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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Provérbios da Sabedoria Chinesa


O1 – Quando você perder, aproveite a lição.
O2 – Se não queres que ninguém saiba, não o faça.
O3 – Não há que ser forte. Há que ser flexível.
O4 – A dúvida é a arte-sala do conhecimento. 
O5 – Longa viagem começa por um passo.
O6 – Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.
O7 – Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.
O8 – Fale devagar e pense depressa.
O9 – A palavra é prata, o silêncio é ouro.
10 – Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede.
11 – O cão não ladra por valentia e sim por medo.
12 – Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade.
13 – Um erro de largura de um fio de cabelo pode causar um desvio de mil quilômetros.
14 – Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece flores.
15 – Quando um homem cava um poço, muitas pessoas conseguem água.
16 – Me ama quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso.
17 – Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
18 – Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?
19 – O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute ideias.
20 – Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho.
21 – Cem homens podem formar um acampamento, mas é preciso uma mulher para se fazer um  lar.
22 – Um momento de paciência pode evitar um grande desastre: um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida.
23 – Exige  muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.
24 – Ser ofendido não tem importância nenhuma, a não ser que nos continuamos a lembrar disso.
27 – Sorria quando atender alguém. Quem chama vai perceber a sua satisfação.
28 – Quando notar que cometeu um engano, tome providências imediatas para corrigi-las.
29 – Lembre-se que grandes amores  e grandes realizações envolvem grandes riscos.
30 – Difícil é ganhar um amigo em uma hora: fácil é ofendê-lo em um minuto.
31 – Se o vento soprar de uma única direção, a árvore crescerá inclinada.
32 – Se você quer manter limpa a sua cidade, comece varrendo diante de sua casa.
33 – Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável.
34 – Limitações são fronteiras criadas apenas pela nossa mente.
35 – É muito fácil ser pedra, o difícil é ser vidraça.               
36 – Vitória sem luta é triunfo sem glória.
37 – Meia verdade é sempre uma mentira inteira.
38 – Fracassar não é cair porém é recusar-se a levantar.
39 – Se houver um general forte, não haverá soldados fracos.
40 – O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância.


(Organizado, a partir de fontes diversas, por Guido Lang).

Crédito da imagem: http://www.essaseoutras.xpg.com.br/melhores-fotos-da-china-lindas-paisagens-monumentos-e-arquitetura/

O sonho da terra própria


     

     O elemento germânico continuamente mostrou-se apegado ao solo. Queria um "espaço próprio debaixo dos pés",  no qual pudesse extrair os dividendos da sobrevivência e “tivesse onde cair morto”. O fato moveu largos contingentes populacionais a  saírem da velha Europa na direção da América, no qual pudesse criar sua família sem as mazelas da fome,  guerras e superpopulação.
     Os forasteiros aceitaram serem jogados literalmente na floresta com razão de atenderem a concretização desse sonho. Atenderam o chamado americano da conquista, através da colonização, para uma nova etapa de civilização, no qual advieram com “uma mão na frente e outra atrás”.  Afluíram com esparsos artefatos e sementes, acrescidos dos familiares, para uma inabalável conquista: solo arável no conjunto das matas fechadas e de aparência impenetrável  (nas   terras sulinas).
     Precisaram, no conjunto de anos de desbravação, desenvolver uma gama de adaptações e inovações, que fizeram-se necessárias no contexto das propriedades. Dúvidas e ideias foram discutidas com as famílias, aparentados e vizinhos com vista de encontrar meios de solução. Prevaleceu, nesta luta de gerações, uma fé inabalável na proteção do Criador e o milagre do trabalho. Cada dia um pouco, de forma incessante,  possibilitou remover florestas para constituir plantações; afundar terra para edificar alicerces/construções; perpassar cursos fluviais para cobrir partes como pontes...  A teimosia, tão arraigada, era  entendida como uma possibilidade/oportunidade de alcançar.
       Os exploradores e oportunistas não faltaram para faturar os dividendos em cima das adversidades extremas. Ganhos através da comercialização de lotes;  preços escorchantes oferecidos à produção; valores superfaturados diante das necessidades  básicas...  Elementos da própria origem e sangue, como "raposas astutas", valeram-se da situação para angariar sobras. A fertilidade da terra, acrescido da persistência do trabalho, criaram a fartura das colônias alemãs, que espalharam-se nos quadrantes americanos. Qualquer espaço, com possibilidades aráveis, encontra o elemento teuto, quando cedo agrega gente, das muitas origens, em função da sua mão milagrosa. Desconhece-se, em qualquer seio, ambientes miseráveis, no qual o elemento germânico tenha lançado as sementes da colonização.
    O trabalho, como filosofia de vida, edifica paragens, constrói países e reconstrói nações. O princípio, como efetiva comprovação da eficiência, necessita perpassar a descendência e ser causa de orgulho (numa sociedade de predominância latina). O teuto-brasileiro revelou ser um modo de pensar e ser nas terras americanas (apesar de todo uma  política de denegrir essa concepção).  

