O elemento germânico continuamente mostrou-se apegado ao
solo. Queria um "espaço próprio debaixo dos pés",
no qual pudesse extrair os dividendos da sobrevivência e “tivesse onde
cair morto”. O fato moveu largos contingentes populacionais a saírem da velha Europa na direção da América,
no qual pudesse criar sua família sem as mazelas da fome, guerras e superpopulação.
Os forasteiros aceitaram serem jogados literalmente na floresta com razão de atenderem a
concretização desse sonho. Atenderam o chamado americano da conquista, através
da colonização, para uma nova etapa de civilização, no qual advieram com “uma
mão na frente e outra atrás”. Afluíram
com esparsos artefatos e sementes, acrescidos dos familiares, para uma
inabalável conquista: solo arável no conjunto das matas fechadas e de aparência
impenetrável (nas terras sulinas).
Precisaram,
no conjunto de anos de desbravação, desenvolver uma gama de adaptações e
inovações, que fizeram-se necessárias no contexto das propriedades. Dúvidas e
ideias foram discutidas com as famílias, aparentados e vizinhos com vista de
encontrar meios de solução. Prevaleceu, nesta luta de gerações, uma fé
inabalável na proteção do Criador e o milagre do trabalho. Cada dia um pouco,
de forma incessante, possibilitou remover florestas para constituir
plantações; afundar terra para edificar alicerces/construções; perpassar cursos fluviais para cobrir partes como pontes... A teimosia, tão arraigada, era entendida como uma possibilidade/oportunidade de alcançar.
Os
exploradores e oportunistas não faltaram para faturar os dividendos em cima das
adversidades extremas. Ganhos através da comercialização de lotes; preços escorchantes oferecidos à produção;
valores superfaturados diante das necessidades
básicas... Elementos da própria
origem e sangue, como "raposas astutas", valeram-se da situação para angariar sobras. A fertilidade da terra, acrescido da persistência do trabalho, criaram
a fartura das colônias alemãs, que espalharam-se nos quadrantes americanos.
Qualquer espaço, com possibilidades aráveis, encontra o elemento teuto, quando
cedo agrega gente, das muitas origens, em função da sua mão milagrosa.
Desconhece-se, em qualquer seio, ambientes miseráveis, no qual o elemento
germânico tenha lançado as sementes da colonização.
O trabalho,
como filosofia de vida, edifica paragens, constrói países e reconstrói nações.
O princípio, como efetiva comprovação da eficiência, necessita perpassar a
descendência e ser causa de orgulho (numa sociedade de predominância latina). O
teuto-brasileiro revelou ser um modo de pensar e ser nas terras americanas
(apesar de todo uma política de denegrir
essa concepção).
Guido Lang
Livro "Histórias da Colônia"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://www.espeschit.com.br/historia/juiz_de_fora/
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