devemos julgá-lo nos seus tempos de infortúnio.
28. O estudo mais honroso e o mais útil para as nações é aquele que contribui ao crescimento das ideias humanas.
29. Quando alguém quer um emprego a qualquer custo, já está vendido.
30. Um pai sempre deve dividir seu pão com os filhos; qualquer que seja sua fortuna. 
31. Os Papas cometeram burrices demais para que os acreditemos infalíveis.
32. O trabalho assegura o repouso da sociedade e a felicidade o do indivíduo.
33. Um glutão defende heroicamente o pedaço que tem na boca.
34. Numa grande nação, a multidão é incapaz de julgar as coisas com bom senso.
35. Na vida de um homem toda coisa é sujeita a cálculo. É preciso fazer a balança entre o bem e o mal.

(Fonte: Napoleão: Aforismos, Máximas e Pensamentos, Rio de Janeiro, Newton Compton Brasil, 1996, pág. 95). Napoleão Bonaparte (Ajaccio, 1769 – Santa Helena, 1821), militar e gênio da guerra.

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte

sábado, 10 de novembro de 2012

Dez ações para sua vida


  1. Seja amigável, é o caminho para a felicidade.
  2. Reze, é a maior força da terra.
  3. Leia, é a fonte da sabedoria.
  4. Brinque, é o segredo da juventude eterna.
  5. Doe, é a chave para o céu.
  6. Pense, é a origem do poder.
  7. Ria, é a música da alma.
  8. Seja generoso, o dia é curto demais para o egoísmo.
  9. Trabalhe, é o preço do sucesso.
  10. Ame e seja amado, é o privilégio dado por Deus.

(Fonte: Almanaque Iza, ano 2004, pag. 13)

Crédito da imagem: http://febracis.com.br/blogs/emocoesinteligentes/page/2/ 

A lorota do Pedro Paraguaio



    Um certo forasteiro,  das paragens das terras paraguaias, acabou em meio a alemoada da Boa Vista/Estrela (atual Boa Vista/Teutônia/RS). Ele, em momentos de convivência nas vendas das localidades, narrava histórias das suas terras de origem.
    Ele, em função do intercâmbio de brasileiros e paraguaios na Guerra do Paraguai (1865-1870), acabou nas terras da antiga Colônia Teutônia. Algumas famílias, com descendência Dickel e Lang, foram, no início do século XX, adquirir terras nas confluências  do rios Paraná e Paraguai. As carroças de bois, numa jornada de mais de um mês de deslocamento, levaram as famílias ao país platino. Constituíram-se umas sólidas colônias alemãs em Bela Vista e Obrigado/Itapuã. O Pedro Paraguaio, alcunha deste (desconhece-se o nome original), fez o caminho inverso e ficou, durante anos, como diarista e morador entre os locais teutonienses.
    Este, nalgumas oportunidades, contava as histórias de pescarias no Rio Paraná e Paraguai. Falava dos excepcionais peixes fisgados. Estes, em função do peso e tamanho, precisaram ser arrastados, água afora, com burricos. Os moradores, através do esforço humano, deparavam-se com imensas dificuldades. Apresentavam-se lisos e pesados. Os locais mantiveram dificuldades em arrastá-los nos barrancos (de terra firme). A solução, com cordas, foi apelar ao auxílio dos animais de carga.
  Os moradores teutonienses, distantes de maiores cursos fluviais de expressão, acharam-no “o maior mentiroso nas circunvizinhanças”. Este, numa ocasião, adveio a perecer e ficaram os relatos deste na memória colonial. Um clã, num encontro internacional de família (Dickel), foi fazer visita aos parentes de sobrenome. Uns participantes, de imediato, perguntaram sobre as histórias de pescarias. Relataram o explanado do Pedro Paraguaio, quando, de imediato, confirmaram o relatado. Alguém logo confirmou: “- Essa história de colocar burro para tirar peixe das águas era fato corriqueiro. A gente ajudava nos tempos de guri! Peixes do tamanho da semelhança de excepcionais porcos”. Os visitantes, apreciando o rio-mar do encontro das águas do Paraná-Paraguai, não tiveram mais dúvidas. O Pedro Paraguaio tinha contado a realidade dos fatos.
    A verdade de uns pode parecer exagero aos olhos de outros. Viajar e conferir os fatos mostra-se uma excelente escola. Nobres histórias sobrevivem à ação do tempo.   

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito de imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2010/11/sos-rio-paraguai-dia-do-rio-paraguai-14.html

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

21 dicas para o sucesso


  1. Elogie as pessoas, de preferência na sua ausência;
  2. Aperte firmemente a mão estendida;
  3. Olhe às pessoas nos olhos;
  4. Gaste menos do que ganha;
  5. Saiba perdoar, pois assim será perdoado;
  6. Trate as pessoas e amigos como gostaria de ser tratado;
  7. Faça novos amigos, mas não perca os que têm;
  8. Saiba guardar segredos;
  9. Se for empregado, seja fiel, se for patrão, humano;
  10. Surpreenda aquele que ama com presentes inesperados;
  11. Sorria. Viva o hoje melhor que ontem, amanhã só Deus saberá;
  12. Aceite ajuda, ajude se puder;
  13. Cumpra seus compromissos em dia, não deva nada que não possa pagar;
  14. Não ore só pedindo, ore mais agradecendo, pois só a vida já é um bem;
  15. Dê sempre mais chances às pessoas;
  16. Não tome nenhuma decisão, quando estiver cansado ou nervoso;
  17. Respeite direitos e pontos de vista alheios;
  18. Dê o melhor de si no seu trabalho, você recebe por ele;
  19. Seja humilde, mesmo nas vitórias;
  20. Jamais prive alguém de esperança, pode ser que ele só tenha isso;
  21. Em tudo coloque Deus em primeiro lugar.
(Fonte ignorada)

