O ancião, no farto benefício,
adotou a fórmula singular. O prático consistiu em desvencilhar-se de dispêndios
e obrigações. As aversões e corre-corres, na sofrida cancha (antigo servidor), caíram
na virtude e zelo. As discórdias, no porvindouro, foram tolhidas.
O patrimônio
familiar, acumulado nas árduas penas (em quatro décadas de jornada), foi repassado
no troco. A riqueza, em síntese, jazia na habitação e terra. A importância auferida,
em parcelas iguais, foi festejada e repartida entre o trio de filhos.
As partes, no livre
interesse, puderam investir as somas. O capital inicial, na entrada no imóvel,
facilitou compras e créditos nos oportunos patrimônios. A alegria, na ocasião,
parecia maior entre aparentados (cunhados, noras e netos). A fala foi no “ah
que bom avó e sogro”.
A nota,
pós-distribuição, foi peculiar. Os ganhos, no daqui em diante, acabariam consumidos
e usufruídos no habitual das vivências. Os anos, na carência e indigência, haviam
sido árduos e intensos. As benesses, no desfecho da essência, seriam vividas na
amplitude.
As novas poupanças,
no acúmulo familiar, seriam exclusivas às emergências. A altitude abarcaria acidentais
hospitalizações e medicamentos. O interesse consistia em apreciar ambientes e
viajar nas paragens. Os pais, no certo dia, devem parar de determinar e poupar.
Os
filhos, após o embalo inicial, necessitam seguir e tomar suas direções. Os progenitores,
no juízo, devem tolher brigas e intrigas entre familiares.
Guido Lang
“Singelas Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://bsagas.blogspot.com.br/