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sábado, 7 de julho de 2012

O CLARÃO DE LUZ


Algumas pessoas, em momentos, deparam-se com fatos estranhos. Estes vêem coisas e não compreendem o sentido desses avisos e marcas. Estas pessoas, em instantes, chegam até a comentar as visões, mas acabam costumeiramente sendo chamados de doidos e lunáticos.
Por isso procura-se, em decorrência, esconder estas visões, quando não se conseguia desvendar os poderes ou razões destes sinais. Uma humilde trabalhadora colonial, com frequência via uma luz nas caladas da noite. Esta lumiosidade aparecia num pé de umbu, que se localizava num capão de mato. A mulher chegava a conversar com os familiares sobre o estranho clarão, por isso eles também quiseram apreciá-lo.
Estes porém não o viam, enquanto a senhora enxergava-o sem maiores dificuldades.
Diversos anos transcorreram em meio ao enigma familiar, que carecia de maiores explicações. Nenhum membro, devido aos temores dos mistérios naturais, arriscava a vida com a finalidade de vasculhar as proximidades da planta. A família dizia: o clarão é mais uma das fantasias e loucuras da mãe!
Uns estranhos, numa bela ocasião, casualmente vieram fazer uma visita à propriedade rural. As conversas informais decorriam em meio a diversidade de assuntos, quando tocou-se naquele assunto da estranha luz. Os forasteiros  escutaram atentamente a história e depois de dias, retornaram com detector de metais. O aparelho sinalizou uma alta concentração de metais, por isso diversos homens passaram a cavar o lugar assinalado.
O resultado, depois de intenso trabalho, revelou um achado inimaginável. Alguns restos de ossos humanos viam-se resguardados por uma espada de metal e diversas moedas de ouro e prata. O local guardava o jazigo dum revolucionário, que acabara sendo degolado nalguma revolução.
A estranha luz, portanto, tinha razão de existência em meio ao resquício de mato.
A terra guarda preciosos segredos, que, em momentos, revelam-se aos humanos.



(Trecho extraído de "Contos do Cotidiano Colonial: Coletânea de Textos" de GUIDO LANG).


Crédito da imagem: http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=13837.525

quinta-feira, 5 de julho de 2012


A FÁBULA DAS PEDRAS
                                    Guido Lang



Um conjunto de pedras, extraídas duma pedreira, foi levada ao local duma construção. O pedreiro, então, perguntou as peças qual função cada uma desejava exercer. Uma laje queria ser alicerce para ser sustentáculo das demais; outro pilar queria assegurar o conjunto da obra; alguma parede mais desejava proteger os moradores da chuva e do sol... A disputa maior ocorreu para ser o pilar de entrada, quando a maioria almejava o posto. Escolhido a beneficiada, esta alegrou-se muito porém cedo queixou-se do entra e saí dos ocupantes. Estes, no cotidiano, chegaram a desgastar a pedra grês, que daí desabafou os encargos do ofício. Esta mantinha-se na vitrine todavia pagava um ônus deveras oneroso. A situação iguala-se a certos cargos públicos, que oferecem fama mas levam pedradas em meio ao exercício. A vida, como profissão, oferece-nos a escolha do discreto ou majestoso: cada qual escolha o mais conveniente para si.


Crédito da imagem: http://viveremorartribem.blogspot.com.br/2009_10_01_archive.html

domingo, 1 de julho de 2012


A COLÔNIA TEUTÔNIA


A Colônia Teutônia, no interior do município de Estrela, é uma fértil terra, que, a partir de 1858, foi europeizada. Inúmeros imigrantes, sobretudo hunsrucker e westfalianos (acrescido de alguns poucos austríacos da Boêmia), instalaram-se nas encostas e vales do Arroio Boa Vista. Algumas famílias, com estirpes espalhadas pelo Estado possuem suas origens nas plagas teutonienses; as terras, originalmente, foram dividas em 600 lotes coloniais, que tinham a extensão de 30 mil a 200 mil braças quadradas. Vários sobrenomes salientaram-se na epopéia da colonização, no que se destacam, entre muitos outros, os Franck, Hilgert, Hetzel, Krutzmann, Jasper, Brandenburg, Dickel, Gennehr, Lang, Strate, Wiebusch, Dockhorn...

