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terça-feira, 28 de abril de 2015

A dureza urbana


A beltrana, na meninice, viu-se criada e educada no campo. As brincadeiras e instruções advinham no conjunto do ambiente natural. O livre-arbítrio, na essência, sucedia na abastança e bonança. O banal, na fartura habitual, carecia do maior apego e valor.
A sobrevivência, na criação da família e incumbência profissional, transportou ao exercício urbano. O consórcio e trabalho, na migração campo-cidade, modificaram as atitudes e hábitos. Os brotos, no total de quatro, achegaram-se nos dispêndios e inquietações.
A realidade, na progredida idade, trouxe a desumana prova. Os rebentos, no caminho dos oportunos nortes, dissimilaram-se pelos municípios. O companheiro, no inesperado, antecipou na precoce morte. A vida, na velhice, despontou na dureza do asfalto e concreto.
A aposentadoria ocorreu na clausura. O edifício, no diminuto apartamento, despontou no ambiente particular. As janelas e portas conferiram-se cingidas de ferros e grades. A diminuta moradia, no artificial, gerou estresses e patologias. O tédio caía na associação.
A saudade, na ânsia de mexer na terra, advinha no diário das reminiscências. O sonho incidia no desejo de viver nalguma chácara. A solução, na mudança dos climas, consistiu em meter o pé-na-estrada. As escolhas, no diário das vivências, decidem as alegrias e amarguras.
As pessoas, nas variadas formas, instituem-se algemas e prisões. As coisas, segundo a atribuição, possuem o sentido e valor.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.consultprev.com.br/

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A momentânea empolgação


O sujeito, na obsessão do esporte, "andava com o sorriso atrás das orelhas”. O time, na goleada (no gramado do rival), perpetrara o tema de casa. A vitória, no certame, trouxe avanços e pontos. O título, na concorrência internacional, geraria fama e grana.
A coroação, no sentido pessoal, semelhava uma atitude singular. O alento, na cantoria e conversa, alardeava-se na alegria e realização. As tarefas, nos múltiplos afazeres, incidiram na agilidade e facilidade. A paz de espírito, na essência do ser, calhava na minúcia dos placares.
A leitura, na análise do conjunto, exterioriza “o fora de foco”. Muitos entes, na excessiva idolatria, dedicam excessivo tempo aos acessórios. O esporte, no banal das situações, costuma ocorrer em malogros e vitórias. O desenlace fenece em custear as cargas.
O principal, no particular das vivências, acaba “arrastado ao escanteio”. Amigos e caseiros, nos horários dos jogos, são privados das convivências. Aflições imerecidas, nos abalos dos escores, refletem-se nos humores. As ansiedades mexem com os temperamentos...
A essência, na convivência e ofício, decorre no despercebido. O exclusivo e valioso tempo, nas experiências, acaba dissipado em funções terceiras. O ser, no algo exclusivo e singular, precisaria nutrir enfoco. Os indivíduos, em exatas atitudes, caem no inexplicável.
Os humanos, nalguma brincadeira, incorrem no passatempo e preocupação. Cada alienado nutre suas crenças e manias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.aecweb.com.br/

domingo, 26 de abril de 2015

A velada atração



O ensolarado domingo, no contexto do outono, advinha no ânimo e exaltação. O tempo, na dádiva de São Pedro, incidia no apelo ao natural e turismo. As andanças, no pé-na-estrada, sobrevieram no curso. A estirpe, na metrópole, perambulou na direção do interior.
O almoço, na linhagem, advinha na aproximação e confabulação. O ajustado, no designado horário, acertou nos amigos. A natureza, na chácara, caía na diversão e paixão. O ambiente urbano, nos estresses e patologias, sobrevinha no marcante cálculo e negócio.
O churrasco, no habitual dos desfechos das semanas, ocorreu no cardápio. O acessório, no prato colonial e saladas, fluía na mistura. As alusões, no antigo quermesse (Kerb), caíram nas reminiscências. As conversas, nas diferenças e ocorrências, viram no desejo e necessidade.
O detalhe, na fartura das carnes (frango, gado e porco), ligou-se a provocação. Os fiapos, nas peças, foram amputados. As migalhas, no antecipado, foram jogadas nas brasas. Os excepcionais aromas, na atmosfera, disseminaram o convite ao apetite e refeição.
A vizinhança, no cheiro e fumaça, aprontou atiçada. Os condimentos, nas salmouras, foram apreciados na defumação. A bulimia e ciumeira, na essência dos estômagos, induziram a degustação. A alfinetada, no coloquial das existências, cai no farto das circunvizinhanças.  As visitas excepcionais, na compreensão dos habituais, acontecem nos particulares cardápios. As conversas, no informal, costumam sedimentar os julgamentos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.bheventos.com.br/