Crédito da imagem: http://cavaleirosdesantoandre.blogspot.com.br/2012/08/o-que-e-riqueza.html

O lugar do livro


     

   Um certo cidadão, aficionado amante dos livros, concorreu na política. Este, como colega numa majoritária, visitou centenas de lares no município afora. A situação, diante da ausência da “máquina administrativa” (como oposição) e dificuldades financeiras, levou ao “tradicional corpo a corpo”. Percorreu-se, aqui e acolá, as casas e empresas. A recepção, de maneira geral, foi muito amistosa e daí o tradicional convite “do entra” (para alguma conversa informal). Conheceu-se facetas de inúmeras realidades familiares.
    Chamou atenção um aspecto: a escassa presença de livros. O celular, seguidos pelo rádio/televisão, mantinha a primazia das atenções. Estes, diante da parafernália eletrônica, pareciam ter caído no desuso. Um estorvo, diante da carência de espaço, nos muitos lares.  Percorreu-se algumas centenas de residências e não ver maior presença  de livros chamou muitíssima atenção. A existência, como minibibliotecas, não completou uma mão de cinco dedos (numa comuna de três dezenas de milhares de moradores). A situação levou a conhecer uma dura condição social. O desleixo, com publicações, aponta aos resquícios do atraso cultural. As edições, no contexto da era do computador, encaminham-se para a nulidade de adeptos. Livros acumulam o patrimônio mental do gênero humano e a presença representa companhia “às almas polidas”.
   O hábito da leitura ostenta-se um hábito de eruditos. A realidade social, de uma ou outra maneira, transparece nas entrelinhas da vivência. Os livros, em qualquer geração e situação, tem algo a ensinar e revelar. As feiras de livros revelam um discurso, porém a prática do cotidiano outra realidade.

                                                                                                                                            Guido Lang
Livro: "Singelas Histórias do Cotidiano da Vivência"

Crédito da imagem: http://www.anica.com.br/2008/05/24/por-que-os-livros-sao-caros-no-brasil/ 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A pérola divina



Deus, na sua infinita bondade e grandeza, resolveu lançar o desafio! Tinha criado sua excepcional obra: o Homem. Ele, inovador e meticuloso, quis tirar a prova. Procurou (os humanos sendo animais pensantes) dar uma pérola a cada qual (membro da espécie). Queria avaliar/testar a astúcia e inteligência das pessoas! Averiguar os cuidados e a eficiência! Inteirar-se dos comportamentos e valorização! Conhecer a multiplicação ou subtração!
As pessoas, quaisquer umas, receberiam o idêntico brinde. Ninguém poderia queixar-se duma eventual discriminação ou má sorte. Nada de choradeiras e lamúrias (pelos cantos e recantos)! Comentários impróprios! A dádiva começaria nos primeiros instantes da concepção e estender-se-ia até o desfecho da existência. Absteve-se de interrogar, aos competidores, de querer participar ou não do jogo. Todos, sem nenhuma exceção, precisariam defrontar-se com a sina. Procurou, ao longo dos séculos, “assistir, de camarote, o desfecho do comportamento da espécie”.
Observou cenas imaginárias, outras impensadas no palco da vida. Aparecia cada qual, nem em profecia ou sonho, poderia ser vislumbrado. Alguns, nas primeiras horas/momentos, desperdiçaram a pérola! Outros, por algum infortúnio/percalço, viram-se privados! Uns, no tempo, foram acrescentando beleza e qualidade ao presente! Muitíssimos, mesmo de uso efêmero, pareciam satisfeitos (com o tempo dado)! Outros mais, em décadas de guarda, fizeram uso sublime. Tentaram, de todos as formas e meios, acrescentar e prolongar os préstimos. A jornada, apesar dos bons e múltiplos anos, pareceu-lhes efêmera. Lamentaram, no momento derradeiro, a partida (sem retorno)! Cada qual, a sua maneira, soube abreviar ou prolongar a cortesia!
        A pérola, na prática, relacionava-se ao número de dias/tempo vivenciados sobre a Terra. Muitos abreviaram-nos com as correrias, criminalidades, drogadição, gulas, loucuras, velocidades, vícios... Poucos, com parcimônia e sabedoria, conseguiram acrescentar/multiplicar tempo. Vivenciaram longa jornada (em função da modéstia e racionalidade). Estes, o Deus Criador, considerou esbeltos e nobres! Coube, a cada qual, a oportunidade de abreviar ou prolongar o seu número. A esperteza e habilidade encontra-se nos cuidados! A imprudência abrevia e a prudência multiplica!
          Sábio é aquele que consegue longa vida! Viva o prazer de cada dia (como fosse o último). Cuide e enobrece muitíssimo esse patrimônio! Agradeça a Deus, a todo instante (através dos atos), por ter sido um dos privilegiados.

                                                                                   Guido Lang
                                                                           Livro “Histórias das Colônias”
                                                                        (Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://seasecretsblog.wordpress.com/