A idade começou a
bater diante da porta da vida. Os anos passaram rápidos e o “número dos
setembros” (idade) acumulou-se no organismo!
A terceira idade
achegou-se bem antes do imaginado e previsto. Os problemas próprios, dessa
excepcional fase, avolumaram-se nas mudanças das aparências!
O cidadão, diante do
tabu, tenta disfarçar as mazelas do tempo. O espírito de guri, na esperança de
arrumar algum broto, fraqueja diante do desgastado e sofrido corpo!
O cabelo, junto à
calvície, reflete a real situação dos anos. O sicrano, diante da queda e
variação do couro cabeludo, recorre ao subterfúgio da pintura!
O candidato a ancião,
numa competente profissional, procura o serviço da tintura. A mudança discreta
de visual tomou sentido! Um couro cabeludo diverso saiu como vitrine!
O amigo, tradicional
colega, “extraiu a casquinha”. Este, como implicância, quer saber critérios de
escolha, dosagem dos produtos, número da tintura, telefone da cabeleira...
As periquetes,
apreciando a diferença, externam a admiração e elogio. O sicrano, “como
escovado e penteado cavalo adora e quer grama nova”, transformou-se num guri!
A vaidade, como
aceitação social, exige altos investimentos e tempo. O diferente, numa primeira
impressão, revela admiração e espanto! O diverso origina gozações!
O comércio de serviços inventa necessidades e novos
nichos econômicos. A idade, diante do desgaste do tempo, carece de perdoar
quaisquer viventes!
Guido Lang
“Pérolas
do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.cygnuscosmeticos.com.br
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