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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A corrida


O criador, no clarear do dia, soltou suas adoradas galinhas. As caipiras, na proporção duma centena, tiveram a liberdade de caminhar e ciscar!
A alegria e satisfação, como aparentes aves livres e soltas, saltava aos olhos. A forma saudável de viver! A parcial dispensa, de rações e remédios, mantinha-se sinônimo de saúde! 
Um comprador, como consumidor, adveio de forma inesperada. Este, em função duma visita, precisaria duma dupla de aves!
O cardápio, galinhada de caipiras, ostentava-se o prato das colônias. Um pequeno e singelo detalhe decorreu no fato: Como pegar as ativas e espertas aves no lumiar do dia?
Elas, nos primeiros fraquejos, desconfiaram das pretensões humanas. O criador, na realidade do pátio, possuía as dezenas. Este, na emergência, ostentava nenhuma!
A idêntica lógica, no dinheiro, aplica-se a quem empresta capital. Este, como crédito, registra na contabilidade. O poder de compra, numa emergência, ostenta-se nulo!
Alguma poupança, como colchão d’água, revela-se sinônimo de sabedoria financeira. As cedências, na prática, levam ao desfecho das amizades e perdas das cedidas somas!
O indivíduo, nos empréstimos, obriga-se a correr atrás dos autos prejuízos. As atitudes e comportamentos, na surdina das relações humanas, escondem escamoteados interesses monetários!

                                                                                       Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências!”


Crédito da imagem: http://economia.culturamix.com

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O carro


O jovem, recém entrado no mercado de trabalho, encontrava-se apressado para satisfazer o sonho de consumo. O carrinho mostrou-se preocupação primeira de aquisição!
A esperança, como consideração social,  prometia fazer “chover as maria gasolina”. O camarada, como caroneiro ou pedestre, carecia de maior chance no público feminino!
O trabalhador, depois de anos de suado estudo, exprimiu as economias. Os pais, dentro das suas poupanças, auxiliaram “em momentâneos cedências ou doações”!
O sonho viu-se realizado e a felicidade alcançada! Uma maravilha, diante de amigos e conhecidas, aparecer e desfilar de carro novo. A bela e doce ilusão durou poucas semanas!
Os aborrecimentos e carências financeiras iniciaram no cotidiano das vivências. Os conhecidos e vendedores deixaram-no de instruir nas inúmeras despesas indiretas!
Os condutores marcham numa porção de encargos. Os exemplos ligam-se a combustíveis, estacionamentos, indenizações, guinchos, mecânicas, multas, pedágios, reposições, seguros, taxas...
Os dispêndios, na manutenção do veículo, sobrepunham-se aos encargos da subsistência familiar. “As economias na boca” fizeram-se necessárias para sustentar a compra!
Quem já não comprou gato por lebre? As propagandas, com as meias verdades, difundem fantasias, enquanto a realidade revela as doloridas perdas monetárias!
As pessoas, no geral, conversam-se um monte de bobagens e esquecem de comentar o essencial. A ideia generalizada consiste dos donos de veículo serem abonados cidadões!

                                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://autoblogweb.blogspot.com.br

O empréstimo


O namoro, para alegria do rapaz, parecia engrenar. Ele, com esperanças e sonhos, “encontrava-se nas nuvens”. Este teria alguém para amar e namorar!
A moça, como colega de trabalho, parecia boa parceria. Ela mantinha-se esbelta e esperta! Espírito de fácil relacionamento apresenta-se no cotidiano das vivências!
O moço, pensando na ideia duma futura família, intensificou jornadas e tarefas. A ideia consistia em desdobrar-se para avolumar e somar grana!
Os dispêndios, numa cidade grande, mostram-se acentuados. O negócio, como empresa  pessoal e familiar, consistia em constituir alguma livraria ou sebo!
A surpresa  numa venda excepcional, sucedeu-se na entrada dum bom dinheiro. A moça, de alguma forma, ficou sabendo do êxito monetário!
A fulana, de imediato, requisitou o empréstimo. O valor, em síntese, mantinha-se na totalidade da quantia. O camarada, depois dos atropelos e esforços, ficou boquiaberto!
O relacionamento, como ducha d’água fria, ficou no meio do caminho diante da negação! A cidadã, de imediato, descartou outra possibilidade de reaproximação!
O dinheiro, diante das exageradas necessidades e ofertas de consumo, carece de ser suficiente. Os amores, na proporção das intimidades, assumem ares de negócios!
Amor e dinheiro revela-se uma consorciação complicada em quaisquer relacionamentos. A grana ostenta-se a causa principal de brigas homéricas entre os casais!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.espalhafactos.com

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A diferença


Uma senhora moça, moradora individual, possui a paixão pelos animais. O bicharedo, na convivência diária, ostentava a alegria e companhia!
A fulana, humilde trabalhadora da educação, ganha difícil o dinheiro. Os inúmeros encargos, nas necessidades de sobrevivência, diluem o parco salário!
Ela, em função da estima e satisfação, carece de abrir a mão aos dispêndios de rações e tratamentos. Os animais, “da adotiva mãe”, recebem as especiais atenções e carinhos! 
A compreensão, das inúmeras despesas, ostenta-se um singelo princípio. Este “dinheiro não fará maior falta”. Os gastos vêem-se bem aplicados e gerenciados em prazer!
A ideia, como necessidade, consiste do indivíduo possuir algo para animar e enfeitiçar os ambientes. A monotonia seria dolorosa na existência. Ela possuía a presença dos bichos!
Os animais, como cães e gatos, trariam satisfação e prazer. O dinheiro, dispendido nas necessidades animais, acabaria gasto noutras bobagens e supérfluos!
O cidadão precisa alguma válvula de escape diante dos estresse e neuroses. Algum singelo passatempo, como mimo e ocupação, faz crucial diferença no geral dos afazeres!
O indivíduo possui sua compreensão particular das coisas e do mundo. A bondade, com relação aos seres inferiores, revela a grandiosidade e nobreza de coração!

