Um reflorestador, na
sua plantação de acácia e eucalipto, mantinha uma singela prática. O objetivo,
a princípio, consistia em querer colher o maior em menor espaço!
O fulano, na
proporção de desenvolvimento das plantas, vivia a extrair as árvores mais
robustas e salientes. Ele, para as menores e nanicas, queria dar as chances do
pleno desenvolvimento e produção. O corte, ao longo da safra, ocorreu em diversas
oportunidades.
O tempo revelou uma prática
agrícola equivocada e prejudicial! Achegou-se uma época em que o mato via-se dominado
pelos refugos. Os troncos distorcidos e raquíticos exaltavam-se como as “donas
do cenário”.
“O caquedo (refugo) exaltava-se
e cantava de galo!”. As possibilidades de madeiras em metros e toras revelaram-se
limitadas. O mato tornou-se um exemplo às avessas: aquilo que não se deve fazer
em termos de produtividade! Um protótipo do atraso e negação em termos
monetários!
O produtor conscientizou-se
doutra velha lógica: uma insensatez punir os astutos e fortes com razão de
exaltar e promover os morosos e retrógrados. Diversos ousados, na sua linguagem
vegetal, pareciam fingir-se de ineficazes e retardados (com razão de não serem descobertos
e ceifados).
O ensinamento aplica-se ao gênero humano! Certos sistemas
econômicos, excessivamente distributivos e socializantes (através da ganância
fiscal), inibem os ousados e produtivos. Estes, numa compra indireta de favores
e poderes (votos das democracias), procuram premiar os escorados e vivaldinos!
Guido Lang
“Singelas Fábulas e
Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://freguesiademassama.blogspot.com.br/
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