sábado, 25 de abril de 2015

O distinto brinde


O ensolarado dia, no desenlace do verão, mantinha-se extraordinário. A faina, no empenho, instigava afeição e novidade. O filho das colônias, na atmosfera da propriedade, improvisou o inusitado. O badalado, na linhagem, tomou os trâmites do deleite e execução.
A tarefa, na criação de abelhas, adentrou na ação. O traje, no próprio do manejo, ocorreu na agilidade e precisão. O fumegador, no compromisso da fumaça, granjeou utilidade. O balde, faca e pincel somaram-se aos apetrechos. A prudência assiste-se ciência e habilidade.
O afago peculiar, na dádiva do café-da-tarde (das dezesseis horas), havia no alvo. O favo (no mel), no adoçado da refeição, caía no intuito. O artigo, na calefação exclusiva da colmeia, advinha na obra. O néctar, no atributo de elixir dos deuses, escorria no fruto.
A nutrição, na agregação dos frios, mel, nata e pão (fresco), calhava na deglutição. O produto, na extração e ingestão (imediato), ocorria no júbilo e paladar singular. A fragrância, no típico das abelhas, sobrevinha no atípico do negócio. O sublime cai na privilégio de poucos.
Os sabores, na derradeira finura, conseguem assinalar e degustar diferenças. O consagrado agricultor, no lavor, dá-se encargo de arranjar afagos. O sujeito, no habitual das experiências, deve arranjar agradáveis e bons instantes. Os roceiros nutrem-se de presentes.
As apropriadas citações advêm na dimensão do singular. A fartura incide na extensão das atividades.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.conscienciaampla.com.br/

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Guido Lang lança novo livro



O escritor Guido Lang lançou em abril o seu novo livro, intitulado “Os Colonizadores da Colônia de Teutônia: Coletânea de Textos”, publicado em parceria com a Editora Pradense. Esta é a 12° publicação do autor.
A obra reúne a história dos primórdios da Colônia Teutônia (1858-1908) (colônia que deu origem aos municípios gaúchos de Imigrante/RS, Teutônia/RS e Westfália/RS), dados dos colonizadores, informações a respeito da imigração alemã no torrão, considerações sobre a instalação da maçonaria no rincão, a cronologia da Colônia Teutônia, o contexto de Revolução Federalista (1893-1895) no seio das comunidades teutonienses, reminiscências e contos do cotidiano e memória colonial, etc.
Constitui-se como um estudo histórico importante para autoridades regionais do Vale do Taquari, curiosos, descendentes das famílias pioneiras da Colônia Teutônia, estudantes, genealogistas, historiadores, pesquisadores e professores. Um livro para ser lido, disponibilizado ao público em consultórios, guardado em bibliotecas, servir de consulta... A pesquisa levou décadas para ser realizada, em meio à carência de registros e a dificuldade de obtenção de determinadas informações.
Exemplares podem ser adquiridos com o autor (R$ 20 reais cada) pelo fone 51 – 96 72 61 12 ou com as Lojas Wessel, através do link: http://www.lojaswessel.com.br/p/3460601/Os+Colonizadores+da+Colonia+Teutonia+Coletanea+de+Textos+-+Guido+Lang
Guido Lang, na qualidade de escritor, historiador e professor, enfoca uma gama de temas. Seus escritos encontram-se disseminados em anuários, artigos, blogs, diários, dissertações, livros, jornais, monografias, revistas e teses. Milhares de páginas já foram redigidas, a maioria de caráter ainda inédito.

