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terça-feira, 16 de julho de 2013

A extrema burrice


O morador das grotas, carente de maior formação educacional, resolveu ganhar algum dinheiro às alheias custas. Ele, na sua extrema ingenuidade, inovou na santa ignorância!
Este, na sua compreensão, labutava pesado e nada de acumular maiores dividendos. Aquelas situações penosas de contar continuamente os centavos pelas escassas moedas!
O indivíduo, um dia desses, acrescentou alguma água ao leite. O objetivo consistia em ganhar algum dinheiro sem maiores ônus! Ele subestimou a astúcia e esperteza do comprador!
O leiteiro, num instante, desconfiou da quantidade exagerada. Este chegou a perguntar: “- Alguma vaca nova!” Averiguou e viu escorrer rápido o líquido!
A empresa laticínios, a partir do tacho, analisou o produto: água adicionada. O líquido viu-se condenado e rejeitado! O sucedido acabou comentado entre carregadores e transportadores!
A curiosidade relacionou-se a proporção. O produtor exagerou na dose! Uns trinta litros de leite ganharam a porção de outros cinquenta de água. Um exagero às avessas!
A boa nova tratou da inversão da realidade. O camarada, na prática, adicionou o leite na água. O tradicional, na velha falcatrua colonial, consistia em colocar água no leite!
Os moradores, no seio comunitário, fizeram cedo chacotas e comentários. A tamanha idiotice subestimou a modéstia inteligência!
A falcatrua, nos primeiros instantes, entrou nos anais dos relatos das pérolas coloniais! O cidadão, até no dia do seu velório, verá narrada à peripécia (“à surdina” das famílias).
Os excessos denunciam as falcatruas e mazelas. O cidadão necessita conscientizar-se que os outros carecem de serem trouxas. O dinheiro fácil e rápido ostenta-se uma doce ilusão!
                                                                                           
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.baixaki.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O modesto pedido


O cidadão, na calada da noite, anda numa centralizada rua. Este, de supetão, vê-se parado e surpreendido pelo adolescente. O jovem poderia ser outro dos seus adorados filhos!
O indivíduo, na aparência de mendigo, assusta-se com o esfarrapado e sujo ser. Este, a semelhança dos ratos, saiu de algum beco e buraco. A cena choca e dói o coração!
O fulano, em mãos unidas em oração, implora: “- Senhor! Sou morador de rua! Não tenha medo! Eu não sou assaltante e nem ladrão! Peço algum troco para comprar comida!”
O estranho, repleto de compaixão (com um idêntico da espécie), diz: “- Estimado! Dinheiro eu não dou! Podes acompanhar-me até a esquina. Pago-lhe algum espetinho!”
A dupla, numa companhia, caminha ao entrocamento de rodovias. Ele, entre as variedades de carnes, pôde escolher a vontade. Alguma conversa desenrolou-se no ínterim! 
O muito obrigado, entre o consumo e condição social, acabou ignorado! O jovem, como algum zumbi, sumiu em seguida entre prédios e ruas!
Conhecidos e estranhos, em meio ao consumo, admiraram-se do nobre gesto. Os comentários relacionaram-se ao flagelo das drogas! Estas, em cruéis exemplos, ceifam uma civilização!
Uma jovem vida, como gaiato, direcionou-se à decadência e servidão. A miséria humana, em função da ganância, vê-se gerada pela inconsequência de produtores, traficantes e vendedores!
O cidadão, ao semelhante, não pode rejeitar alguma água ou comida. O espírito cristão comprova-se através da nobreza das práticas. Certos indivíduos, como instrumentos da morte, deveriam carecer de maior dó e piedade!
                                                                          
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://poesialvaro.blogspot.com.br

A modéstia precaução


O ancião, na desconfiança junto aos seus, faleceu de forma repentina. Uma família, na aparência externa, possuía enormes dificuldades monetárias!
O casal, dentro das necessidades, vivia com o extremamente necessário. O cidadão, a partir do benefício, fez economias. O temor provável relacionou-se as doenças!
O fulano, num belo dia, faleceu de ataque. O enterro honrado, num lugar decente, foi sua exigência. Um pai, de vários rebentos, merecia esta dignidade!
A surpresa adveio com a verificação da conta bancária. Esta possuía uma exorbitância para custear vários velórios. Os familiares, por completo, desconheciam o singelo fato!
O finado, em vida, careceu de falar e registrar a senha. A desconfiança residia no fato de mexerem em valores. Algum registro, como precaução, deixou de haver da poupança!
A dificuldade de honrar os compromissos e dispêndios foi grande. Outra: os tramites burocráticos, na instituição bancária, foram diversos para conseguir algum saque!
Os cidadãos, por dinheiro, carecem de confiar nos mais íntimos e próximos. As pessoas, nos encargos, safam-se dos deveres, porém nas sobras aconchegam-se nos direitos. Reservas financeiras revelam-se precaução contra as emergências e infortúnios.
                                                                                  
