Translate

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A hospedagem residencial


O sonho da casa ampla, bonita e própria mostra-se aspiração e sonho de quaisquer enamorados. O projeto, nalgum momento, precisa ser colocado em prática!
As famílias, nos interiores, costumavam economizar anos. Estas, depois de alguma soma acumulada, iniciavam a compra progressiva dos materiais.
O objetivo, para safar-se da especulação financeira, consistia em fugir da exorbitância das correções e juros! Os empréstimos ocasionais sucediam-se junto a conhecidos e parentes próximos! Os bancos inspiravam temores de endividamentos impagáveis.
As poupadas reservas, nalgum momento, viam-se reunidas para “colocar mãos à obra”. Construtores, como marceneiros e pedreiros, eram contratados. O dono e familiares, como fiscais do trabalho, ostentavam-se costumeiramente auxiliares dos profissionais!
Um morador, no interior duma linha, colocou o plano em ação. Ele, como próprio construtor, aproveitou o inverno para edificar (época de menor serviço nas lavouras e matos). Um mano, como mão de obra paga, constituiu-se no ajudante e servente!
A moradia, imaginada e planejada nos detalhes, promete durar uma inteira vida. Esta, no momento, apresenta-se a mais famosa e majestosa do lugarejo. Um mérito familiar de conquista e trabalho ímpar: digna da maior e melhor admiração e elogio!
Um forasteiro amigo, a título de implicância e reconhecimento, externou os ares da graça: “- Fulano! As autoridades, na proporção da achegada a localidade, já sabem onde devem e podem hospedar-se! A residência apresenta-se o cartão postal do conforto e funcionalidade!”
Uma vizinhança, ouvindo a conversa (jogada ao vento), aborreceu-se de ciúmes e invejas. O cidadão precisa contribuir e torcer à evolução e progresso comunitário! O bem estar e conforto alheio, de alguma forma, favorecem o indivíduo!
A moda, no passado remoto, consistia da autoridade visitante hospedar-se na casa comercial ou comunitária. As moradias espelham as crenças e princípios dos construtores e ocupantes. A construção residencial, em termos gerais, revela-se a grande e ímpar obra duma existência!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.skyscraperlife.com/latin-bar/81444-%BF-sabias-esto-de-alemania-29.html

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A cantada


Um encontro ocasional, de belos desconhecidos, sucedeu-se num evento comunitário. A conversação, em função das afinidades, tomou sentido em meia à animação musical!
A mulher, bem enxuta e simpática, encantou-se pelo forasteiro. Este, como excepcional galanteador, careceu de deixar por menos. O intruso, na enviuvada senhora, procurou dar ares da ousada e singela graça!
A conversa, em meio à agitação e barulheira, consistiu: “- Estimada! Feliz daquele homem que pôde passar a primeira noite e usufruir desse resguardado corpo. Este, com certeza, sentiu-se amado e reconfortado. As centelhas do paraíso, na flor da idade, viram-se esparramadas! Invejo o infeliz finado!!!”
A fulana, no meio aos embalos musicais e sabores das cervejadas, quis saber: “- Quem és tu? Onde moras? Estás desacompanhado? Nunca te vi? Interessa-me muito?”
Charmes e sorrisos delinearam-se como reconfortantes aromas no ar! Afeto, carência e simpatia a escorrer pelas coloridas e esbeltas faces! Uma relação, com o fogo da paixão, encontrava-se a brotar e florescer!
O beltrano, estando comprometido, exclamou: “- Sou um amante e belo desconhecido! Um aventureiro qualquer! Um homem admirador e apreciador das lindas e fogosas mulheres! Alguma coisa mais sublime como elas! O Todo Poderoso certamente guardou unicamente para si!”
Os eventos festivos mostram-se oportunidades ímpares para conhecer gente diversa e nova. As cantadas e namoros, em meio às afinidades e oportunidades, carecem de idade, raça ou religião!
A primeira impressão faz a crucial e especial diferença! A singularidade, em meio à multidão, atiça a curiosidade e necessidade! As palavras, bem empregadas e usadas, iluminam espíritos e removem empecilhos!
                                                                                      
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da vida: http://lr-assessoriadeimprensa.blogspot.com.br

