O moço, na juventude,
tomou rumos do consórcio. As juras, no altar da igreja, emanaram nos cerimoniais
da tradição. O matrimônio, na admirável festança, ajuntou amigos e parentes. As
relações, na chegada do filho, iam de “vento em pompa”. O tempo, na sensata
hora, delineou assombro e desgraça. A esposa, na meia idade, contatou chaga do câncer.
O óbito, em escassos meses, adveio na doente. As juras, no afirmado da crença,
balançaram na extensão das precisões. O sujeito, na falta da associação, avaliou
aferro e eficácia das expressões. A solidão, na falta da afeição, despontou demorada
e desumana. O fato, em parco tempo, levou no abrigo do leito da desquitada senhora
moça. O enlutado, na global de abstinência, fraquejou no ajuramentado. A sexualidade,
no agrado, viu-se indispensável. Viúvo, na real, vê-se aquele que vai e não
quem fica. A pessoa pode jamais dizer: “dessa água não bebo”.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://www.soudesergipe.com.br/
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