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domingo, 15 de setembro de 2013

A inconveniente cantada


O marido, às necessidades das arrumações do lar, fazia descaso e indiferença. O dinheiro, para o nobre fim, costumava fraquejar ou inexistir!
O cidadão, em décadas de matrimônio, mantinha aquela apatia. Os reclamos, da família, “entravam num ouvido e saiam noutro”. A preocupação eram comilanças e festanças!
As economias femininas, numa altura, fizeram a diferença na compra de moradia e terreno. O objetivo, depois de décadas, consistia em safar-se do dispendioso e incômodo aluguel!
O camarada, numa ousadia ímpar, externou inconveniente desejo. Este, muito mulherengo, externou cantada imprópria à divorciada vizinha!
A senhora, “batendo com a língua nos dentes”, tratou de relatar o sucedido à esposa. Ela, como sincera pessoa, queria manter a parceria das conversas e mates!
A briga e intriga, de imediato, tomou conta entre os vizinhos. O caso, diante das ameaças, acabou no fórum! Uma feroz inimizade estabeleceu-se entre as partes!
O galanteador, nesta adversa situação, tratou de imediato em edificar um elevado e sólido muro. O dinheiro e trabalho, na adversidade, careceram de faltar às melhorias!
A obra, em horas e dias, divisou caras e marcos! A grana, eterna indisponível, viu-se disponível! Outro cercado a mais separou relações humanas!
“O cidadão, onde ganha o pão, não deve comer a carne”! O excesso de sinceridade igualmente instala aborrecimentos e transtornos!
As famílias possuem seus excepcionais personagens. As cercas e muros, nos ambientes urbanos, abafam brigas e intrigas. A língua nos dentes pode incorrer em ameaças à vida!

                                                                                                  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://exadventistas.wordpress.com

sábado, 14 de setembro de 2013

A justiça divina


Um cidadão, nos anos de vida, deparou-se com muitas pessoas e situações. As experiências, no cotidiano das relações, ensinaram conhecimentos e lições!
O indivíduo, “metido à falcatrua e tramposo”, costumava fazer negócios desleais e dúbios. Ele achava alguma maneira de “puxar o melhor do assado para si”!
Os amigos e parentes, nas inúmeras relações e transações, passavam a ter dúvidas da honestidade externada. Quaisquer negócios acabavam em intermináveis delongas e rolos!
O indivíduo, na largada, parecia crescer deveras no patrimônio material. Este, numa só tacada, parecia avançar dez passos na proporção dos honestos um!
A realidade, numa esquina, levou a encontrar outro falcatrua maior. Ele, do décimo andar, caiu rápido ao primeiro! O estranho, mais esperto, surrupiou o capital!
A vida, no geral, vivia de sobressaltos. Este avançava dois passos e retrocedia um; dava um e retrocedia meio... A sorte via-se contada em conta-gotas ou migalhas!
O bem roubado, como amaldiçoado e mal falado, inconvêm usufruir e ter! Dinheiro ganho fácil, rápido esvazie-se ao ralo! O esperto depara-se cedo com algum mais astuto!
A pessoa, neste mundo, colhe aquilo que semeia. A correção e honestidade perpassam como filosofia e princípio de vida! A serenidade d’alma, como bálsamo divino, recai sobre os corretos e justos!

                                                                                 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://fachodeluz.blog.br/wp/?p=8924

A sagrada terra


Uma família, da outrora distante Europa, afluiu para instalar-se num lugarejo. O local, nas sucessivas décadas e progressivas ramificações, foi o recomeço da odisseia familiar!
O clã, com alta taxa de fecundidade, deu origem ao conceituado sobrenome. Diversos troncos, em várias famílias, espalharam-se pelas paragens e rincões americanos!
A preocupação, como princípio, consistia em ampliar as melhorias de vida e contribuir à evolução social. A atuação, com ideias e trabalho, mantinha uma forma de contribuição!
A descendência, em várias comunidades e municípios, contribuiu ao progresso da adotiva terra! Os membros, com frequência, faziam partes das gestões e profissões!
Alguns patriarcas, ligados a genealogia e história, mantinham um singelo hábito. Os membros, a título de memória e reminiscências, visitavam o lugar dos primórdios!
A visitação, no exemplo, constituía-se uma maneira de ensinar amor e história à descendência. O aconchego, como rotina na localidade, sucedia-se de forma ativa e discreta!
Aquele solo, no ímpar amor, assumia ares de divino e sagrado. Os laços sanguíneos, junto às sepulturas, ganhavam o perene cultivo junto aos finados ancestrais!
A matriarca e o patriarca, naquele singelo solo, descansavam no seu derradeiro repouso. Estes, com os genes espalhados e preservados, tinham a certeza da missão cumprida!
O exemplo de labuta, em meio às dificuldades de toda ordem nos começos de outrora (na colonização), inspiravam o modelo de luta da descendência em perseverar na seara!
Algumas obras, como nobres iniciativas, postergam-se nas gerações e tempo. As histórias familiares, uma vez narradas ou redigidas, incentivam e preservam o orgulho do sobrenome. Os exemplos, rejuvenescidos pela tradição oral, servem de norte às novas gerações!
                           