Guido Lang
Livro "Histórias da Colônia"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://www.espeschit.com.br/historia/juiz_de_fora/

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O equívoco da previsão



A tradição oral, das inúmeras histórias acumuladas ao longo do processo de colonização, contam-nos mais uma das muitos acontecimentos comunitários. Os moradores, como aparentados e vizinhos, conhecem-se e daí conta “aqui e acolá” o sucedido, quando o ocorrido torna-se do conhecimento comum.
O fato retrata a experiência de uma senhora, que labutou junto ao marido uma vida inteira na lavoura. Uma dedicação total a família e trabalho, quando nunca teve maiores lazeres e sonhos realizados. Os baixos ganhos pela produção agrícola nunca permitiram acumular maiores dividendos, que pudessem possibilitar maiores compras. Os sonhos ficaram postergados a cada safra, crescimento dos filhos e por fim aposentadoria. Esta, no dia a dia do trato das vacas e no plantio das lavouras, viu-se achegada antes do tempo imaginado à velhice. O tempo, como “areia seca entre os dedos” escorreu de forma muito rápida. A beltrana sempre sonhou em comprar cosméticos e jóias, no qual poderia             embelezar-se e enfeitar-se nos eventos da terceira idade. O fato concretizou-se na aposentadoria, no qual, a cada mês, mantinha ganhos certos. A manutenção de alguma atividade agrícola permitiu acumular dividendos, quando pode passar a investir em anéis, brincos, correntes, cremes, perfumes... Ela, diante da nova realidade, mostrou-se irreconhecível, no que realizara o velho sonho de menina. Ostentava-se finalmente muitíssimo feliz e realizada.
Esta, diante da terceira idade (“a melhor idade”) externou uma pergunta ao todo poderoso. Queria saber as perspectivas de vida que sobravam-lhe. Ela tinha sessenta anos e o Criador disse-lhe: “- Vai chegar além dos oitenta!” Daria um bom tempo para viver os dias mágicos quando o dinheiro não era mais a preocupação essencial. Dia a mais e menos transcorreu, e, certa ocasião, sucedeu-se o inevitável aos setenta. Faleceu e achegando-se nas instâncias divinas cobrou o lapso entre o prometido e o ocorrido. Faltara-lhe uns anos de permanência na Terra. O doador da vida preocupado com a coordenação do planeta disse-lhe: “-Lamento muitíssimo! Não tenho como retroceder! Confesso que confundi-lhe em função dos muitos enfeites e jóias!”
Mantenha-se modesto e sábio em todas as ocasiões e situações. Sejas tu mesmo no conjunto dos teus próximos, pois “uma imagem criada revela-se difícil de se desfazer”. As mudanças de aparência precisam vir acompanhadas das transformações do espírito, no que belas embalagens, para não haver frustração, necessitam ostentar mercadorias/produtos de qualidade.

Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOz7fSWZc18kQEpHUPEV8xp0eGVQHbbBy_G9CMTH8EHyuOONUxrbU4JS5ubJI-rx4WNDI9kubIuQiUFtPiTFvooQT_bNciIquq1b3NBd-PpDF6h0PdclQwE7HP9lZhXiJ9zCLw2T1zOPcN/s1600/6408ceu.jpg 

John Fitzgerald Kennedy



01.  A vitória tem mil pais, mas a derrota é órfã.
02.  Perdoe seus inimigos, mas não esqueça seus nomes.
03.  A Humanidade tem de acabar com a guerra antes que a guerra acabe com a Humanidade.
04.  Não perguntes o que a tua pátria podes fazer por ti. Perguntes o que tu podes fazer por ela.
05.  Todos nós temos talentos diferentes, mas todos nós gostaríamos de ter iguais oportunidades para resolver os nossos talentos.
06.  Eu não sei o caminho para o sucesso; mas sem dúvida o caminho para o fracasso é agradar a todo mundo.
07.  Às vezes é preciso parar e olhar para longe para podermos enxergar o que está diante de nós.

