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terça-feira, 19 de novembro de 2013

A necessária adubação


A chuva de verão, no clarear do dia, abateu-se numa exclusiva e significativa pancada. O reforço, na umidade do solo, via-se uma divina bênção!
O calor, com umidade atmosférica, pode ser suavizado. Os ambientes ressequidos ganharam rejuvenescimentos. As vegetações, diante dos novos ares, pareciam brilhar e sorrir!
O interessante ligou-se aos produtores coloniais. Alguns, como hábeis especialistas, valeram-se da oportunidade. As primeiras horas ganharam a invasão das lavouras!
A tarefa, para aproveitar o instante próprio, consistiu em colocar uréia nos pequenos e raquíticos milhos. O momento relegou outras tarefas e trabalhos a condição de secundários!
Os coloniais sabem do detalhe: o êxito da propriedade depende do capricho e esforço. O trabalho gera os abençoados frutos. Quem quer sobreviver no negócio obriga-se a labutar!
As carências de grãos representam frustrações na  produção de carnes e leite. A iniciativa privada, na situação oportuna, desconhece dias, férias e horários!
A realização decorre do estado próprio do ambiente. A mão do produtor abençoa e enobrece criações e plantações. A mesa farta advém das multiplicações de animais e plantas!
O progresso colonial flui na proporção do conhecimento, investimento e trabalho. As geniais idéias e hábeis mãos, diante das necessidades de sobrevivência, colocaram as pessoas na obrigação e trabalho!

                                                         Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article56154

A doença no pulmão


O camarada, num exame de patologia, constatou a doença de pulmão. O temido, em aparente estado avançado, mantinha-se controlado e velado! O fumo fizera outra vítima!
Os malefícios, no momento, pareciam em estado de hibernação. O cidadão carecia de maiores dores e incomodoções! A vida continuava naquela pacata e tradicional sina!
O receituário médico, para eliminar males, recomendava combater com medicação. O paciente seguiu o recomendado. Este, para somar dias, procurou acatar alheio conselho!
O câncer, diante da interferência, ganhou agressividade e vigor. O perecimento, na impensável praga, sucedeu-se em semanas! O arrependimento familiar mostrou-se grande!
O ideal, diante do alastramento e avançado estado, teria sido a opção da carência de maiores combates e tratamentos. A sobrevida teria permitido maior número de dias!
A medicina tornou-se um negócio bilionário. A acirrada concorrência, entre hospitais, laboratórios e profissionais, “chega a atribuir e colocar doença na cabeça das pessoas”!
O dinheiro governa a medicina. Algumas profissões ostentam-se verdadeiras castas privilegiadas. O indivíduo, nos vícios, paga para matar-se: precisa ser muito burro e ingênuo!
A artificial vida, na loucura urbana, cria e implanta neuroses e patologias. Os humanos, como animais racionais, necessitam retomar maior contato com os ambientes naturais!
Inúmeros tratamentos, em função de doenças de espírito, revelam-se equivocados nos pacientes! O indivíduo, num bom senso, precisa pensar bem antes de mexer naquilo que está adormecido e quieto!

                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://exsultatejubilate.bloguepessoal.com

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O convite íntimo


Dois forasteiros, homem e mulher, ostentavam-se belos desconhecidos. As origens e procedências mostraram-se diversas. O enamoramento ocasional tomou forma num evento!
O bailão tornou-se o espaço do relacionamento. Alguma proposta íntima tornou-se cedo ousado convite. A arriscada proposta exigiu criteriosa avaliação nos detalhes!
A aceitação, apesar do desejo e jejum, ocorreu só lá adiante. A senhora moça, como mulher, temeu a insegurança. O sentimento masculino, de posse, assusta e espanta!
A fulana, em vários momentos, necessitou primeiro conhecer o companheiro. A necessidade de certificar-se do espírito másculo revelou-se indispensável!
O ato, conforme próprias palavras, relacionou-se ao prazer. As intimidades, diante das agressões e barbaridades diárias contra as mulheres, exigem confiança e precauções!
Os homens, com a história do alcoolismo e drogadição, revelam-se difíceis escolhas. Os cheiros e higienes, em exemplos, externam o desleixo. A sabedoria consiste em resguardar-se!
Os desejos e tentações, com afazeres diversos, precisam ser abafados e relegados. O temor relaciona-se em incorrer em inconvenientes e violentas companhias!
A velhice tornou-se sinônimo de astúcia e sabedoria. As patologias, diante dos descuidos das disseminadas doenças, adoentam e ceifam preciosas e valiosas vidas!
A convivência e paciência revelam-se básicos para estabelecer afinidades e intimidades. A vida, na banalidade das atrocidades e genocídios, assume escassa importância!


                                                                     Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Cama-clara/

O telefone mudo


O aparelho, na tradicional linha, encontrava-se mudo. As ligações, no atendimento ao público, precisavam estar em plena eficiência no espaço público!
Os técnicos, na emergência, foram chamados ao conserto e reparos. Alguns testes, a título de experiência,  tornaram-se necessários para certificar o efetivo funcionamento!
A atendente, inteirada dos problemas, foi convidada à conferência. Algum anônimo, passando-se por técnico, aproveita a especial oportunidade para aplicar o mico!
O cidadão, na malandragem, queria inovar mais nessa. Ele, nas brincadeiras,  aguardava as chances. A ocorrência, no momento próprio, achega-se com o telefone!
O camarada, sem maior identificação, testa a linha: “- Sicrana! A conferência encontra-se em ação! Os fios, junto ao aparelho, procure desenrolar e esticar a partir do rolo!”
A educada funcionária, concluída na tarefa, recebe novo chamado: “- O trabalho encontra-se perfeito! Parabéns! Tente agora enfiar os fios naquele lugar!” Desliga o aparelho!
A moça, diante do trote, “foi a loucura”. O dia passou mal. O sucedido, até o final dos dias, deixou jamais de ser esquecido! A suspeita da autoria recaiu sobre o beltrano!
Alguém, em função do alheio descuido e ingenuidade, viu-se em gargalhadas. A jovem, no lugar de intensa telefonia, repensou atendimentos e respostas no aparelho!
O cidadão, nalgum momento, ostenta cochilo ou relapso no “desconfiômetro”. As afrontas, como teste das boas vindas e medição da esperteza, recaem preferencialmente sobre estagiários e novatos!