Phillip Franck, Anne Japer e Heinrich Hilgert, protagonistas da história, somaram-se aos inúmeros desbravadores, que num trabalho paciencioso, foram conquistando centímetro por centímetro da Floresta Subtropical Pluvial. Animais selvagens, insetos desconhecidos, répteis temidos, botocudos errantes foram enfrentados com artefatos rudimentares. Os colonos, na ânsia de vencer, tinham somente um lema: “vencer ou perecer”. Inexistia a ideia do retorno ao torrão europeu, porque se carecia de recursos.


(Trecho extraído da obra “As Sombras do Passado” de GUIDO LANG).


“As Sombras do Passado” relatam a fascinante história de amor entre o casal, Phillip Franck e Anne Jasper, em meio ao contexto de incerteza gerado pela Revolução Federalista (1893 – 1895) no Estado do Rio Grande do Sul. Contam a odisséia dos imigrantes alemães na conquista das terras sul-americanas, enfrentando dificuldades de todos os tipos como o Oceano Atlântico infindável, os obscuros domínios da Floresta Subtropical Pluvial, a carência de ferramentas e recursos monetários, a falta de infra-estrutura das áreas de colonização, o calor tropical desconhecido na Alemanha, onças-pintadas, cobras extremamente peçonhentas, a indiferença da população que habitava esta região e até mesmo a falta de apoio das entidades governamentais. É uma saga com  todos os elementos das grandes histórias épicas da Humanidade: amizade, coragem, desafio, esperança, fé, luta, medo, romance e perseverança implacável.


Crédito da imagem: http://www.teutonia.com.br/web/turismo.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A CULTURA TEUTO-BRASILEIRA



O colonizador alemão, por excelência, pelos mais distantes lugares do mundo pelo qual passou sempre mostrou-se um indivíduo de cunho criativo, empreendedor, inovador, guerreiro, trabalhador e perseverante. 
Como se ele tivesse recebido o dom divino de fazer crescer culturalmente, economicamente e socialmente todo pedaço de terra em que ocupou, ele gerou progresso aonde andou.
Embora na atualidade ajam inúmeros esforços midiáticos para desvalorizar a sua identidade, ele jamais deixou de pertencer a uma cultura que prega valores como a confiança em si, o capricho, a dedicação, a fé no Criador, a honestidade, a honra familiar, a justiça e a perseverança.
Na Argentina, no Brasil, no Canadá, no Chile, nos Estados Unidos da América, no Paraguai... o imigrante germânico sempre procurou melhorar de vida, contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade e do país que o abrigou e prosperar nos negócios. 
Deixou milhões de descendentes Alemanha afora: aproximadamente de 50 milhões nos EUA (sendo a maior etnia deste país), 05 milhões no Brasil, 03 milhões no Canadá, 800 mil na Rússia, 600 mil na Argentina, 500 mil a 600 mil no Chile, 500 mil no Paraguai, entre outros.
Regiões como o Rio Grande do Sul (Brasil), Santa Catarina (Brasil), o Paraná (Brasil), a Pennsylvania (EUA), a Carolina do Sul (EUA), a Virgínia (EUA)... são alguns exemplos de estados que devem grande parte de sua pujança econômica atual ao elemento germânico.
Ele nas zonas de colonização que povoou deu origem a uma cultura nova: misto da cultura germânica com a cultura do país que o hospedou.
É o que aconteceu no Brasil, especialmente na sua parte meridional, aonde originou-se uma cultura denominada de cultura teuto-brasileira (ela preserva muitos traças da cultura alemã no século XIX, muitos dos quais extintos na Alemanha atual).
Criou-se no país brasileiro uma identidade bastante ligada a língua trazida pelos pioneiros (chamados popularmente de "dialetos"), a agricultura familiar, ao kerb (festa popular), as celebrações religiosas com festas (ligadas a músicas denominadas de "bandinhas" e ao almoço ou janta com comida colonial), a valorização da cidadania brasileira juntamente com a preservação da mentalidade germânica, o gosto pela vida rural, a valorização da natureza e ao trabalho.
É importante valorizá-la, porque ela contribui para a diversidade cultural e étnica brasileira.


Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=299616&page=3







domingo, 24 de junho de 2012

A ORIGEM DO FUTEBOL



Há controvérsias com relação a criação do futebol.
Alguns atribuem a Inglaterra o surgimento deste desporto.
Em 1863 teriam sido criadas as regras que orientam o esporte na atualidade.




No entanto, há registros de que uma atividade muito semelhante ao futebol moderno data dos séculos III e II a. C. 
Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes à dinastia Han da China Antiga
O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede.
O mais provável é que o esporte tenha surgido na China antiga. 
Todavia que só tenha adquirido a fama internacional que possui na atualidade (sendo o esporte mais popular do mundo) a partir da convenção de regras criada no século XIX na Inglaterra.

Crédito da imagem: http://esporte.hsw.uol.com.br/campeonato-brasileiro-de-futebol1.htm
SAIBA QUAL FOI O ÚNICO TIME NA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL A SANGRAR-SE CAMPEÃO JOGANDO COM APENAS 7 JOGADORES EM CAMPO

Tudo aconteceu no dia 26 de novembro de 2005, no Estádio dos Aflitos (na cidade brasileira de Recife), em uma partida realizada entre Náutico e Grêmio pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
                                                                           
O Grêmio estava em uma situação delicada, com o empate em 0 a 0 com o Náutico e a vitória do Santa Cruz sobre a Portuguesa, o time porto-alegrense estava ficando mais um ano na Série B.
Com 2 pênaltis contra no Segundo Tempo e 7 jogadores em campo (4 jogadores tinham sido expulsos devido a uma confusão ocasionada contra o Náutico, enquanto apenas um havia sido expulso no time pernambuco), o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense encontrava-se na situação mais difícil de toda a sua história centenária.
Nas 4 linhas do campo estavam 10 jogadores alvirrubros contra 7 jogadores tricolores.
Dois pênaltis contra o time gaúcho.
O Santa Cruz sagrando-se campeão da Série B.
O Grêmio permanecendo nesta indesejada categoria do campeonato brasileiro.
Até que depois do Náutico ter errado dois pênaltis, aos 61 minutos do Segundo Tempo, Anderson Lima com o joelho machucado, sob o caprichos dos deuses, marcou surpreendentemente o gol do Grêmio.
Foi inacreditável a façanha gremista!!!
Uma vitória histórica!!!


O Grêmio foi o único time na história mundial a conseguir tal façanha: sagrar-se campeão com 7 jogadores em campo, com dois pênaltis contra.

Este jogo tornou-se famoso mundo afora como "A Batalha dos Aflitos"!




Crédito da imagem: http://www.allejo.com.br/palmeiras-primeiro-ultimo-vencer-jogadores/


O mito do vampiro


Todos sabem que os vampiros não existem no mundo real, todavia este mito continua a arrematar milhões e milhões de fãs na atualidade.
O vampiro tornou-se este personagem cult, de grande fama internacional, no século XX, quando filmes, livros, novelas e seriados televisivos trabalharam com esta interessante temática.
Mas qual a razão desta criatura inexistente fazer tanto sucesso?

O vampiro desperta o interesse das pessoas porque trabalha com a ideia do conflito entre a vida e a morte, a mortalidade e a imortalidade. 
Faz com que elas coloquem-se por um instante na pele de um vampiro: sintam que apesar do invejado dom de poder viver para todo o sempre (o dom da imortalidade), ele é castigado terrivelmente pela maldição de precisar sair do seu túmulo a cada noite para encontrar vítimas (com o intuito de beber o seu sangue) e não poder jamais ver o Sol.
Indiretamente, este mito diz-nos que existem certas coisas no universo que devem estar reservadas apenas a Deus.
O vampiro continuará a exercer gigantesco fascínio porque, apesar de ser ficção, aborda temas pertinentes a vida (como os conflitos internos humanos).




Crédito da imagem: http://revistalivro.wordpress.com/tag/dracula/
http://tocologoexisto.musicblog.com.br/261015/Dracula-existiu/