Translate

sábado, 7 de dezembro de 2013

O assédio sexual


A cidadã, no computador, encontra-se nervosa e tensa. Os compromissos, para ontem, revelam-se severas exigências! O sistema, no temor de prejuízos, exige providências!
O colega, na engenhosa malícia, aconchega-se com leve e sublime massagem. Este, na ponta dos dedos das mãos, massageia o lombar! O corpo revela-se duro e tenso!
A fulana, carente ao extremo, suspira: “- Ah! Quê bom! Gostoso!” A solitária vida, no contexto urbano, causara a incômoda situação e tensão. A supressão vê-se a penosa sina!
A melindrosa pergunta, ao pé de ouvido, estende-se: “- Como encontra-se a carência afetiva? O corpo exige aquele alívio e conforto íntimo. Ninguém ostenta-se de ferro!”
O velado convite, diante do temor da lei do assédio, estendeu a intimidade. A contínua repressão prejudica a saúde. Algum escape acompanha a existência!
O difícil, nas sutis propostas, consiste na confiança da parceria. Os temores, das disseminadas doenças, são gerais e grandes. Uns, diante da aventura, são melindrosos!
As intimidades, entre ocasionais parcerias, subsistem como prática. Os opostos, de espírito fogoso, acham-se nos instintos. O esperto e ousado, na discrição, convida a prática!
Os estresses e neuroses, diante da artificial existência, disseminam e implantam patologias. O proibido e sutil, “como encanto da sereia”, atiça desejos e fantasias!

                                                                  Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://poemasnovacultura.blogspot.com.br

A imprópria conversa


Alguns comentários, entre amigos e parentes, cheiram a fofoca e ao ridículo. As palavras machucam diante da atenção e esmero. O conveniente consiste em resguardar falas e opiniões!
A família, como visita, achegou-se a exuberante chácara! O final de semana passou no ambiente descontraído. A comilança, na alheia conta, mostrou-se fortuita e rendosa!
O detalhe, na inesperada achegada, falhou no contento. O resto, no demais das ceias, versou na abundância e constância.
O beltrano e sicrana, junto a parentes, falaram mal dos hospedeiros. O fato, antes do previsto, achegou-se aos seus ouvidos!
As conversas, pelo casal, deixaram deveras aborrecidos e entristecidos os visitados. Outro convite e oportunidade, na indignação, revelou-se prontamente descartado e rejeitado!
O ridículo, na hipocrisia, consistiu em comentar comidas e paladares. Mesmo que a família tivesse servindo mera sopa e pão seco contradizia o bom senso externar impróprios conversas!
A desconfiança estabeleceu-se no relacionamento. As fofocas, antes do previsto, disseminam-se. A gentileza, como retribuição, foi negada! As relações foram esfriadas!
Os estranhos e parentes carecem da obrigação de custear os alheios consumos. Certos comentários e opiniões perde-se o oportuno momento de calar e silenciar!

                                                                                       Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blog.sc.senac.br/delicias-de-natal/

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O cantinho próprio


Uma anciã, em função do pedido dos filhos, comercializou o patrimônio familiar. A residência e terras, do espólio do finado, foram passados no troco!
Os rebentos, na necessidade do inventário, optaram pela venda. O pensamento, de imediato, ligou-se as perspectivas de grana. As preocupações, com a mãe, viram-se escassas!
O bem estar entrou em limitada conta. A senhora, no auxílio dos rebentos, viu o dinheiro escorrer das mãos. Um pediu aqui, outro acolá (sem receber o devido ressarcimento).
O resultado, na carência de lugar próprio, foi viver de favor nos vários filhos. Estes, com constituídas famílias, viram um estorvo (do que real hospedagem e visita).
A ausência, de refúgio próprio, levou a viver como andarilho. A esmola parecia suceder-se nos alheios lares. Os reclamos, nas conversas de bastidor, vieram-se a suceder!
O cantinho próprio, sem compra de outro, encontra-se fora de cogitação à comercialização. Promessas, com os pesos da idade, evaporam-se cedo no esquecimento!
A/O viúva/o, sem a cara metade, revela-se uma espécie de órfão. O humor, na carência monetária, muda cedo nas considerações e satisfações!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.dooda.com.br

O bom termo


O lamaçal, durante as chuvas de inverno, espalhou-se pelas estradas e potreiros. Os caminhos mantiveram-se simplesmente barrados e intransitáveis!
O caos, com as idas e vindas, somou-se com a circulação das afeiçoadas vacas. Os animais, nalguns trajetos, pareciam afundar no barro. As tetas, a ordenha, viam-se imundas!
O produtor, na rotina da propriedade, necessitou encontrar e investir no aterro. A solução, em função de incentivos produtivos, foi comprar diversos caminhões de brita!
Os veículos, abarrotados de finas pedras, afluíram para preencher atoleiros e trilhas. Os bichos, em meio às chuvas e frios, puderam circular facilmente nos caminhos!
O detalhe, no verão, viu-se esquecido ou ignorado. As pedrinhas furavam os moles cascos dos animais. As dores e feridas, antes do imaginado, ganharam dispêndio e número!
A realidade salta aos olhos: resolvem-se uns problemas e, no ínterim, criam-se logo outros. As vantagens do inverno revelam-se os empecilhos do verão! 
O Criador, nalgum momento próprio, favorece as várias espécies com a oscilação das intempéries do tempo. Certas realidades precisam paliativos como provisórias soluções!
A sabedoria, no bom senso, recomenda evitar os extremos. O futuro, como perspectiva de vida, precisa entrar na conta dos investimentos e melhorias!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.universidadedoleite.com.br

