Uma cidadã, muito
atarefada com casa e trabalho, pediu um tempo ao maridão. As exigências, com os
compromissos da vida, ostentavam-se deveras onerosas.
A família, com um
casal de filhos, “exigia das tripas ao coração” da mãe. Ela, em meio ao cansaço
e estresse generalizado, foi pedir um tempo nas relações matrimoniais. Uma
folga, no momentâneo desgastado casamento, para o parceiro.
Este, como não
poderia deixar de ser, relutou no pedido. As insistências e xingamentos, a
título de contragosto e experiência, levaram a concretização da petição.
A solução, de comum
acordo, foi o companheiro abandonar a casa. A pensão alimentícia, aos rebentos,
manteve-se como exigência e obrigação.
Outra moradia, como
nos velhos tempos de solteiro, mostrou-se alugada e ocupada. A trégua, num combinado
de mês, trouxe a sensação de autonomia e liberdade.
O maridão careceu de ouvir
reclamações e xingamentos. A vida matrimonial, com a aparente doença, constituíra-se
numa “espécie de inferno!” As parcerias, neste ínterim, repensaram as mútuas
relações!
A mãe cedo descobrir
uma dura realidade: ruim com a presença, porém muito pior com ausência do
marido. O pedido foi de retornar ao ambiente familiar!
A surpresa adveio com
a resposta. O parceiro gostou do descompromisso e liberdade. Este negou a
convivência debaixo do idêntico teto. A obrigação, como de práxis, continuou
com os filhos. A solução foi cada qual seguir sua vida!
Certas folgas e liberdades cedo criam o hábito e o vício.
Uns, na consorciação familiar e profissional, vêem-se atarefados e
sobrecarregados. Deus sempre esconde um propósito maior em meio às decepções e
desgraças.
Guido Lang
“Singelas Crônicas do
Cotidiano da Existência”
Crédito da imagem: http://menshealth.abril.com.br
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