O proprietário, no desleixado
açude, procurou inovar e repor. O criador procurou reparar a margem e repovoar o
ambiente. Dezenas de alevinos somaram-se as águas!
As onerosas rações, com
paciência e trabalho, foram lançadas como trato. Os peixes, em semanas e meses,
avolumaram peso. O investimento prometia retornos e satisfações!
A surpresa, no
imprevisto, sucedeu-se na criação e extração. À distância, residência e
reservatório, favoreceram incursões e roubos. As indesejadas visitas somaram-se
no lugar!
Os aventureiros, na ausência
do criador, valeram-se da situação. Os malandros, à surdina, passaram fina
rede. Os peixes, de bom peso, viram-se apanhados e levados!
O desânimo implantou-se
no ressarcimento. Os reinvestimentos minguaram no negócio. O deus dará tomou
conta do reservatório. A natureza encarregou-se de repovoar!
Os espertalhões, em
primeiro plano, preocupam-se em surrupiar o alheio suor. Os instintos
primitivos, de caçador e coletor, sobrevivem no subconsciente humano!
As pessoas, no fortuito,
possuem disponível tempo. A satisfação de multiplicar e produzir revela-se
virtude dos ousados! A malandragem vê-se escamoteado roubo!
Açudes, em chácaras e propriedades, revelam-se sinônimo
de aborrecimentos e perdas. O patrimônio, no sucesso alheio, acirra instintos
da inveja e pilhagem!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://missalemfoco.blogspot.com.br/
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