                                                                                             Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://blogdopaulinho.wordpress.com

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O impensado procedimento


Um morador, das periferias urbanas, mantinha uma massiva paixão por cães e gatos. Os bichos, como membros familiares, chegavam a conviver e dormir no ambiente humano!
O cidadão, em meses, chegava a dispender somas elevadas em rações e remédios. Estes, aos próprios filhos, faltavam. Os animais, nos espaços, largavam cheiros, fezes e pêlos!  
Os conhecidos, em função do impróprio da higiene, deixavam de tomar chimarrão. As visitas careciam de ocorrer pelos amigos. Os exageros saltavam aos alheios olhos!     
A situação, por uns bons anos, arrastou-se naquele descalabro. O indivíduo, numa altura da sina, deparou com o imprevisto! A convivência havia trazido à inconveniência!
A doença do gato instalou-se no organismo. Os tratamentos absorveram vultosa soma e tempo. As sequelas estenderam-se pela existência! O sofrimento revelou-se ímpar!
O paliativo, numa altura, consistiu em requerer o benefício social! A sociedade, como um todo, ajuda a pagar o ônus do impensado procedimento!
Animais e humanos inconvêm respirar o idêntico ar. Precauções são sinônimos de economia e sabedoria. Cada macaco no seu galho, em situações, revela-se a solução!

                                                                              Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.mundoalmart.com.br

O fazer história


Uma família, no meio urbano, sobrevivia da comercialização e produção do leite. As vacas revelaram-se “as galinhas dos ovos de ouro”!
Esta, como produtora da economia familiar de subsistência, vivia em função dos animais. Os bichos, de alguma maneira, recebiam atenção vinte e quatro horas!
A organização social, naquele singelo espaço, revelava-se ainda a exclusiva produtora láctea. Amigos, conhecidos e vizinhos, de forma diária, advinham comprar o artigo!
Alguns produtos, da economia caseira, complementavam a subsistência. Estes, entre outros, podia-se citar carnes, cucas, manteiga, nata, ovos, pães...
As duas dezenas de vacas, na hora da ordenha, ganhavam um diverso mimo. A música, de preferência bandinha (numa determinada rádio), inspirava animação na sintonia!
Os animais, no final de sábado, obrigaram-se a ouvir a cerimônia religiosa. Estes, das crenças e superstições humanas, não entendiam “porra nenhuma”!
Os bichos, por falta de opção, adaptaram-se a barulheira e cantoria. Estes, como inúmeros humanos (em certos ingratos ambientes), obrigaram-se a ouvir o indigesto!
O enquadramento animal, aos gostos e padrões humanos, revela-se um desafio. Algumas atitudes fazem diferença aos autores, porém fazem o descaso aos ouvintes!
Os nobres cumprem suas metas e obrigações mesmo em meio aos atropelos e empecilhos. Alguns inventam estórias como fossem fazer história. Os humanos aspiram ao lucro na proporção dos animais seguirem a sina dos instintos!
                                                                               
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://revistagalileu.com

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A excepcional gentileza


Um vizinho, de uma forma excepcional, liga ao morador próximo. Este, ao próximo, pede a gentiliza da visita. A ida, de preferência, deveria ser imediata!
O morador, sem maiores demoras e floreios, atende o chamado. A curiosidade, em meio aos atropelos, impulsiona a pressa! Este, em instantes, pula no veículo!
A surpresa advém com uma ousada galinha choca! Ela, com uma ninhada de quinze pintos, apareceu no alheio pátio. Ela, como seiva da terra, chocou os ovos no mato!
A mãe choca, com tamanho número de bocas, procurou auxílio e proteção. A façanha levou a admiração e estima! A recepção revelou-se alegre e tamanha!
O colonial, como pessoa correta e justa, procurou devolver o alheio ao devido dono. Atos e gestos nobres aproximam vizinhanças! Um singelo favor reforçou amizades e créditos!
A grandeza de espírito revela-se nas ações e ideias. Os exemplos encorajam as amizades e o respeito!

                                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: Cibeli do Carmo (A Galinha no Ninho)
Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

A amizade


A idosa senhora, com os seus oitenta e oito anos, obteve uma repentina queda. O falado e temido sucedeu-se infelizmente no seio familiar!
A anciã, com a alguma batida, trincou parte do fêmur. O machucado obriga a ficar semanas acamada! O sofrimento e a solidão, em meio à imobilidade, mostram-se cruéis!
As visitas, como amigos, familiares e vizinhos, tornaram-se uma romaria. A paciente própria admira-se da angariada estima! As pessoas afluem com cumprimentos e novidades!
Os sobrinhos e netos, próximo ao leito, convivem. O objetivo consiste em encorajar para revigorar o corpo e espírito! A vó viu-se sempre uma pessoa muito especial e querida!
O difícil consiste em chegar aos setenta anos! A ousadia maior, forte e sã, consiste em ultrapassar a jornada! A cabeça numa altura ainda quer, porém o corpo fraqueja!
Os amigos e parceiros conhecem-se nas adversidades. O tempo externa o rigor da vida!
                                                                                          
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.marianaterapeutaocupacional.com