Um cidadão, como
temporão, ficou junto à casa paterna. Ele, num pré-estabelecido entre os manos
(irmãos), ganhou a nobre e sublime missão de “amparar e cuidar dos velhos”.
O fulano, numa altura,
conheceu uma companheira. Esta, bem antes do estabelecido e previsto,
achegou-se moradia adentro. Os anciões, numa ocasião posterior, partiram ao
descanso derradeiro!
As gerações
continuaram a sina da contínua renovação. Os novos advieram no lugar dos
velhos! Os filhos nasceram na nova e reformulada família!
O infortúnio, numa
altura da convivência, abateu-se sobre o cidadão. A depressão, não tratada,
levou-o a efetivar a atitude extrema: tomar-se a própria existência.
Casa, instalações e
terras ficaram no vazio. Os filhos, criados ao mundo, mantiveram seus
interesses e negócios. O isolamento, em meio à solidão, exigiu novas medidas!
A companheira, povoada
de saudosas lembranças, resolveu partir da moradia e lugarejo. O patrimônio,
sem a presença da cara metade, carecia de maior importância e significado!
A viúva, na venda do
espólio, rearrumou algum cantinho numa crescente cidade. O objetivo, no novo
espaço, consistiu em ficar próximo a filhos e netos!
A procura, duma
segunda parceira, mostrou-se um discreto desejo! Alguém muito especial
unicamente interessava! A pessoa, com os muitos casados e comprometidos,
encontrava-se difícil de encontrar e existir!
A existência, de certas realidades, justificam-se
unicamente com a presença da parceria. Os intrusos, de maneira geral, relegam e
vendem o patrimônio de gerações. O indivíduo procura o espaço onde a vida mostra-se
mais fácil e interessante!
Guido Lang
“Singelos
Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/South/Rio_Grande_do_Sul/photo467089.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário