O convívio, na rotina
do casamento, acontecia no diário. O esposo, na aposentadoria, incidia em pessoa
afável e caseira. As andanças, no ofício de motorista, enfadaram no risco das estradas.
A companhia, no desfecho da existência, caía na devotada presença. O casal, na
extensão dos tempos, retribuía usual associação e cuidado. A esposa, na mania
do marido, ensaiou implicância. A circulação, na entrada e saída da casa,
acontecia no calçado sujo. O clamor, no descuido, advinha no afazer. O artifício,
na sensata feita, incorreu na ressalva. A parceira, no bom humor, falseou em estender
queixa. O cônjuge, no fraquejo da cara metade, sucedeu na inquietação. O sujeito,
na meditação do berço, experimentou insônia. A falta, na lamúria, incorria na acobertada
ansiedade. O fato, na essência, retrata a alma humana. As pessoas, no precoce
tempo, afeiçoam-se e ajustam-se as condições. Indivíduos, no ócio, advêm em
malfadados juízos. Os Homens, no artifício
e instinto, conferem-se animais maleáveis.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://www.revistaclass.com.br/
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