                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://defensoresdosanimais.wordpress.com

O brilho do olhar


Um casal, em vias de namorar, combinou a tradicional saída aos sábados. Algum cinema, somado da cervejada no bar, tornou-se o inicial programa!
O objetivo, através da conversação, consistia em lançar as bases do relacionamento. A diversão, depois duma semana dura de trabalho, mereceria diversão e pausa no final!
A moça, recém saída dum relacionamento, deparou-se com o antigo parceiro. O ocasional encontro sucedeu-se  em meio ao trajeto de retorno!
O fato, numa casualidade, assemelhava-se nalgum pré-combinado! A desconfiança, em função de ciúmes, instalou-se diante do constrangimento!
A cidadã, em meio ao cumprimento e breve conversa, esqueceu de disfarçar o olhar. A visão, diante da surpresa, revelou as intenções do estado do espírito!
Os olhos, diante do reencontro, brilharam como  intensa luz. O enamoramento, pela antiga parceria, mantinha-se como preferência! As desculpas foram mero disfarce!
O acompanhante decifrou as reais barreiras no eventual namoro. O beltrano, como manda a norma da civilidade, levou a fulana a sua casa!
As convivências, dali em diante, mantiveram-se mera amizade. Aparentes amigos, diante do ocaso do futuro, instalou-se no cotidiano das relações!
O brilho do olhar suplanta um punhado de explicações e palavras. Os jeitos, nas entrelinhas das atitudes, denunciam as intenções do coração!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.rodrigooller.com

domingo, 20 de outubro de 2013

O trabalho


A jovem estudante, com desejo de ascensão profissional, tomou o caminho da universidade. Esta, das colônias, dirigia-se semanalmente à cidade grande!
A necessidade consistia em conciliar estudo e labuta. A cidadã, no contexto da saída de aula, comentou casualmente um detalhe da existência. Ela, nos finais de semana, precisaria retornar a residência!
O trabalho, como necessidade e obrigação, encontrava-a no aguardo. As tarefas, de ordenhar vacas e tratar lotes de frango, aguardavam nas instalações. O dinheiro, no seio familiar, precisaria ser gerado para custear dispêndios de formação!
Os colegas, criados e educados na vida urbana, arregalaram os olhos e mexeram os beiços. Eles pareciam inacreditar! Alguns pensaram estar ouvindo alguma lorota ou piada!
A produção carecia de ser encargo. A universitária, em função do laborioso e útil, sentiu orgulho da atribuição. A oportunidade ímpar de arejar a cabeça e mente de cálculos e textos!
Os filhos, desde tenra idade no interior, vêem-se criados e educadas na importância e valor do trabalho. Este, em síntese, produz unicamente o milagre do aperfeiçoamento do espírito e da matéria-prima!
O indivíduo, conhecendo a dificuldade de ganhar salário, aprende a dispender com parcimônia e racionalidade. A dificuldade de fazer sobrar revela a real noção do poder de compra do dinheiro!
O espírito laborioso, nos seios familiares rurais, revela-se princípio e valor existencial. O conhecimento e vocação produtiva transmite-se em meio as convivências com criações e plantações!


                                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://foguinhoeventos.blogspot.com.br

O matadouro


O ancião, depois de penosas décadas de trabalho, precisou tomar o indesejado caminho. A atrofia mental e o dolorido corpo encaminharam a derradeira moradia!
Os filhos, estudados e laboriosos, tomaram a direção das cidades. Eles, como profissionais liberais, possuíam famílias e obrigações!
O tempo, a reparos aos idosos pais, apresentava-se limitado e inviável! O jeito, com a disponibilidade de dinheiro, consistia em apelar a terceiros!
As dificuldades e fraquejos, a contragosto, obrigaram a abandonar a familiar casa. A situação ostentava-se a maneira de resguardar das necessidades e solidões!
O senhor, uns dias antes e junto aos amigos íntimos, comentou o detalhe da partida. O resumo, numa informal conversa, comparou a partida a história vivenciada juntos as criações!
Ele, a semelhança dos seus outrora bois de canga, tomaria o rumo do abatedouro. Os domesticados bichos, de forma mansa e resistente, dirigem-se ao matadouro!
Os animais, de forma velada, sabiam que dali jamais sairiam vivos! O lugar seria a última estada. Um alívio das agruras dos doloridos e sofridos ossos!
O indivíduo, no ancionato, tinha o idêntico caminho. Este, de bom senso,  sabia da impossibilidade de sair vivo da hospedagem!
A última viagem revelaria-se o caminho do cemitério! A abençoada e longa existência, com tamanhas experiências e vivências, achegaria ao desfecho dos dias!
O indivíduo, na proporção do avançar dos anos e fraquejar das forças, sabe dos reais limites da vida. A necessidade de prestar contas aconchega-se nalgum momento!

                                                                                 Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.clasf.com.br/q/junta-de-bois-zebu/