Os habitantes,
em abonados entes (dos condomínios), moram centrados e fechados. A segurança,
em alastrada bandidagem, gera calafrios (na mera menção). As famílias, em
apartamentos e casas, caem na mania (das cidades). Os serviços, em ponto de cartão,
advêm na apreensão pública. A urbe, em “distintos do sistema”, abriga elite
social. Inúmeras madames, em criação, nutrem hábito. Os horários, na abertura
da manhã e desfecho da noite, instituíram trivial passeio. A breve saída, em
recintos (artificiais e soberbos), acode na contínua companhia. A cachorrada,
em enfurnada nas moradas, contempla especial caminhada. Os animais, nas obrigações
fisiológicas, afeiçoam defecar (seguidos e presos na coleira pelos amos). Os espaços,
em gramados, plantas e postes, acabam borrados (nas alamedas e vias). Os
pedestres e veículos, em constância, circulam e pisam nos indevidos. O odor, em
bandas variadas, completa alastrado. Os
humanos, nas tolices, inventam comércios e problemas.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://webcachorros.com.br
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