John Fitzgerald Kennedy (1917-1968)

(Organizado, a partir de fontes diversas, por Guido Lang)

Crédito da imagem: http://www.tersninja.com/wp-content/uploads/2009/11/John-Fitzgerald-Kennedy.jpg

domingo, 7 de outubro de 2012

A ilusão do guapuruvu



Uma majestosa árvore, da espécie do guapuruvu (Schizolobium parahyba), encontrava-se localizada numa estrada geral. Mantinha-se uma referência no lugar. Esta levou décadas ao seu desenvolvimento. Imaginava-se parte do patrimônio ambiental. Entendia-se segura em função da existência duma legislação ambiental de proteção assim como pela sua excepcional beleza.
O tempo transcorreu e nada de maiores ameaça e aborrecimentos. O fato mudou unicamente na proporção do dono (da escritura pública) edificar uma casa. A altura e grandeza tornaram-se um perigo  à construção, quando, numa ocasião, ocorreu o inimaginável. Passaram-lhe, num domingo de manhã, uma motosserra no tronco, retalharam galhos e colocaram produto químico (na cepa para o extermínio). Ficou o cenário como  se nunca tivesse existido nada naquele espaço e nenhuma coisa pôde ser feito para recompôr o ato. A árvore teve a ilusão de ter sido dono daquela área.
O idêntico aplica-se aos donos de terras, que encontram-se lavradas em escrituras públicas. Os contribuintes gastam enormes dispêndios (em dinheiro e tempo), no que acham-se proprietários. Eles são diante da legislação porém compraram unicamente o domínio sobre uma “camadinha do solo” (o subsolo, conforme a Constituição Federal, ostenta-se da União). O poder central cede os direitos na proporção de  não precisar do espaço para fins de utilidade pública. A desapropriação advém conforme as necessidades  e os valores da indenização são fixadas pelos critérios destes (governo). Uns, achando muito donos, “degladiam-se até a morte” para preservar posses,  no que não passa duma ilusão. Os bens, na prática, são um empréstimo e paga-se onerosos impostos e taxas para usufruir deles.
O prazer da vida consiste em viver dias felizes e significativos, e nada de desperdiçar o precioso tempo pensando em ilusões. Somos, no máximo, donos do nosso conhecimento e vida, quando, ao material, possuir o suficiente empréstimo para ostentar qualidade de vida. O indivíduo imagina certas realidade porém a prática quotidiana revela-se efêmera!

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://terradeusa.blogspot.com.br/p/o-labirinto.html

Sabedoria africana


01. Quando o rato ri do gato, há um buraco perto.
02. Um peixe grande é pego com isca grande.
03. Um camelo não zomba da corcunda de outro.
04. O conhecimento não é a coisa principal, mas ações.
05. Não pise no rabo do cachorro e ele não o morderá.
06. O vento não quebra uma árvore que se dobra.
07. A água sempre descobre um meio.
08. O dinheiro é mais afiado que uma espada.
09. Quem casa com a beleza, casa-se com problemas.
10. Nunca se esquecem as lições aprendidas na dor.
11. Quando o galo está bêbado, esquece-se do gavião.
12. Um pouco de chuva cada dia encherá os rios.
13. Há quarenta tipos de lunáticos, mas só um tipo de bom senso.
14. Quando você é rico, és odiado; quando és pobre, desprezado.
15. Deus esconde-se na mente do homem, mas revela-se ao seu coração.
16. Quem faz perguntas, não pode evitar as respostas.
17. Se sua língua tranforma-se em uma faca, cortará a tua boca.
18. Como a ferida inflama o dedo, o pensamento inflama a mente.
19. É a água calma e silenciosa que afoga um homem.
20. Não há nenhum remédio para curar ódio.
21. A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome.
22. A ruína de uma nação começa nas casas de seu povo.
23. Amor é como um bebê: precisa ser tratado com ternura.
24. Depois de uma ação tola vem o remorso.
25. A Lua move-se lentamente, mas cruza a cidade.
26. O tolo tem sede no meio de água.
27. Uma mentira estraga mil verdades.
28. Para quem não sabe, um jardim é uma floresta.
29. Aquele que não cultiva o seu campo morrerá de fome.
30. Não importa quão longa seja a noite, o dia virá certamente.
31. Sem vingança, os males do mundo um dia ficarão extintos.
32. A igualdade não é fácil, mas a superioridade é dolorosa.
33. Quando um rei tem conselheiros bons seu reino é pacífico.
34. O machado esquece, a árvore recorda.
35. É melhor ser amado do que temido.
36. Não chame o cachorro com um chicote em sua mão.
37. O cavalo que chega cedo bebe água boa.
38. Um inimigo inteligente é melhor que um amigo estúpido.
39. Quando dois elefantes brigam quem sofre é a grama.
40. Não chame a floresta que o abriga de selva.

