O envelhecido amigo,
no calouro do serviço, andou “intensificando e rodeando nas falas”. Os tópicos,
nas aclarações, assumem aparência de afeição e elegância. A ajuizada estima, no
repentino, advém impregnada das acessórias intenções. A solicitação, na eterna
má gerência dos ganhos, incide em “banais pedidas de socorro”. O crédito, no final
dos meses, repete-se na criada manha. O colega, no alheio dinheiro, suplementa
caixa e renda. O companheiro, no habitual, encapelou numerosos compartes. O
empréstimo, no “quebra galho”, acorre no “ardil de vício”. A devolução, na
cedência, cai na perene e proposital amnésia. O calejado, na astúcia e vítima,
adiantou comento e nota. A pedida, na casual fineza, converge na forçada
doação. O abjeto, em ocasiões, auxilia no fim do alinho. A pessoa, na aberração,
avisa na razão de abreviar contratempos. Os golpistas, no ensaio da tramóia,
externam amizade e atenção. O juízo, no
ensejo de extenuar malícias, norteia externar avisos e riscos.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
“Histórias do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://portaldoemprestimo.com/
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