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://adireitabrasileira.blogspot.com.br

domingo, 14 de julho de 2013

A receita da vó


Algumas famílias, saídas das colônias na direção das periferias urbanas, mantém o hábito de criar bichos. Os cachorros, como sinônimo de alerta e segurança, são os principais.
Os caninos, com a achegada do inverno e umidade, possuem a inconveniência dos bichos de pés. Estes, nos espaços próprios, tornam minados os ambientes!
A limpeza, constante e frequente, consegue nem sempre acabar com a praga. Os produtos químicos possuem dificuldades de exterminar e suprimir os vários focos!
As pessoas, volta e meia, pegam alguns exemplares. Estes, entre dedos e solas dos pés, adoram instalar-se como ingrata surpresa! As dores e incômodos, em horas, avolumam-se!
Uma dificuldade consiste no combate e extração. Feridas acabam criadas em membros. Os bichos chegam a constituir buracos em função das secreções!
A receita da vó ganha serventia. Esta, curtida pelo conhecimento e experiência, recomenda colocar sal com saliva nos locais doloridos. A ardência momentânea verifica-se!
A fórmula caseira mata e sara a inconveniência. A ciência empírica empregada como paliativo! A corrida às farmácias, com maiores dispêndios, viu-se abreviada ou evitada!
Velhas fórmulas caseiras subsistem como remédios. Os resultados, a métodos nem sempre tão higiênicos, justificam o emprego de certas práticas. A tradição oral encarrega-se de resguardar e repassar conhecimentos e histórias centenárias.
                                                                                          
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.kboing.com.br

O crédito alheio


Uma senhora, ligada à limpeza, procurou complementar a renda. Ela, a título de angariar divisas, fabricou e vendeu trufas. Uma degustação, como mimo, nos intervalos!
Esta, no interior do estabelecimento, ofertava o produto. As trufas, na sala dos professores, ficaram expostas. Qualquer profissional, num cesto, poderia comprar e usufruir!
O comprador, na proporção do consumo, precisaria unicamente anotar a despesa. A cobrança ocorria no final do mês. Muitos procediam da maneira correta e justa!
Algum maldoso infringiu a regra. Este consumia e fazia-se de esquecido. O registro, num papel adjunto, carecia de ocorrer. A vendedora precisou cedo reavaliar o negócio!
Inúmeras perdas, até terminar com o crédito, precisaram ser assimiladas e cobertas. Outras novas vendas precisaram cobrir as trufas surrupiadas!
O difícil consiste em dar crédito sem haver maiores perdas! O consumo, no ato, mostra-se agradável e bom, porém custear, lá adiante, ostenta-se dolorido e oneroso!
A honestidade, em meio a descrição, mostra-se virtude de poucos. Indivíduos, de má índole, subsistem em todas as profissões, raças e religiões. Certos créditos cedo se revelam autos prejuízos!

                                                                                      Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.essaseoutras.xpg.com.br

sábado, 13 de julho de 2013

A sabedoria dos anos


Um chacareiro, a título de experiência, resolveu criar uns patos. Os ovos vieram doados por algum conhecido. Um mimo a mais para reparar em meio às criações!
Alguma galinha ganhou a insana tarefa de chocar. A ave praticamente levou trinta dias assentados no ninho. Esta, em função da demora, parecia anêmica e subnutrida!
O resultado acabou em sete estranhos pintos. A galinha criava-os como da espécie. Estes seguiam outra lógica. Viviam a desobedecer as resoluções maternas e seguir os instintos!
O criador ignorava detalhes da criação. A solução foi interrogar conhecidos. Outra a recorrer às pesquisas! Observar, de forma atenta, o comportamento!
Uma forma esperta e prática consistiu em recorrer a sabedoria comunitária. Uma anciã, como filha da terra e do trabalho rural, externou os detalhes e segredos!
A moradora, no final das interrogações, sentiu-se feliz e realizada. Esta pode ajudar e ser útil. Um conhecimento, através da tradição oral, pode ser assimilado e preservado!
A sabedoria das vós vê-se rememorado na proporção do fraquejo da tecnologia. Os relatos, conforme o contexto das situações e vivências, vêem-se rememorados e recontados!
O indivíduo sente-se valorizado na proporção de ser útil. A tradição oral ostenta-se a forma de pacatos cidadãos e comunidades preservar seus conhecimentos e vivências. Os humanos nunca conseguirão esgotar a vastidão da sabedoria divina!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.kboing.com.br

A braveza feminina


Um moto-táxi, da tele entrega, mantém-se apressado e desnorteado. Este, com mil e uma solicitações, precisa dar conta das obrigações dos pedidos!
Os ganhos, entre avenidas e ruas, ocorrem na proporção do trabalho. O tempo mostra-se sinônimo de dinheiro. O jeito consiste em apurar e aproveitar “as gordas vacas”!
Este, noutra entrega, faz uma arriscada e perigosa manobra. A barbeiragem, em meio a um trajeto de brita, ocorre diante dum portão. O barulho atrai a atenção!
Uma família, constituída de filha, marido e mulher, reparam a afobação e imprudência. O endereço, numa infelicidade, encontra-se equivocado e mal redigido!
A patroa, numa imprópria intromissão, cobra postura e prudência. Esta, numa surpresa ímpar, “enche de gravetos e ossos” o motorista. O condutor escuta o imerecido!
A fulana, inclusive com o marido, irrita-se ainda mais diante da indiferença masculina. Uma discussão, na aparência, representou-se inútil frente ao singelo equívoco!
Quem não faz barbeiragem e equívocos no trânsito? O homem, conforme a sabedoria popular, que possui mulher brava e exigente dispensa maior cachorrada!
Uns irritam-se e intrometem-se nos problemas alheios. Inúmeras pessoas, nos grandes centros, fazem-se de indiferentes diante das queixas e reclamações. O cidadão, para evitar bate-bocas e brigas, precisa relevar eventuais equívocos.
                                                                                         
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem:http://saojosedoscampos.olx.com.br