Um modesto senhor,
pela esperteza comercial e industrial, tornou-se um homem abonado e
reconhecido. Este, nos anos de labuta, avolumou expressivo patrimônio!
O dinheiro e a
eficiência trouxeram-lhe admiração e fama. Ele, nas condições de vida, permitiu-se
“ostentar o paraíso na Terra”: amores, comidas, lazeres, prazeres, veículos, viagens...
Uma obsessão e vício,
como desvio da rota, tornaram-se as intimidades e paqueras! Mulheres, nos
eventos privados, não podiam ausentar-se! Somaram-se certamente bebedeiras!
O fulano, como o “garanhão
da madrugada”, mantinha três íntimas e próximas. Elas recebiam as benesses do
dinheiro e da fartura. A felicidade, no entanto, era uma realização aparente ou
ocasional!
O cidadão, com
carência de energia e tempo, parecia não conseguir atender nenhuma a pleno contento.
Os comentários e falatórios, “as costas e surdina”, eram “de levar chifre da
beltrana e sicrana”! Esta prática, no círculo masculino, repercute e soa muito
mal!
Ele possuía as
condições financeiras, porém não a convivência e dedicação necessária! As
dificuldades residiam nos excessos de posses. Quem tem demasia não consegue
zelar por todos e tudo! O dono, de alguma maneira, cedo vê-se surrupiado!
Patrimônios volumosos oneram na manutenção e redobram a
vigilância. A abundância do dinheiro traz no bojo as possibilidades dos abusos e
exageros! Tarefas várias, concretizadas de forma paralela, acabam realizadas de
maneira imprecisa!
Guido Lang
“Singelas Fábulas e
Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.fotos.ntr.br
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