A inflação, ao longo
das décadas, deixa muito trabalhador em maus lençóis. As pessoas, numa época da
vida, pensam ter avolumado riqueza!
Um colonial, com avançada
idade e enjoado da agricultura familiar, procurou comercializar o patrimônio.
Ele, depois da labuta braçal, quis “sentar-se no descanso”!
As terras,
plantações, moradia e animais viram-se “passados no troco”. O casal, a primeira
vista, pareceu ter ganhado alguma fortuna!
O dinheiro, em parte,
foi repartido entre os filhos. Outra metade viu-se aplicado na poupança. O
juro, numa ilusão, daria para sobreviver!
O camarada, como
manutenção, passou a gastar expressivas somas. Quaisquer artigos, no meio
urbano, revelam-se despesas e encargos!
O capital, com
acelerada inflação, desacompanhou o ritmo da reposição dos preços. Os recursos
volatizaram-se a semelhança do álcool no ar!
O colonial, em duas décadas,
ostentou-se literalmente falido e pobre. O dinheiro tinha sumido no ralo. Este,
nos dias finais, precisou apelar à bondade e caridade dos filhos!
As terras costumam acompanhar a escalada inflacionária. O dinheiro, como mero papel, escorre entre
os dedos das mãos (como a areia seca do deserto). O indivíduo prudente carece
de assentar-se em galho seco da árvore.
Guido Lang
“Singelos
Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://kwarup.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html
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