A chuva fina, no frio
de inverno sulino, apanha de surpresa determinado cidadão. Este, num quebra
galho, pede emprestado o artefato feminino!
Uma colega, na
proporção da disponibilidade, cede à colorida e singela sombrinha. O camarada,
no bazar da esquina, deseja comprar às pressas algumas guloseimas!
O fulano, para
achegar-se ao estabelecimento, precisa percorrer o trajeto duma cobertura na
rua principal. O local revela-se o ponto tradicional da concentração dos
ociosos!
A surpresa, numa
implicância em tom de deboche, advém do morador de rua. Este, vendo o artefato colorido,
impressiona-se e exclama diante da turma: “- Florido é!!!”
O usuário, de imediato,
entendeu a inesperada atirada. Uma referência das eventuais intimidades do
machão (como fosse gostar das parcerias masculinas).
O beltrano, “na esportiva
e velada gargalhada”, rebateu a observação: “- Melhor do que andar na chuva como
cachorro molhado ou pinto resfriado!!!”
O estranho
encontrava-se encharcado! Ouviu o que não precisava e nem queria! Deixa quieto
quem está no seu canto! O machismo encontra-se escamoteado e onisciente!
“Quem fala o que pensa, ouve aquilo que não convém”. A utilidade, diante
da extrema necessidade, indica a referência. Uns, com afiada e polida lábia, expressam
falas no tom exato das perguntas!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.allkart.net
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