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A diária sina


O cidadão, na jornada mensal, precisa correr atrás para angariar. O tempo, no mês, transcorre num piscar de olhos. O profissional autônomo necessita batalhar para faturar!
As dívidas, uma vez efetuadas nos crediários e financeiras, precisam do pagamento. O trabalhador, sem maiores penduricos, desdobra-se para fazer sobrar!
As necessidades, em comprometidas contas, obrigam apertar ali e espremer dali. A roda viva obriga a correr e mexer. Um negócio depende do outro para render e sobreviver!
“Qualquer prato de comida carece de sair de graça”. Muitos contribuem para produzir. O indivíduo, na selva de concreto, debruça-se para fazer frente à loucura da sobrevivência!
O princípio, em ser econômico, leva a gastar com parcimônia os suados ganhos. Os dispêndios básicos, a manutenção, ostentam-se preocupação primeira!
O trabalhador, na largada, encontra-se na base da pirâmide. Os ganhos mostram-se minguados. A alternativa, para galgar postos, encontra-se no constante aprimoramento!
As pessoas, no capital e patrimônio, revelam-se deveras possessivas. A ideia, da carência de saldar débitos, revela-se sinônimo de aberração e aborrecimento!
O cidadão, antes de quaisquer despesas, necessita interrogar-se: Preciso daquilo e disso como necessidade básica? Maiores gastos, dobrados empenhos nos ganhos!
O primoroso, para melhor faturar, consiste em conciliar profissão e vocação. A realidade, na diária sina, ensina: não está fácil para ninguém ganhar a vida!
                                                                                                  
                                                                               Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://spmundomarketing.wordpress.com/

Obra do Espírito Santo


O educador, aos ajudantes da aula, pediu a singela colaboração. O descalabro, na limpeza da sala, exigiu a providência. A carência, no pessoal da faxina, reforçou o chamado!
O pedido relacionou-se a ocasional varrida da sala. O estado, depois de alguns períodos, apresentou-se lastimável. Os auxiliares, num certo contragosto, fizeram a cortesia!
Uns colegas, a título de provocação, diziam: “– Os puxa-sacos e trouxas do professor”. A recomendação, diante da realidade, conclamava a ninguém descartar lixo!
O trabalho, na indignação, sucedia-se no ato. Algum papel apareceu cedo estirado. O mestre, diante da turma, cobrou autoria: “- Alguém nunca foi! Tudo uns belos santos!”
A ação revelou-se obra do Espírito Santo. O princípio, no ente público, prevalece: “- Difícil alguém ser digno nos improcedentes atos.” O anonimato prevalece nas adversas práticas!
As pessoas, na maior cara de pau, mentem de forma desgarrada. A legislação frouxa favorece a malandragem. O princípio subsiste em safar-se das obrigações e penalizações!
As vantagens avolumam a porção de interessados. A personalidade digna prima em assumir a autoria das atitudes e atos. Uns, como imbecis, fabricam seu autoprejuízo!
A dupla personalidade ostenta-se uma sina humana. A impunidade favorece e incentiva o descalabro do ente público!

                                                            Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Versados empresários


O abonado colono, depois de onerosas tarefas braçais, partiu a aquisição do almejado e sonhado trator. A revolução agrícola, com as modernas tecnologias, tinha tomado vulto!
O vizinho, para não ficar atrás, tratou de construir excepcional aviário. O parente edificou especial chiqueiro. O irmão avançou na instalação de estufas no viveiro...
A assimilação, de novas técnicas, instituiu a febre produtiva. Os planos e projetos, diante de ousados e pesados investimentos, consistiu em arriscar e modernizar!
Os coloniais, diante da existência de mercado, procuraram comprar maquinários, edificar novos prédios, introduzir ultramodernas técnicas...
O detalhe, como princípio, relacionou-se a eficiência. Criações e plantações revelam-se sinônimos de empresas agrícolas. A revolução, na competividade, prima pela excelência!
O produtor, na atividade específica, aspira sempre ser o maior e melhor em instalações, máquinas, terras... A excessiva competividade assume ares de velada escravidão!
A concorrência produtiva, nalgum dia, exaure os recursos das propriedades e atinge seu limite. Os coloniais, na massiva produção, tornaram-se versados empresários do campo!
                                                                                                                  
                                                                  Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://luzia-medeiros.blogspot.com.br