A visitação matrimonial


A loucura urbana, com influência da mídia e reformulações na legislação, inova atitudes e valores. Experiências novas sucedem-se nas relações sociais!
As amizades, de maneira geral, mudaram com as agitações e desconfianças. O indivíduo, a título de exemplo, pode falar das relações matrimoniais e sentimentais!
Um casal de enviuvados, com razão de retomar a vida (depois do infortúnio das originais parcerias), resolveu unir afinidades e intimidades.
Estes, numa relação descompromissada, convivem unicamente em dois dias semanais. A convivência diária, conforme a versão destes, geraria o desgaste normal de casais.
Os enamorados, num determinado dia da semana, encontram-se na casa do beltrano e noutra na moradia da fulana. A visita impossibilita conhecer as fraquezas e manias!
O casamento, em forma de namorido, tornou-se uma contínua visitação. As novidades informais persistem no cotidiano das relações finais!
Objetivo, nos encontros, consiste em trocar conversas, gentilezas, intimidades... A vantagem maior reside em não dar tempo para maiores brigas, discursões, repreensões...
O curto tempo evita “um enjoar da cara de outro”. A idade, com a estabilidade econômica, permitiu certas liberdades e luxos. Os cidadãos dispensam a tradicional rotina!
Os relacionamentos precisam elevar e enobrecer os espíritos! A idade, a partir das experiências e vivências, ensina certas lições. As pessoas querem distância de maiores compromissos e encargos.
                                                                                                
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://quadrangularjardsp.no.comunidades.net

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uma lição de economia



Uma adolescente, com certa mordomia na família, levantou tarde da manhã. Ela, noite adentro, ficou online na rede mundial de computadores!
Os pais, das necessidades do café, estavam satisfeitos. A mesa, com os artigos guardados, viu-se arrumada. Os compromissos familiares, como genitores, precisavam duma atenção e trabalho!
A jovem, ao café da manhã, precisou esquentar água na chaleira. O recipiente, até a metade, viu-se enchido com líquido. Um volume exagerado para uma exclusiva e modesta xícara!
O pai amigo, casualmente apreciando a cena, deparou-se com aquele exagero. Este, como principal pagador das contas, explicou-lhe um singelo princípio financeiro!
Este, como improvisado economista, detalhou: “- Filha! Por que tamanha quantidade? Esquenta somente o necessário ao teu consumo! Quaisquer necessidades mostram-se gastos! Os dispêndios desnecessários resultam em dinheiro e mais trabalho!”
A explicação, como professor, continuou: “- O gás possui custos! Por que dispor em vão? O dinheiro, da aquisição, precisa ser ganho e sai do bolso! O desperdício, além de exaurir a natureza, exige esforço redobrado. O bom senso, no consumo do necessário, permite comprar outro bem com os recursos!” 
A filha, à existência, assimilou a noção de economia. Outras lições, no ínterim das convivências, complementaram o curso da escola financeira!
Agradeça, ao fundo do coração, aqueles que se dão a consideração, paciência e tempo de explicar certas valores à vida! Estas pessoas revelam-se uma dádiva!
Os grandes princípios econômicos aprendem-se no aconchego familiar. A explicação, através do exemplo concreto, resulta numa fácil e rápida assimilação. Quem paga as contas sabe bem aonde dói os calos!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://envolverde.com.br

A razão de ser


Um cidadão, como temporão, ficou junto à casa paterna. Ele, num pré-estabelecido entre os manos (irmãos), ganhou a nobre e sublime missão de “amparar e cuidar dos velhos”.
O fulano, numa altura, conheceu uma companheira. Esta, bem antes do estabelecido e previsto, achegou-se moradia adentro. Os anciões, numa ocasião posterior, partiram ao descanso derradeiro!
As gerações continuaram a sina da contínua renovação. Os novos advieram no lugar dos velhos! Os filhos nasceram na nova e reformulada família!
O infortúnio, numa altura da convivência, abateu-se sobre o cidadão. A depressão, não tratada, levou-o a efetivar a atitude extrema: tomar-se a própria existência.
Casa, instalações e terras ficaram no vazio. Os filhos, criados ao mundo, mantiveram seus interesses e negócios. O isolamento, em meio à solidão, exigiu novas medidas!
A companheira, povoada de saudosas lembranças, resolveu partir da moradia e lugarejo. O patrimônio, sem a presença da cara metade, carecia de maior importância e significado!
A viúva, na venda do espólio, rearrumou algum cantinho numa crescente cidade. O objetivo, no novo espaço, consistiu em ficar próximo a filhos e netos!
A procura, duma segunda parceira, mostrou-se um discreto desejo! Alguém muito especial unicamente interessava! A pessoa, com os muitos casados e comprometidos, encontrava-se difícil de encontrar e existir!
A existência, de certas realidades, justificam-se unicamente com a presença da parceria. Os intrusos, de maneira geral, relegam e vendem o patrimônio de gerações. O indivíduo procura o espaço onde a vida mostra-se mais fácil e interessante!

