O imigrante, no começo
da colonização, reparou dificuldade. A selva, no recebido lote, caía na conquista.
A faina, no completo, calhava nos quefazeres. Os começos, no auxílio de apetrechos
manuais, perpassavam “na mão na frente e na outra atrás”. A força física, na ciência
e paciência, acorria na atuação e distinção. A tradição oral, na instituição do
inicial pastorado, apresenta “valiosa pérola”. O forasteiro, no ofício, reparou
“enigma de auferir oportuno pão”. A saída, no paliativo, consistiu no recorro ao
subterfúgio. O meio, na desassistência religiosa, foi “alocar Bíblia embaixo do
braço”. Os batizados, consórcios, funerais e pregações, no retirado das casas, foram
inventar ofícios. Os ganhos, em modestos afagos e pagos, adotaram obtenção. O preceito,
na encanecida instrução, calha na inteligência. O sujeito, na “fácil grana e ligeira
fortuna”, propaga confiança divina. A subsistência, na alocação do sobre-humano,
assenta algibeira e mesa. O preguiçoso,
no mínimo empenho, atina meio de auferir sustento.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.ultracurioso.com.br/
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