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domingo, 1 de julho de 2012


A COLÔNIA TEUTÔNIA


A Colônia Teutônia, no interior do município de Estrela, é uma fértil terra, que, a partir de 1858, foi europeizada. Inúmeros imigrantes, sobretudo hunsrucker e westfalianos (acrescido de alguns poucos austríacos da Boêmia), instalaram-se nas encostas e vales do Arroio Boa Vista. Algumas famílias, com estirpes espalhadas pelo Estado possuem suas origens nas plagas teutonienses; as terras, originalmente, foram dividas em 600 lotes coloniais, que tinham a extensão de 30 mil a 200 mil braças quadradas. Vários sobrenomes salientaram-se na epopéia da colonização, no que se destacam, entre muitos outros, os Franck, Hilgert, Hetzel, Krutzmann, Jasper, Brandenburg, Dickel, Gennehr, Lang, Strate, Wiebusch, Dockhorn...

Phillip Franck, Anne Japer e Heinrich Hilgert, protagonistas da história, somaram-se aos inúmeros desbravadores, que num trabalho paciencioso, foram conquistando centímetro por centímetro da Floresta Subtropical Pluvial. Animais selvagens, insetos desconhecidos, répteis temidos, botocudos errantes foram enfrentados com artefatos rudimentares. Os colonos, na ânsia de vencer, tinham somente um lema: “vencer ou perecer”. Inexistia a ideia do retorno ao torrão europeu, porque se carecia de recursos.


(Trecho extraído da obra “As Sombras do Passado” de GUIDO LANG).


“As Sombras do Passado” relatam a fascinante história de amor entre o casal, Phillip Franck e Anne Jasper, em meio ao contexto de incerteza gerado pela Revolução Federalista (1893 – 1895) no Estado do Rio Grande do Sul. Contam a odisséia dos imigrantes alemães na conquista das terras sul-americanas, enfrentando dificuldades de todos os tipos como o Oceano Atlântico infindável, os obscuros domínios da Floresta Subtropical Pluvial, a carência de ferramentas e recursos monetários, a falta de infra-estrutura das áreas de colonização, o calor tropical desconhecido na Alemanha, onças-pintadas, cobras extremamente peçonhentas, a indiferença da população que habitava esta região e até mesmo a falta de apoio das entidades governamentais. É uma saga com  todos os elementos das grandes histórias épicas da Humanidade: amizade, coragem, desafio, esperança, fé, luta, medo, romance e perseverança implacável.


Crédito da imagem: http://www.teutonia.com.br/web/turismo.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A CULTURA TEUTO-BRASILEIRA



O colonizador alemão, por excelência, pelos mais distantes lugares do mundo pelo qual passou sempre mostrou-se um indivíduo de cunho criativo, empreendedor, inovador, guerreiro, trabalhador e perseverante. 
Como se ele tivesse recebido o dom divino de fazer crescer culturalmente, economicamente e socialmente todo pedaço de terra em que ocupou, ele gerou progresso aonde andou.
Embora na atualidade ajam inúmeros esforços midiáticos para desvalorizar a sua identidade, ele jamais deixou de pertencer a uma cultura que prega valores como a confiança em si, o capricho, a dedicação, a fé no Criador, a honestidade, a honra familiar, a justiça e a perseverança.
Na Argentina, no Brasil, no Canadá, no Chile, nos Estados Unidos da América, no Paraguai... o imigrante germânico sempre procurou melhorar de vida, contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade e do país que o abrigou e prosperar nos negócios. 
Deixou milhões de descendentes Alemanha afora: aproximadamente de 50 milhões nos EUA (sendo a maior etnia deste país), 05 milhões no Brasil, 03 milhões no Canadá, 800 mil na Rússia, 600 mil na Argentina, 500 mil a 600 mil no Chile, 500 mil no Paraguai, entre outros.
Regiões como o Rio Grande do Sul (Brasil), Santa Catarina (Brasil), o Paraná (Brasil), a Pennsylvania (EUA), a Carolina do Sul (EUA), a Virgínia (EUA)... são alguns exemplos de estados que devem grande parte de sua pujança econômica atual ao elemento germânico.
Ele nas zonas de colonização que povoou deu origem a uma cultura nova: misto da cultura germânica com a cultura do país que o hospedou.
É o que aconteceu no Brasil, especialmente na sua parte meridional, aonde originou-se uma cultura denominada de cultura teuto-brasileira (ela preserva muitos traças da cultura alemã no século XIX, muitos dos quais extintos na Alemanha atual).
Criou-se no país brasileiro uma identidade bastante ligada a língua trazida pelos pioneiros (chamados popularmente de "dialetos"), a agricultura familiar, ao kerb (festa popular), as celebrações religiosas com festas (ligadas a músicas denominadas de "bandinhas" e ao almoço ou janta com comida colonial), a valorização da cidadania brasileira juntamente com a preservação da mentalidade germânica, o gosto pela vida rural, a valorização da natureza e ao trabalho.
É importante valorizá-la, porque ela contribui para a diversidade cultural e étnica brasileira.


Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=299616&page=3







domingo, 24 de junho de 2012

A ORIGEM DO FUTEBOL



Há controvérsias com relação a criação do futebol.
Alguns atribuem a Inglaterra o surgimento deste desporto.
Em 1863 teriam sido criadas as regras que orientam o esporte na atualidade.




No entanto, há registros de que uma atividade muito semelhante ao futebol moderno data dos séculos III e II a. C. 
Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes à dinastia Han da China Antiga
O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede.
O mais provável é que o esporte tenha surgido na China antiga. 
Todavia que só tenha adquirido a fama internacional que possui na atualidade (sendo o esporte mais popular do mundo) a partir da convenção de regras criada no século XIX na Inglaterra.

Crédito da imagem: http://esporte.hsw.uol.com.br/campeonato-brasileiro-de-futebol1.htm
SAIBA QUAL FOI O ÚNICO TIME NA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL A SANGRAR-SE CAMPEÃO JOGANDO COM APENAS 7 JOGADORES EM CAMPO

Tudo aconteceu no dia 26 de novembro de 2005, no Estádio dos Aflitos (na cidade brasileira de Recife), em uma partida realizada entre Náutico e Grêmio pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
                                                                           
O Grêmio estava em uma situação delicada, com o empate em 0 a 0 com o Náutico e a vitória do Santa Cruz sobre a Portuguesa, o time porto-alegrense estava ficando mais um ano na Série B.
Com 2 pênaltis contra no Segundo Tempo e 7 jogadores em campo (4 jogadores tinham sido expulsos devido a uma confusão ocasionada contra o Náutico, enquanto apenas um havia sido expulso no time pernambuco), o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense encontrava-se na situação mais difícil de toda a sua história centenária.
Nas 4 linhas do campo estavam 10 jogadores alvirrubros contra 7 jogadores tricolores.
Dois pênaltis contra o time gaúcho.
O Santa Cruz sagrando-se campeão da Série B.
O Grêmio permanecendo nesta indesejada categoria do campeonato brasileiro.
Até que depois do Náutico ter errado dois pênaltis, aos 61 minutos do Segundo Tempo, Anderson Lima com o joelho machucado, sob o caprichos dos deuses, marcou surpreendentemente o gol do Grêmio.
Foi inacreditável a façanha gremista!!!
Uma vitória histórica!!!


O Grêmio foi o único time na história mundial a conseguir tal façanha: sagrar-se campeão com 7 jogadores em campo, com dois pênaltis contra.

Este jogo tornou-se famoso mundo afora como "A Batalha dos Aflitos"!




Crédito da imagem: http://www.allejo.com.br/palmeiras-primeiro-ultimo-vencer-jogadores/


O mito do vampiro


Todos sabem que os vampiros não existem no mundo real, todavia este mito continua a arrematar milhões e milhões de fãs na atualidade.
O vampiro tornou-se este personagem cult, de grande fama internacional, no século XX, quando filmes, livros, novelas e seriados televisivos trabalharam com esta interessante temática.
Mas qual a razão desta criatura inexistente fazer tanto sucesso?

O vampiro desperta o interesse das pessoas porque trabalha com a ideia do conflito entre a vida e a morte, a mortalidade e a imortalidade. 
Faz com que elas coloquem-se por um instante na pele de um vampiro: sintam que apesar do invejado dom de poder viver para todo o sempre (o dom da imortalidade), ele é castigado terrivelmente pela maldição de precisar sair do seu túmulo a cada noite para encontrar vítimas (com o intuito de beber o seu sangue) e não poder jamais ver o Sol.
Indiretamente, este mito diz-nos que existem certas coisas no universo que devem estar reservadas apenas a Deus.
O vampiro continuará a exercer gigantesco fascínio porque, apesar de ser ficção, aborda temas pertinentes a vida (como os conflitos internos humanos).