                                                                              Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/South/Rio_Grande_do_Sul/photo467089.htm

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

As cisternas financeiras


Uma família resolveu mudar-se no interior do lote colonial. Ela, dos fundos da propriedade, mudou-se próximo a estrada geral!
As facilidades de acesso possibilitariam uma série de conveniências. A instalação de luz, facilidades de escoamento da produção e os passeios ágeis foram causas da transferência.
O problema maior, no comprido e estreito lote, residia na carência de água. O líquido, na ausência duma fonte natural, levou a improvisações e investimentos!
O conhecimento humano, na ausência das caixas d’água, precisou pensar e inovar! Criar alguma solução esperta e viável diante da adversidade da carência natural!
O jeito, com a ausência do encanamento da rede comunitário, consistiu aproveitar as intercaladas chuvas. As onerosas cisternas, como sólidos reservatórios, foram edificadas nas instalações e moradia!
O sistema, por uns bons anos, funcionou a contento. A criação da rede comunitária levou a aparente aposentadoria das instalações. As reservas, diante dos eventuais problemas na comunidade de água, mantêm-se valiosos complementos e socorros!
O idêntico aplica-se a sabedoria financeira. A poupança, a semelhanças das cisternas, vêem-se criadas no período das bonanças. Os depósitos, na época das vacas gordas, suprem o tempo dos meses das vacas magras (estiagens).
Algumas reservas mensais, guardados nas cisternas das poupanças, mostram-se prudência às intempéries da existência. Os valores, salvo necessidades inadiáveis, revelam-se um capital inexistente!
Um colchão d’água, como reservatório no cotidiano das despesas, ostenta-se economia, prudência e sabedoria. Um fundo de reserva, às distâncias e madrugadas, evita engrossar filas dos pedintes e usuários nos serviços públicos. A velhice serena e tranquila, no caminho do inadiável infortúnio, requer o socorro das cisternas financeiras!
                                                                                            
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:  http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Barra-de-ouro/

O chamado da praça


Um educador, numa praça central da grande cidade, caminha de forma descontraída. Ele, tendo por hábito a pontualidade, preocupa-se com o horário de trabalho!
Um elemento, num estranho trio, chama-o: “- Oh professor! Como vai?” Os dois colegas, parceiros do grupo, dirigem o cumprimento e respeito na direção do pedestre!
O profissional, num impulso repentino, não deixa por menos! Aproxima-se e estende a mão! A admiração e espanto advêm do estado daquele ex-aluno e jovem!
Um moço, com idade aproximada dos vinte e cinco anos, encontra-se chapado e topado. Ele, nem um segundo sequer, descuida e larga o improvisado palheiro!
A doação revela-se completa ao vício! Uma impotência generalizada, com olhos avermelhados e fundos, direciona o jovem velho a continuar na autodestruição!
A profissão, como esperança de continuação e ocupação, liga-se as pinturas de grafite! Alguma sugestão, por procura de auxílio e tratamento, foram certamente em vão!
O antigo mestre ficou numa dor e mal estar: “preciosas vidas jogadas aos porcos”. Este, numa auto-avaliação, questionou-se: “não foram esses os conhecimentos ensinados”. Os jovens poderiam ser um dos seus próprios filhos!
Alguma mudança de rumo, no contexto do embalo festivo e convite fortuito, trouxe a desgraça e miséria! Uma parcela da jovem geração, impulsionada pelo comércio da contravenção, cede e doa-se ao flagelo das drogas!
Uma existência, dedicada ao prazer do vício, promete uma trajetória curta e dolorosa. Certas mazelas, ao cidadão curtido e vivido, dilaceram e machucam o coração. A sensação de impotência, diante duma ardilosa e escamoteada estrutura pelo dinheiro, demostra a crueldade do gênero humano (aos próprios da espécie).
                                                                          
   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.rodrigovianna.com.br