                                                                  Guido Lang
 “Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://clotildetavares.wordpress.com/2009/09/05/telefone/

domingo, 17 de novembro de 2013

O modesto aviso


O motoqueiro, na área central da grande cidade, aconchega-se em meio ao movimentado trânsito. O público, entre pedestres e veículos, ostenta-se agitado e truncado!
O condutor, como vários outros, disputa os centímetros do limitado espaço. Este, para motos, necessita encontrar algum local específico no estacionamento!
A surpresa, diante do desconhecimento, advém do tradicional lugar de deixar o patrimônio. As motos careciam no logradouro. O fulano estaciona e acorrenta o veículo!
Um taxista, noutro lado, externa um singelo comunicado. A sinalização havia sido alterada. O estacionamento, uns metros abaixo, havia mudado de local!
A guarda municipal, na presença do caminhão guincho, fazia autuações e apreensões. Os infratores viam carregados os veículos. Os desavisados e ingênuos caiam na ratoeira!
O recado, como divina advertência, foi externado pelo colega condutor. Este, naquele momento, ostentou-se um especial anjo! Aborrecimentos e dispêndios viram-se poupados!
O agradecimento, em boa e viva voz, ocorreu no ato. Os motoristas, diante do rigor da lei, revelam-se parceiros e solidários! Todos, sem exceção, equivocam-se no trânsito!
Um singelo recado, diante da indústria da multa, abreviou punições e taxações. A realização do bem, em quaisquer contextos e situações, custa pouco e engrandece o espírito! 
O cidadão, como princípio, precisa “realizar o bem sem olhar a quem”! Singelos avisos e recados, em curtas palavras, produzem tremenda diferença e satisfação!

                                                                                     Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.natal.rn.gov.br

O tradicional exemplo


O forasteiro, circulando no interior da localidade, pode apreciar facetas do trabalho rural. Este, nas passadas décadas, via-se incluso naquela sina colonial!
A revolução no campo, com a introdução das inovações tecnológicas, mudou hábitos e produções. A força animal e braçal caiu rapidamente em desuso!
O incomum, na apreciação, relacionou-se em pai, mãe e filho ainda labutarem em parceria e união. A tarefa consistiu no plantio duma cultura essencial à sobrevivência!
O genitor, com  arado de boi e força animal, abria os regos. A mãe, a partir dum saco, colocava as ramas de aipim. O filho, com enxada, cobria as sementes com terra!
Uma labuta familiar sedimentava convivências e experiências. A preocupação, numa perdida batalha, consistiu em cultivar na carência do emprego de agrotóxicos!
O propósito, ao consumo particular, consiste em manter distância do auto-envenenamento. O tradicional, com o novo, mescla-se na agricultura familiar de subsistência!
Os filhos, em escassos exemplos, interessam-se em assimilar os conhecimentos agrícolas. Os interessados, em seguir na atividade, mostram-se ainda em menor número!
Vários agricultores, num aparte, criam animais e cultivam culturas para o consumo privado. A prática, no geral, foge da massiva produção destinada ao mercado consumidor!
O trabalho, em  parceria familiar, reforça a satisfação e união. Os ensinamentos empíricos, através da tradição oral, revelam-se a base da escola rural!
                                                                  
        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.plantasonya.com.br

sábado, 16 de novembro de 2013

A divisão das alegrias


O pai, nos seus diversos investimentos e negócios, mantinha o princípio da correção e justiça. As medidas e pesos viam-se calculados na exatidão dos números e volumes!
O objetivo consistia em evitar desconfianças e falatórios. A consciência sã permitia noites de sono magníficas e serenas. O crédito, junto a vizinhança, mantinha-se elevado!
Os combinados e tratados, junto a compradores e fornecedores, ganhavam a importância de assinados documentos. O fato evitava delongas com cartórios e fóruns!
O idêntico, como exemplo aos filhos, externava no seio familiar. Os membros, nas eventuais dificuldades e tristezas, compartilhavam alegrias e dores!
Os imprevistos, como ganhos excepcionais, seguiam a lógica. O dinheiro via-se dividido entre os familiares. Cada filho e esposa, como dividendos, ganhavam parte do filão!
Os membros podiam dispender as divisas às privadas necessidades. Os ganhos advinham pelo simples fato de serem parte da família. O fato despertava admiração, amor e coerência!
Quem não gosta dum reforço de caixa? Quaisquer somas, em dinheiro vivo, advém sempre em boa hora! Os imprevistos, sem antecipados planos, parecem alegrar!
O compartilhamento das conquistas, nas alegrias e dores, sedimenta a união familiar. Os atos e exemplos, na prática cotidiano, representam excepcional escola!
                                                  
                     Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:  http://intensospensamentos.spaceblog.com.br