Um modesto cidadão,
profissional dos serviços, mantinha o hábito de apertar a mão. A singela forma
de aproximar e inspirar consideração e respeito entre conhecidos e estranhos!
As pessoas, como
semelhantes, ganhavam um caloroso e sincero cumprimento. Os esporádicos
encontros e reencontros, nos diversos eventos sociais, revelaram-se um momento
de aproximação e convivência!
O camarada, aos
alheios olhos, ganhou a suspeita de alimentar futuras aspirações políticas. A generalizada
opinião comunitária, nos próximos pleitos, consistia de querer concorrer a
algum cargo eletivo.
O cidadão, como
princípio, adorava aprender com a experiência dos próximos, conhecer gente
nova, ouvir ideias variadas, trocar experiências... A escola da vida
ostentava-se em ser seu principal estabelecimento de ensino!
O fulano, para
desfazer a imagem negativa de interesseiro e político, precisou externar uma
razoável resposta. Este, a todo o momento, via-se perguntado das aspirações e
intensões partidárias.
Ele, em síntese,
externou: “- A minha candidatura, no máximo, presta-se a ser um bom cristão e
marido. Tento dar o melhor de mim! A gente agrada a uns e desagrada a outros! A
cara metade, em situações, cobra e reclama ainda! Tá difícil agradar a todos!”
O pessoal, de maneira
geral, refletiu e riu-se das palavras. O bom cristão e marido, em muitas
situações, não passa duma falácia. As práticas falam e as palavras mascaram!
Os eleitores, com tamanhas decepções e frustrações,
encontram-se desconfiados e vacinados das ladainhas e lorotas dos políticos. Um
afetuoso e bom cumprimento aproxima e revigora espíritos. A autenticidade transparece
estampada nas faces dos indivíduos.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://blog.manager.com.br/tag/aperto-de-mao
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