A
filha, no asilo e cuidado, acolheu aos idosos pais. Os extremos tempos, no enigma
da amargura e moléstia, auferiram auxílio e bondade. A riqueza, no plausível
encargo e legado, adveio ignorada e perdida. Os consanguíneos, no análogo, escassearam
no artifício e obrigação. As apreensões, nas complicadas horas, ocorreram na oferenda
do primoroso. O ganha-pão, no instantâneo, completou desprezado na ação e
interesse. A morte, na sensata ocasião, tornou-se abalizada e imprescindível. A
filha e neta, na erudição maternal, receberam doutrina e incumbência. A missão,
no jazigo, consistiria em fazer arrumações e levar flores. A consciência, no ciclo
da existência, consistiu em ter feito aceitável e possível. A alegria e
fortuna, no exercido empenho, externaram-se nas alusões e ocasiões. A serenidade,
no espírito, sucedeu em bênçãos e virtudes. O sujeito, na doação da vida, necessita
exteriorizar gratidão e veneração. O apreço e ternura, na módica idade,
desperta ensejo e obrigação. Os espólios,
no banal das linhagens, sobrevêm na razão das contendas e dúvidas.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/dying-flower
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