Dados da obra

Livro: Os Colonizadores da Colônia de Teutônia: Coletânea de Textos
Autor: Guido Lang
Ano: 2015
Páginas: 310
Editora Pradense
ISBN: 978-85-8294-035-8

Obras do Autor

1 - Jacob Lang: A História de um Imigrante e Pioneiro (1992)
2- Colônia Teutônia: História e Crônica: 1858-1908 (1995)
3 - Campo Bom: História e Crônica (1996)
4 - Reminiscências da Memória Comunitária de Campo Bom (1997)
5 - Histórias do Cotidiano Campobonense (1998)
6 - Reminiscências da Memória Colonial –Teutônia/RS (1999)
7 - Destinos Inseparáveis (1999)
8 - Contos do Cotidiano Colonial (2000)
9 - Cinquenta Anos da Calçados Filllis (2000)
10 - As Sombras do Passado (2005)
11- As Memórias e Histórias de Elton Klepker: Criador do Município de Teutônia/RS (2008)
12 - Os Colonizadores da Colônia de Teutônia: Coletânea de Textos (2015)


A bucólica metodologia



O profissional, na atmosfera urbana, advinha na condição de andarilho. As lidas e reuniões, na casta de servidor, primavam nos convívios. A gama, em clima e idênticos, caía na conta. Os ambientes e prédios, em espaços saturados, sucediam na constante frequência.
O contato, na miscelânea de gente, decorria no cotidiano. A agitação e correria, na aventura da existência, aconteciam no habitual das realidades e situações. O prazer sobrevinha na diversidade de experiências e ideias. A faina, no intenso, ocorria na brasa e distração.
O sujeito, no conjunto familiar, incidia na bucólica metodologia. O determinado, no requisitado da consorte, acertava nas exigências do cadáver e indumento. A achegada (casa), no inicial momento, incidiu na ducha. As roupagens, no contíguo, sucediam na lavanderia.
O medo advinha nas aderentes e disseminadas patologias. Os agentes, nas bactérias, fungos e vírus, calhavam na suspeita do contágio e propagação. O meio familiar, no cochilo e desmazelo, aboliria corrompido e infestado nas imprudências. A sorte segue a pessoa.
Os gastos, em alívios e curas, floresciam no conveniente aflição e cálculo. Os acanhados artifícios, no desenlace dos fatos, perpetram primordial diferença. As pessoas, em peças e veículos, propagam as pestes. Os exemplos advêm na melhor educação e felicidade dos filhos.
O indivíduo, em qualquer contexto, precisa fazer o tema de casa. A prevenção abafa infortúnios e ensaia economias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://movv.org/tag/virus/

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O exclusivo engodo


O negociante, na movimentada esquina, instalou loja. O revendo, na roupa, incidia no elemento do sustento. O artigo, no seio da grande São Paulo, via-se adquirido e revendido. O mister, na onda dos modismos, movia a algibeira e economia. O consumo caía no estímulo.
A viva concorrência, no centro cavado de lojistas, acontecia na simples manha. Os pedestres, nas chegadas e largadas, viram-se aliciados no chamariz. Um item, no valor do custo, achava-se na evidência e promoção. O atributo, na marca, incidia no transcurso.
Os compradores, na projetação, eram aliciados no interno da butique. A frequência, na consignação, sucedia na ação e destro da lábia. A oferta, na ascendente cotação, acontecia na cilada. O item, no barato, caía na acanhada dimensão. Os clientes mordiam no engodo.
Inúmera clientela, no constrangimento das negações, incidia na aquisição. A arapuca, no fardo mercantil, funciona no aturado emprego. O intricado, no meio urbano, ocorre em deter os consumistas. O agitado e apressado, no avisado, incorre repassado no estilo.
A afobação e inquietação, na alienação urbana, parecem atucanar os entes. As arapucas, no benefício e interesse, calham na sobrevivência. Os queijos, na atração, chamam os esfomeados ratos. Os ardis fluem no adereço do fácil e farto. Uns desprezam a finura alheia.
O profissional, no tempo, aprimora e domina as manhas do ofício. O sujeito pode ser esperto, porém jamais deve desdenhar a esperteza dos similares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www1.folha.uol.com.br/