(Pesquisado, a partir de fontes diversas, por Guido Lang)

Crédito da imagem: http://www.jpegwallpapers.com/images/wallpapers/Africa-839389.jpeg

sábado, 6 de outubro de 2012

"A planta dos deuses"

    

    Uma cultura excepcional, no contexto das plantações maiores (milho, mandioca, soja) ganhou importância no meio colonial. Esta mantinha-se para o uso privado em função dos poderes medicinais; conheciam-a como uma dádiva divina. Qualquer colonial, junto a horta ou roça, procurava cultivar exemplares porque significa a farmácia caseira familiar.
   O alho-poró/porro (Alium porrum) mantinha larga emprego, quando havia casos de diabetes, diarréias, mal estar, gripes... constituía se na expressão popular um "flagelo aos demônios" (bruxas, na proporção do empego especial nos adoentados e alimentação geral). Quaisquer carnes e feijoadas conheciam o seu acréscimo, quando davam um gosto excepcional ao paladar. Os casos específicos de patologias conheciam o consumo em jejum, no que junto ao limão, ostentava-se o remédio mais efetivo. Estes, numa casualidade, careciam de resolver os abalos da saúde, quando recurso consistia em procurar auxílios médicos.
   A planta, introduzida na América provinda da  Europa, assumiu ares de silvestre, quando, uma vez cultivado, mantinha reservas de sementes no ambiente. Esta, no contexto do inverno, trata de brotar no meio do inço e pasto para produzir na primavera. Adaptou-se deveras bem no contexto das baixadas e encostas do clima subtropical, que com sua coloração verde-clara salientava-se no conjunto da vegetação. As flores aromáticas e brancas parecem enfeitar os espaços da sua presença, no que o cheiro forte, impróprio aos "bicharedos peçonhentos", afugenta sua presença em quaisquer ambientes.
    Colonos, em labuta em banhados, brejos e matos, tratavam de esfregar-se com o cheiro forte e gosto picante com vistas de safar-se de picadas de aranhas, cobras, mosquitos... Revelou-se um repelente natural diante da ausência de produtos industriais. Criou-se daí a crendice do bálsamo natural diante da inconveniência dos seres maléficos, que por ventura fossem habitar as cercanias residenciais e pátios coloniais. Estes, com o paralelo do esterco abençoar o solo com as graças divinas, abençoa os ambientes familiares com a saúde generalizada na proporção do emprego rotineiro nos cardápios diários. A salmoura  confeccionada com alho e sal, não pode faltar em carnes, quando charques "de porco" mantinham-se alimentação comum nas mesas dos criadores. Uma maneira efetiva de preservar carnes nos rotineiros abates/carneação, diante da ausência dos artefatos de refrigeração.
    Indivíduos, numa existência inteira até a velhice acentuada, valeram-se do alho como remédio efetivo. Quem vale-se da planta causa excepcional prejuízo aos laboratórios e médicos em função de evitar a frequência rotineira as farmácias e consultórios.
Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-Brasileira)

Crédito da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbQfCHqTfFp6sStU8LewsI-QPIc9IjZEPykMhpZWhXKyfgaSqli7yAvENagpSZzMtS3JIwJwAuxYn0oqFZCjg5eKQi08MgJHaZIwgFPa3IixfxHKrTjYqtDkUZnEvVA73jo8__WbcPDmY/s400/spring-garlic.jpg