Guido Lang
O agricultor, em atento observador da mãe natureza, antecipou-se aos habituais “desígnios de São Pedro”. O santo, nos ares da primavera, costuma “abrir as torneiras e, no posterior, costuma esquecê-las de fechar”. Os desabrigados, com as enchentes, disseminam-se nas cidades. As lavouras, em propícia época de cultivo, mostram-se encharcadas nos terrenos. O plantio, na abóbora, aipim, feijão, milho, acorrem inviável ao cultivo. O astuto, inspirando-se na orientação dos antigos, planta nos primórdios de setembro. O anterior, na chuvarada, visa ganhar tempo. O risco, na falta do devido aquecimento do solo, consiste em perder parte das sementes e trabalho. Os cultivos, no avanço dos mormaços, costumam trazer dividendos. Os prenúncios, em sinais de chuva, eram avaliados criteriosamente e daí o cultivo ser efetuado anteriormente as precipitações. Os morosos, na demora da execução, sobrevinham na lamúria da impossibilidade dos plantios. O tempo próprio, em quaisquer circunstâncias, requer mãos na obra (em alocar as sementes no solo).
Livro: Ciência dos Antigos
Crédito da imagem: http://www.outralentejo.org/galeria/portalegre_terra-lavrada/
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