Crédito da imagem: http://revistalivro.wordpress.com/tag/dracula/
http://tocologoexisto.musicblog.com.br/261015/Dracula-existiu/

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Origem do Coelho da Páscoa



O Coelho da Páscoa é um personagem muito famoso na época de Páscoa.
Ele é celebrado como símbolo da abundância, da doçura, da fecundidade e da vida.
É mais popular entre as crianças, que a cada época de Páscoa esperam o seu ovo de chocolate de presente.
Apesar da sua grande popularidade no mundo, a origem deste simpático personagem ainda é pouco conhecida pelo grande público.
O presente texto pretende esclarecer a origem desta bela tradição.

Segundo Heidelberg Georg Franck von Franckenau, existem registros que a lenda do Coelho que traz ovos as crianças teria surgido na Alsácia (atualmente pertencente a França, mas já pertenceu a Alemanha) e nas regiões alemãs do Palatinado e do Alto Reno.
Ele teria descoberto registros do longínquo ano de 1678 descrevendo a lenda.
Ela teria origem pagã (embora posteriormente tenha adquirido significado cristão) e seu significado seria celebrar a chegada da primavera.
Como os coelhos e lebres se multiplicam na primavera (a Páscoa cai na primavera no Hemisfério Norte) os velhos germanos teriam inventado uma caçada ao coelho, na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos parques e jardins.
Outra tradição seguida em algumas partes deste país é a fogueira da Páscoa, o Osterfeuer, ao qual também teria origem pagã. 
Os antigos germânicos faziam uma fogueira para homenagear as forças da natureza.
Em Teutônia/RS, zona de colonização alemã no interior do estado gaúcho, a tradição do Coelho da Páscoa e da fogueira de Páscoa continuam na atualidade. 
A última adquiriu o significado cristão de ser "a queima simbólica de Judas".

Crédito da imagem: http://difcorujinhaamiga.blogspot.com.br

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A história do lobisomen



Histórias de lobisomens e fantasmas costumam povoar a imaginação popular. As crendices, sobre o ser que é meio homem e meio lobo, mantêm-se presentes nos relatos das comunidades germânicas.
Este ser, conforme descrições populares, habitava os refúgios mais discretos das florestas, porque ele não teria espaço no contexto da sociedade dos racionais. A condição de corpo humano e cabeça de lobo teria levado a sua rejeição da convivência social, pois manteria muito acentuados os instintos animalescos. Alguns coloniais, numa estranha mistura genética, falam num cruzamento da espécie "homo sapiens" com o animal carnívoro selvagem do gênero canino.
A estranha figura peluda se constituía no terror das mulheres, pois, motivado por desejos sexuais insaciáveis, poderia avançar sobre elas. O fato explicaria os maciços cuidados com as meninas moças que, ao cair da noite, não deviam tomar caminhos da roça e estradas gerias. Os ataques poderiam ser realidades corriqueiras e resultariam em abusos sexuais e estupros.
Alguma companhia familiar, em função deste temor, necessitaria fazer-se presente nestas saídas, para que o pior pudesse ser evitado.
Os cuidados maiores sucediam-se nas noites enluaradas, pois eram propícias para o despertar dos instintos animalescos. A lua cheia, com sua magnífica claridade, convidava aos passeios noturnos, ocasião em que os moradores das colônias mantinham o hábito das mútuas visitas familiares. O homem-animal parecia conhecer este comportamento o que o impulsionava a sair dos esconderijos. Os perigos maiores sucediam-se nas sextas-feiras treze, quando "as bruxas encontravam-se soltas". A vontade de propagar a espécie levava-o a desesperada procura por companhias femininas, por isso atacaria sem dó nem piedade. A história do lobisomem, portanto, gerava necessidade de precauções, pois nenhuma alma viva almejava ser atacada por esta esdrúxula criatura. As mulheres, em função dos temores dos ataques, tratavam de retornar cedo às residências, pois este fato sucedia-se com o pôr do sol.
Os casos de estupro foram raríssimos nas diversas comunidades de procedência germânica.

       (Trecho extraído da obra “Contos do Cotidiano Colonial: Coletânea de Textos” de Guido Lang).

Crédito da imagem: http://www.issoebizarro.com/