Uma família ao qual morava
na cidade resolveu enveredar pelas colônias. Ela, num domingo de verão, queria maior
distância do calor do asfalto e concreto!
Esta, numa circulação
pela estrada marginal, deparou-se com um ingênuo e modesto bichinho. O animal,
por alguma razão, mantinha-se desnorteado e órfão!
A esperteza e
ousadia, a pedido da filha menor, consistiu em apanhá-lo e querer domesticá-lo.
Este, como tenro filhote, acabou enrolado e colocado veículo adentro!
A família, no retorno
a aglomeração urbana, andou uns bons quilômetros na rodovia principal. Esta,
numa casualidade e surpresa, viu-se parado numa blitz da polícia rodoviária!
O transporte de
animais, espécie da fauna silvestre, mostra-se crime inafiançável pela
legislação ambiental. O condutor, não podendo pagar fiança, acaba direto no “xadrez”
(cadeia)!
A mulher, como
paliativo de safar o marido, ostentou uma genial e inusitada ideia e prática.
Ela, sem menor dúvida e às pressas, enfiou o inocente bichinho debaixo da saia!
A senhora, as amigas
e familiares, relatou posteriormente a façanha. Alguém, criado nas colônias,
interrogou: “- O cheiro impróprio como ficou?”
Esta, pensando
tratar-se duma referência ao final da menstruação, externou o completo
desconhecimento. A fulana, numa frase, sintetizou: “- O gambá que se ralou!”
A extrema necessidade leva a reações e soluções
inusitadas. Inúmeros consumidores desconhecem o singelo trabalho da produção básica
dos alimentos. Certas histórias, pela anomalia e ingenuidade, acabam comentadas
e rememoradas!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gamb%C3%A1.jpg
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