O malandro, no recinto
da ofuscada luz (crepúsculo do salão do baile), conheceu sensata senhora moça. A
baixa lucidez, no embalo da melodia, conduziu na associação e erro. A convivência,
no sabor da bebedeira e folia, assumiu “ares do fica/finca”. O “fogo da paixão”,
noutra ocasião, daria vazão aos impulsos. O convite, na “passada da morada” (da
benzida), tornou-se ensejo e local. O sujeito, no sóbrio, achegou-se no horário
e tempo. O curioso, na claridade do dia, ligou-se na aparência e graça. A
sicrana, na vaga maquiagem, semelhava em mero e qualquer “tribufu”. O recurso,
em paliativo, consistiu em safar-se da circunstância. O invento, no baque (do
conto), foi alegar uma indisposição estomacal. O perigo, no contexto da
diarreia, permitiu desaparecer da convivência. “O indivíduo, em situações,
embarca em canoa furada”. Quem já não comprou “gato por lebre”? A esperteza, na
adversidade, acode em salvar honraria e renome. A beleza, no relativo (belo ou feio), ascende nos anseios e olhares.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://memessocial.blogspot.com.br/
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