Um certo cidadão, aficionado amante dos livros,
concorreu na política. Este, como colega numa majoritária, visitou centenas de
lares no município afora. A situação, diante da ausência da “máquina
administrativa” (como oposição) e dificuldades financeiras, levou ao
“tradicional corpo a corpo”. Percorreu-se, aqui e acolá, as casas e empresas. A
recepção, de maneira geral, foi muito amistosa e daí o tradicional convite “do
entra” (para alguma conversa informal). Conheceu-se facetas de inúmeras
realidades familiares.
Chamou
atenção um aspecto: a escassa presença de livros. O celular, seguidos pelo rádio/televisão,
mantinha a primazia das atenções. Estes, diante da parafernália eletrônica, pareciam
ter caído no desuso. Um estorvo, diante da carência de espaço, nos muitos
lares. Percorreu-se algumas centenas de
residências e não ver maior presença de
livros chamou muitíssima atenção. A existência, como minibibliotecas, não
completou uma mão de cinco dedos (numa comuna de três dezenas de milhares de
moradores). A situação levou a conhecer uma dura condição social. O desleixo,
com publicações, aponta aos resquícios do atraso cultural. As edições, no
contexto da era do computador, encaminham-se para a nulidade de adeptos. Livros
acumulam o patrimônio mental do gênero humano e a presença representa companhia
“às almas polidas”.
O hábito da leitura ostenta-se um hábito de
eruditos. A realidade social, de uma ou outra maneira, transparece nas
entrelinhas da vivência. Os livros, em qualquer geração e situação, tem algo a
ensinar e revelar. As feiras de livros revelam um discurso, porém a prática do
cotidiano outra realidade.
Guido Lang
Livro: "Singelas Histórias do Cotidiano da Vivência"
Crédito da imagem: http://www.anica.com.br/2008/05/24/por-que-os-livros-sao-caros-no-brasil/
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