A turma, de meia dúzia
de velhos companheiros e parceiros, reuniu-se a cervejada. O ocasional
reencontro, no vespertino baile, sucedeu-se num canto do centro comunitário!
A animação musical, ao
som da tradicional bandinha, agitava o festivo ambiente. A presença feminina,
num “vap e vup”, fez-se abrilhantar e provocar os primitivos instintos!
O enviuvado, velho enamorado
e festeiro, viu-se atiçado e cortejado! A carência masculina, as descompromissadas
senhoras moças, revela-se acentuada e escassa!
As damas, a caça de maridos,
vislumbraram oportunidade de companhia. A dança viu-se num especial convite. O
cidadão, no embalo da Morena Rosa (Os Serranos), aceitou embalar o corpo!
Os desejos e pensamentos,
no romantismo de outrora moço, tomaram saudosas reminiscências. Um enamorado
casal, entre enviuvados, formou-se no momentâneo ato!
A cortejada,
concluído a peça, suspirou: “- Ah! Como revela-se bom e reconfortante sentir o
encosto no corpo de atrativo e cheiroso homem!” A carência afetiva viu-se grande!
Os alheios gostos e necessidades revelam-se igualmente as
nossas carências e preferências. O cidadão, hoje numa boa companhia, pode antes
do imaginado e previsto estar numa tremenda solidão!
Guido Lang
“Contos do Cotidiano
das Vivências”
Obs. História narrada
por Soni Gräbin/Languiru/Teutônia/RS.
Crédito da imagem: http://www.fredao.com.br
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